sábado, setembro 30, 2006

Novos links do Rantas


Foram adicionados novos links na coluna da direita - o prometido Fumaças, a controversa maresia, uma varanda despida e o inesperado Cabelinho à Paulo Bento (descoberto pelo Redus Maximus).

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Uma astróloga genial

Não tenho por hábito ler nem o Metro nem o Destak. Há uns dias, uns amigos mostraram-me a coluna de Horóscopo do Metro. Exercício delirante, puro non-sense, humor desbragado! Graças ao Tugir, descobri que se pode consultar o jornal aqui, em pdf. Foi assim que consegui roubar o horóscopo de Andreia Gaita da edição de hoje, que vos presenteio aqui ao lado.
Uma nota final para o Fumaças, que foi quem informou o Tugir deste tal site. Pela boa acção, mereceu uma visita. O facto de postar um soneto de Florbela Espanca logo seguido do clássico OK OK Põe-me KO, das Doce, levá-lo-á aos links recomendados, ali na coluna da direita, logo que eu a actualize. Bem haja!
(Clique para aumentar)

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E porque amanhã é Sábado

E porque hoje é sábado ... E porque amanhã é Sábado vintage

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Sabadabadu

sexta-feira, setembro 29, 2006

Porque sim (e amanhã é Sábado)

Blogosfera e as discussões de barricada


A blogosfera, sobretudo a política, fomenta e alimenta um certo tipo de discussão, a que poderemos chamar "de barricada". Refugiados atrás das suas precárias e, muitas vezes, improvisadas, "fortalezas ideológicas", bloggers há que estão interessados em quase tudo, excepto em discutir ideias. Seguem uma via mansinha de "evangelização" e a máxima "falem de mim, nem que seja para dizer bem", até que, confrontados com algumas debilidades, passam ao arremesso de pedras e "cocktail's molotov". Nenhuma novidade. É um bom retrato da sociedade moderna e de inequívocos produtos da Universidade portuguesa, produtora de mentecaptos em larga escala (e isto, sendo uma generalização, admite - mesmo por definição - variadas excepções ao nível de quem sai das universidades, não das universidades em si mesmas, bafientas, preguiçosas e obsoletas, sobretudo nas ciências sociais e humanas). É desolador, mas é assim a vida. Enquanto o debate for este, não vamos lá.

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Este gajo sabe falar de bola, pá!

Veja-se a apreciação do coiso da Causa:
«O que tenho a dizer sobre Rodrigo Tello é que é um jogador que alia um pico de burrice raramente atingida por outro electrodoméstico a um pé esquerdo quase beckhamiano».
E mainada!

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quinta-feira, setembro 28, 2006

Em atenção aos blasfemos que nos visitam...

"A Internacional"
De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

Refrão
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Duma Terra sem amos }bis
A Internacional.

Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que a nós diz respeito!

Refrão

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Arrojada idolatria


Calma, camaradas. Vejo-vos muito nervosos.
Estão armados em fundamentalistas, não admitindo qualquer tipo de abordagem que não seja em louvor do vosso particular Maomé?
Compreendo-vos, ainda assim, a tragédia. Neste caso, o caricaturista é, ele próprio, a coisa caricaturada e a caricatura. Como resolver isto? Difícil.
Imagem roubada aqui

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quarta-feira, setembro 27, 2006

Uma questão muito séria

Ricardo Araújo Pereira (RAP) escreve, na sua última crónica na VISÃO, algo do género - tanta conversa por causa do referendo sobre a despenalização do aborto, mas afinal quem se lembra de ter votado num referendo de despenalização da corrupção desportiva?
(Enfim, peço desculpa por não transcrever exactamente o texto, mas a VISÃO faz-me muito boa companhia no barbeiro e em algumas idas à casa-de-banho, onde nunca se consegue arranjar uma caneta que escreva. No entanto, creio que o espírito do texto está aí).
RAP é um humorista (um excelente humorista, acrescento eu - o melhor a trabalhar actualmente em Portugal, reforço ainda). Por vezes, as suas ideias são lidas apenas e só nessa perspectiva. Mas esta (entre outras) merece melhor sorte, sem dúvida, porque demonstra o absurdo total que se vive hoje em Portugal:
- Criminosos notórios (Valentim Loureiro, Pinto da Costa e outros);
- Dúvidas sobre a inconstitucionalidade dos crimes deles (só em Portugal!);
- Referendo marcado sobre a despenalização do aborto, em que quem defende o "não" pretende, ainda assim, isentar as mulheres de penas de prisão... afinal, que "não" é esse?
Os políticos gostam muito de meias-tintas. "Não concordo com a despenalização do aborto, mas as mulheres que abortam não devem ser punidas." Dãããh! Será que é assim tão difícil afirmar que a penalização do aborto é uma idiotice?
Os juristas também gostam de viver num mundo complicado. Tantas leis e tantos decretos, que pelos vistos se anulam uns aos outros. A lei que deveria reger a corrupção desportiva, de 1991, afinal parece que não é aplicável. Isso significa que a corrupção afinal é legal? Será que nos outros países também há tanta incompetência na elaboração das leis ou isso é privilégio nosso? Não se pode copiar um corpo de leis consistente de um outro país que impeça este tipo de asneiras?
As escutas são perigosas porque se podem transformar num instrumento perigoso de chantagem e de condicionamento. Mas, se forem controladas adequadamente por instituições de referência (a Polícia), tornam-se num instrumento poderoso para detectar comportamentos criminosos. Isto é linear. Faz-me uma enorme confusão que algumas escutas não sejam sequer consideradas nos resultados finais dos processos. A "frutinha", o "café-com-leite"... o que é que os juízes pensam que é? Um pic-nic?

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Criacionismo Inteligente II

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Nichos de mercado

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terça-feira, setembro 26, 2006

Revisionismo Histórico

Cada vez mais se fazem exercícios de ficção histórica. Recentemente, foi editado um livro com 7 textos que mudavam a História (EUA continuavam uma colónia inglesa, a Alemanha tinha ganho a I Guerra Mundial, Hitler tinha ganho a Estaline, etc). Em diversos blogs (por exemplo, O Amigo do Povo), publicaram-se análises sobre o que teria acontecido de o Rei D. Carlos não tivesse sido assassinado em 1908, ou a biografia de uma personagem fictícia (aqui, aqui, aqui e aqui).
Confesso que gosto bastante deste tipo de coisas - reinventar a História, imaginar desenvolvimentos diferentes, traçar novas causalidades.
E proponho-vos um desafio - escolher quem mais tenha contribuído, pela sua acção histórica, para moldar o Mundo em que vivemos actualmente.
Na minha opinião, a personalidade que mais "desenhou" o nosso Mundo, foi Abraham Lincoln.
Poderia escolher alguém mais antigo (Cristo, Maomé, etc), mas creio que nesses casos perde-se um pouco o sentido do exercício.
Poderia eleger Lenine, mas depois da queda do muro, isso não é já tão evidente, certo?
Bom, então porquê Lincoln? Lincoln assegurou, através das suas acções, a unidade dos EUA. Decidiu partir para a Guerra Civil, contra os Estados secessionistas. Independentemente da bondade dos seus actos (fim da escravatura, direito à auto-determinação dos "sulistas"), o facto é que o século XX teria sido completamente diferente se os EUA se tivessem separado.
Supondo que o território do que são agora os EUA teriam ficado divididos em duas nações (se Lincoln não tivesse tomado a decisão de combater a tentativa de secessão), à partida teremos também de prever que não seriam as nações mais amigas do Mundo - tanto pela secessão como pelo padrão típico das alianças internacionais, que resultam num padrão em xadrez: A é vizinho de B que é vizinho de C. A e C tornam-se aliados.
O facto de os EUA não estarem unidos significa que não teriam ajudado tanto os ingleses na I Guerra Mundial, nem tinham acabado por entrar na Guerra. Ou, por outro lado, até poderiam ter entrado na Guerra mas contra um País vizinho, que seria por sua vez aliado das Potências Centrais (basicamente, aquilo que os alemães tentaram, com o famigerado telegrama Zimmerman para o México).
Acredito que este facto teria contribuído para que os Impérios Centrais (Alemanha, Austro-Húngaro, Otomano) tivessem ganho a guerra. É necessário lembrar que a derrota se deveu à exaustão completa dos recursos alemães, mas em termos militares nunca nenhum exército inimigo entrou na Alemanha. Esse foi um dos factores, aliás, que explicam a ascensão de Hitler - o sentimento de traição de quem estava nas trincheiras quando os "políticos" se renderam.
Os resultados práticos dessa guerra teriam diferenças substanciais dos que na realidade sucederam - mantendo-se os Impérios Austro-Húngaro e, sobretudo, o Império Otomano, a História teria sido completamente diferente!
Não teria existido o infame acordo Sykes-Picot, que tanta raiva anti-ocidental provocou, não teria acontecido a II Guerra Mundial (pelo menos nos moldes em que esta tomou lugar. Se tivess ocorrido uma guerra, teria sido a França a tomar a iniciativa, e a Alemanha teria tratado do assunto rapidamente - como aliás aconteceu na realidade), não teria sucedido o Holocausto. Existiriam algumas colónias que teriam passado para administração alemã em 1918, a título de compensação (inglesas, francesas, belgas, portuguesas, ...). Não teria acontecido a Guerra Colonial, nem a descolonização de 1974.
O Mundo estaria melhor ou pior?
No período em que houve 2 super-potências (EUA e URSS) existiriam 3 super-potências: URSS, Inglaterra e Alemanha. Acredito que nessas condições não tomaria lugar a União Europeia. O Império Otomano acabaria por se dividir, de forma mais ou menos sofrida. Não existiria Israel.
Inclino-me a afirmar que o Mundo estaria melhor...

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Vale mesmo, mesmo a pena

A sério. Vão lá. Ao Glória Fácil. Para ler esta entrevista da Fernanda Câncio ao senhor professor doutor Pedro Arroja, guru da malta deste outro blogue, o Blasfémias. Vão ler e depois digam.
Por enquanto, não faço comentários, só vos digo que vale mesmo, mesmo a pena.

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Quem quer ser espanhol?

Ao segundo número, consegui comprar e ler o "Sol", que agora (hoje, terça-feira) ainda se amontoa nos pontos de venda, ao contrário do número 1, que esgotou em todo o lado.
No novo semanário do arquitecto, em primeira página, leio "sondagem: um quarto dos portugueses preferiam ser espanhóis". Acto contínuo à leitura deste título, dou comigo a papaguear a classe política, "as sondagens valem o que valem".
Depois, vem a reflexão. Em primeiro lugar, acho que é mais o que nos une aos espanhóis do que o que nos divide (historica e culturalmente falando, para além de uma certa "latinidade" do "ser", algo indefinível mas latente). No entanto, ser português ou ser espanhol (ou alemão, francês, italiano) não me é indiferente.
Na análise das repostas dos que se mostram favoráveis à integração de Portugal numa qualquer Iberia ou Hispania, sobressai o aspecto económico. Os portugueses que se dizem favoráveis à integração são-o porque entendem que isso potenciaria o desenvolvimento económico e social de Portugal.
Ora, isso não é, para mim, factor suficiente. Nem Portugal é tão atrasado, social e economicamente, em relação a Espanha - não quero, com isto, negar a evidência de que Espanha nos supera, neste aspecto - que justifique esta solução, nem a razão económica se deve sobrepor a todas as outras. E todas as outras - mais as emotivas, admito, mas também muitas racionais - me impelem a ser totalmente contra essa hipotética integração.
Olho até com um certo olhar desaprovador e, também, piedoso, para os meus compatriotas que manifestam opinião favorável.
Gosto de ser português. Tenho orgulho de ser português. Somos diferentes. Nem melhores, nem piores, só diferentes dos outros povos. Podemos orgulhar-nos, sem complexos,do caminho que temos percorrido enquanto nação. Mas isso, os espanhóis também. A nós, falta-nos a soberba que eles têm em excesso.
A propósito, existe aquela pequena anedota em que se pergunta "sabes o que é o ego?", que tem como resposta "é o pequeno espanhol que existe dentro de cada um de nós".
Ser português é sabermo-nos pequeninos, pobrezinhos, mas livres, trabalhadores e lutadores. É sabermos olhar para o lado e compreender as diferenças do "outro". Por isso mesmo, é sentirmo-nos bem em Espanha ou em qualquer outro país do mundo, e compreender que esse mundo tem cada vez menos fronteiras, pelo que é preciso reforçar cada vez mais a nossa identidade. Como portugueses. Ser espanhol é ser nada. Há galegos, catalães, bascos, etc..., tudo gente que inveja a nossa liberdade. Ser castelhano, isso sim, é julgar que o mundo gira à nossa volta. Ao quarto dos portugueses que gostavam de ser espanhóis (ou castelhanos), sempre digo que a viagem é curta. Nós, por cá, iremos bem. Pequeninos, pobrezinhos e honradinhos. Em Portugal, meu País.
Em "contra-sondagem" ao universo de leitores do RdM, deixo a pergunta:
Quem quer ser espanhol?
Respostas na caixa de comentários

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Memórias da adolescência - Fame

A Memória do Alex soltou também as minhas recordações...
Leroy Johnson. Bruno Martelli. Coco. Doris Schwartz. Danny Amatullo. Mr. Shorofsky. Miss Grant. Raras são as séries de televisão que tornam tão famosas as suas personagens. Sempre que vejo Erica Gimpel numa outra série ou num outro filme, vejo a Coco, relaciono-a sempre com a série Fame, de 1980. Curiosamente, parece que a fama abarcou apenas as personagens mas não os actores...
O discurso assustador logo no início de Lydia Grant (Debbie Allen), a professora de dança:
"You got big dreams? You want fame? Well, fame costs. And right here is where you start paying ... in sweat."
Fame!
I'm gonna live forever.
I'm gonna learn how to fly, High!
I feel it coming together,
People will see me and cry
Fame!I'm going to make it to heaven,
Light up the sky like a flame, Fame!
I'm gonna live forever,
Baby remember my name,
Remember, Remember, Remember, Remember, Remember, Remember.
Fame!
I'm gonna live forever,
Baby remember my name,
Remember, Remember, Remember, Remember, Remember, Remember.

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segunda-feira, setembro 25, 2006

Olhos nos Olhos




Final do Campeonato de Olhar Fixo - Big Train.

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Criacionismo Inteligente I

Aqui deixo uma achega para um dos debates que tem afectado a blogosfera - evolucionismo vs. criacionismo (intelligent design).
Sou - obviamente! - evolucionista. Mas por vezes encontramos provas em como Deus existe - ou pelo menos, existe design inteligente. E divertido...

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Memórias Roubadas - Camarada Harpic

Um compromissso para Portugal

Ocorrem-me alguns exemplos que deviam ser exigências de um verdadeiro "compromisso Portugal". Alguns foram contemplados na proposta dos "beatos", outros, hélas, dependem deles, nomeadamente ao nível dos preços e salários praticados. Esta não é uma lista exaustiva. É só isso, exemplificativa.
- Qualidade e preços das telecomunicações e ligações à internet semelhantes às que se praticam no resto da Europa (e não os escandalosos preços que se praticam em Portugal);
- Preço dos combustíveis alinhados com os da vizinha Espanha;
- Preços da energia eléctrica nivelados com a média europeia;
- Extinção de impostos absurdos (por exemplo, Imposto Municipal sobre Transacções, Imposto de Selo, Imposto Automóvel)
- Redução do nível fiscal (nas taxas de IVA, IRS e IRC)
- Nivelamento salarial com a média europeia (uma vez que os preços pagos pelos portugueses, esses, já há muito estão nivelados)
- Extinção automática dos cargos dos 15 administradores vitalícios da EPUL (e dos milhares de chupistas que enriquecem à nossa custa, mamando de teta seca, um pouco por todo o lado)
Assim, com mais dinheiro disponível, com menos "chupismo" do Estado, das empresas - por conta dos baixos salários - e dos crónicos subsídio-dependentes, os portugueses, em querendo, podem empreender, criar riqueza, consumir mais, optar por planos privados de saúde e segurança social, viajar e ganhar mundo, produzir cultura...
Em suma, viver melhor. E, nessa altura, não vão precisar tanto do Estado.

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domingo, setembro 24, 2006

Discordo!


Concordo com o Frangos para fora!

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sábado, setembro 23, 2006

Li... e gostei

"Eu vi, eu li" é um post no bl-g--x-st- que só agora li. Li... e ri! Não resisto a reproduzi-lo na íntegra:
«Voltando à vaca fria, a grande diferença entre Pacheco e Soares é que Pacheco pensa sentado, ao passo que Soares pensa de pé. Por isso, Soares diz: "Eu sei, eu estive lá". Ao que Pacheco riposta: "Eu li, as coisas são assim." É típico dos pensadores peripatéticos errarem muito nos detalhes, mas acertarem no essencial. Inversamente, os talmudistas sabem a lição toda, mas não entendem o que se passa à sua volta: a natureza favoreceu-lhes o entendimento, mas privou-os do discernimento.».
// posted by João Pinto e Castro

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Desta eu não estava à espera...

O puto continua bem adaptado às alterações repentinas que aconteceram na sua vida esta semana. A rotina da escola inclui uma sesta depois de almoço. 50 criancinhas a adormecer numa sala, eis um projecto que não me alicia pessoalmente! Há quem consiga fazê-lo, e só posso aplaudir veementemente (esta palavra é estranha, não é?) quem inocula o meu filho com hábitos de sono saudáveis.
Bom, mas dizia eu que a adaptação está a correr muito bem - fez amizades novas, brinca muito, dorme a sesta, come sozinho, não chora. No capítulo das amizades, destaca-se uma menina de 3 anos, a Purificação (nome fictício). No primeiro dia de escola foram praticamente inseparáveis. Depois, mesmo estando em "turmas" diferentes, esforçam-se por se encontrarem. Ontem, os sinais vermelhos de alarme soaram quando o puto me confidenciou, com um ar malandro como só aos 3 anos se consegue ter: «Hoje convidei a Purificação para dormir comigo, papá...».
Há coisas para as quais eu sinto que, como pai, não estou ainda totalmente preparado. Neste departamento, sempre considerei que teria no mínimo uns 10 anos para me mentalizar e antecipar situações deste género. A verdade é que elas acontecem quando menos se espera!
Enfim, parece que - pelo menos ontem - não dormiram a sesta em camas contíguas. Houve dificuldades logísticas de permeio (e não surgem sempre essas dificuldades, a aguçar o nosso engenho?). Ele dorme numa caminha no meio da sala, ela dorme mais para o lado da janela. Mas ele mantém a garota debaixo de olho: «Ela dorme com um ursinho. Ela gosta muito de ursinhos, papá...».

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Hoje é Sábado, pá!

sexta-feira, setembro 22, 2006

A ferro e fogo

Foi bonito, aquilo que se viveu em Portugal em 1999. Uma comunhão de vontades, a expressão popular, vigílias, indignação, panos brancos nas janelas, minutos de silêncio, o pacote todo.
Nunca Portugal se sentiu tão Portugal, tão orgulhoso de si mesmo, da sua História, do seu lugar no Mundo, como nesses dias heróicos - à excepção do Europeu de 2004. E do Mundial de 2006, talvez. Bom, o Europeu de 2000 também contribuiu para o orgulho nacional... mas, fora isso, só mesmo Timor!
E que bonito que foi. Parecia a Festa do Avante! E tão boas intenções que tínhamos todos...
Timor Loro Sae, o grande Xanana Gusmão, Pai da Pátria, a saga portuguesa nos confins do Mundo, o império contra-ataca.
Agora, em 2006, estas ideias fazem pena. Timor não tem capacidade para ser um país independente. Não o deveria ser. Xanana é um flop, não tem um pingo de ideia do que é sentido de Estado, os timorenses são profundamente imaturos. A independência pesa-lhes, tem-lhes sido amarga.
Não defendo que Timor deveria ter continuado sob administração indonésia. Mas existiam outras soluções intermédias, que permitiriam ir criando as capacidades que faltam para que a independência apareça naturalmente.
As manifestações de tanto desvelo por Timor impediram - ou dificultaram bastante - que essas soluções intermédias fossem consideradas, sequer. Esse é o preço a pagar quando se deixam as emoções "de todo um Povo" intervir em assuntos de política internacional.

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Morangos, Floribella, Jura?


Assisti ontem, na RTP1, ao primeiro episódio da mini-série "Timor: a ferro e fogo", uma co-produção australiana e canadiana que dá melhor pelo nome de "Answered by fire". Hoje, quando forem 23h00, é transmitida no canal 1 a segunda e última parte.
Ver a série fez-me recordar aqueles dias de 1999, em que me revoltei contra a crueldade e estupidez humana. Participei em vigílias junto aos escritórios da ONU e à embaixada americana em Lisboa. Embarquei num comboio especial rumo a Madrid, onde protestei pacificamente frente à embaixada da Indonésia.
Não chorei, mas estive perto, perante as brutais imagens que todos os dias nos entravam em casa, em que milícias apoiadas por Jakarta chacinavam timorenses indefesos, com a cumplicidade e ajuda do exército indonésio.
Quis protestar contra a passividade com que os EUA, a ONU e o mundo em geral pareciam olhar para a insanidade que destruía um país quase nos antípodas, mas tão próximo do meu. Como eu, milhões de portugueses indignaram-se e foram solidários. Foi uma moda? Talvez, mas que todas as modas fossem assim. De qualquer modo, creio que, para a maioria, a perplexidade, consternação e o querer fazer o pouco que estava ao alcance de cada um foi genuíno.
Futebol aparte, as manifestações de solidariedade com Timor, o grito de revolta que todos fizemos ouvir ao mundo, foram uma das poucas ocasiões em que o povo português verdadeiramente se mobilizou por uma causa.
Ontem, ao ver a série "Answered by fire", uma co-produção entre a Austrália e o Canadá (sei que já o disse, mas quero que fique bem claro) bem feita e que vale a pena ser vista, lembrei-me disto tudo.
E pensei nos directores de programação dos nossos canais de televisão ou nos nossos produtores de cinema, que preferem lançar projectos bovinos como os Morangos, a Floribella ou o Jura.
Não podia, não devia esta temática, que agora nos aparece pela mão de australianos e canadianos, ter sido objecto de uma produção portuguesa, exportada depois para outros países?
Já agora: durante o primeiro episódio, não se falou uma única vez de Portugal. Da língua portuguesa, só por vezes foram perceptíveis as palavras que o tetum assimilou.
Ainda que só na realidade ficcionada e televisionada, merecíamos melhor, não?
Mas, mais importante que tudo isto, são os timorenses, que mesmo em independência, tardam em encontrar a estabilidade social e política que merecem. Nunca deixem de acreditar num futuro melhor. Viva (vivam) Timor em liberdade.

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M' Espanto às vezes

Concordo com José Pacheco Pereira nesta sua análise ao "Compromisso Portugal".
Os gestores e, em muito menor medida, empresários (importante distinção) que se reunem no Beato têm à sua disposição os meios necessários para "fazer política". Não a querem fazer dentro dos partidos existentes? Pois que fundem um, ou que organizem acções cívicas que contribuam efectivamente para melhorar o país. Mais uma vez, eles têm os meios.
Falar perante plateias perfumadas a Bulgari e vestidas na Ermenegildo Zegna, mobilizar a comunicação social que veste no mesmo sítio e usa o mesmo perfume, para anunciar programas sem fornecer os instrumentos, é manifestamente pouco.
Por exemplo, reduzir em 200 mil o número de funcionários públicos: sim senhor, genericamente de acordo. Mas como? Em que áreas e serviços? Quem - e como - paga as indemnizações e subsídios? Como se resolve o problema social criado?
Falar é bom, fazer é melhor.
Os gestores da banca, por exemplo. Porque não propõem eles o fim dos benefícios fiscais de que o sector usufrui em sede de IRC? Porque paga a banca metade do que é cobrado a outras empresas? Por causa dos esforços de modernização? Mas não é a banca um dos sectores em que Portugal já dá "lições" de modernidade e competitividade?
Em suma, faz o que eu digo, não faças o que eu faço. Não é, António Carrapatoso das dívidas fiscais prescritas? (alguma vez ouviu falar em obrigações naturais?)

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quinta-feira, setembro 21, 2006

Apre!

Isto não se faz. Que mania de limpar a merda dos blogues!

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Irra

A greve do Metro de Lisboa, as primeiras chuvadas e a necessidade de passar pela segunda circular tinham que coincidir no mesmo exacto dia?

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quarta-feira, setembro 20, 2006

Prova superada?

Hoje foi o primeiro dia de escola do pequeno gremlin. Que é como quem diz, a primeira prova pública que os pais têm de prestar àcerca da sua qualidade parental. Essa é pelo menos uma das formas com que muitos pais encaram este dia fatídico. Os outros pais apenas fazem votos que o Natal chegue depressa, antes que tenham de cortar os pulsos para terminar o sofrimento em que vivem. Sim, pode ser assim tão mau, sim.
As criancinhas que vivem sozinhas em casa com amas ou avós e sem irmãos, com pouca ou nenhuma experiência anterior de escola, creche ou infantário , constituem o grupo de risco mais temido. Até ontem, foram principezinhos, pequenos reis, mimados e estragados. A partir de hoje, são mais um na sala, não podem fazer tudo o que querem quando querem, não têm acesso privilegiado aos brinquedos, aos baloiços, aos triciclos, têm de comer sozinhos, têm de disputar a atenção da educadora com outros 24 membros da realeza... o Mundo parece que lhes vai fugir!
Há mães proibidas de entrar nos Colégios, porque quando o fazem para depositar os seus rebentos deixam um rasto de ranho persistente e repulsivo. Há crianças que gritam por socorro. Há registo de apelos lancinantes - "Mamã! Eu gosto muito de ti, não me abandones aqui! Mamã! Mamã!". Há dados sobre traumas, danos psicológicos, laqueação de trompas, vasectomias, eu sei lá! Pessoas incapazes de trabalhar antes de almoço, tal a tensão e o choro compulsivo em que ficam.
Por enquanto, está tudo bem para o meu lado. Amanhã, temos outro round. Tenho uma ganda fezada, eu acredito que vá tudo correr bem. Vamos passar por isto dia a dia, superar cada dificuldade em conjunto.
Puto, já sabes - se continuar a correr tudo bem, se continuares a ir mais cedo para a cama, a levantar-te bem-disposto, com vontade de ir para a escola, a não armares cenas aos teus pais, a gostares da escola e a não contribuires para um nosso qualquer complexo de culpa - então aí, puto... grande Natal que vais ter este ano!

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"Expressa-mos"


No dia em que saiu o número 1 do anunciado concorrente "Sol", o melhor que o grande "jornal de referência" conseguiu desencantar para ocupar a maior mancha da capa do primeiro caderno (mais a capa, inteirinha, do sumplemento "Única") foi... Maria Elisa!???!
A ex-jornalista, ex-directora de programação da RTP, ex-deputada, ex-conselheira cultural, retrato fiel do que vai mal em Portugal (o fartar vilanagem que por aí continua a merdar - oops, uma gralha) teve honras de destaque no semanário de Balsemão. O que tinha para dizer? - Que se sente "traída pelo PSD" e que vai regressar à RTP. Tema importantíssimo e candente, como profunda é a protagonista da notícia, uma figura incontornável da democracia portuguesa, espelho fidedigno de todos os "boys" e "girls" que fazem deste País um sítio pouco recomendável.
Nada melhor o "Expresso" arranjou do que dar voz a esta gaja.
O "Sol", a esse, nem o vi. Com a péssima distribuição evidenciada logo na estreia - num sítio só tinha sido entregue a revista, noutro não tinha chegado, nos outros dois tinha esgotado, e isto logo pela manhãzinha nos arredores de Lisboa - nem merece que me preocupe com ele. Tratem bem da distribuição primeiro, depois talvez me levem a comprar o jornal.

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Por quem sois...

Quando me pedem com jeitinho, não resisto. Recebemos dos nossos amigos do Blogame mucho a seguinte mensagem, que passo a transcrever (é mais copy-paste):

Caros amigos,

Por motivos alheios à nossa vontade (mas não, eventualmente, à nossa incompetência) fomos forçados a mudar de endereço.
Agora é este:
www.chumo.blogspot.com
Se quiserem fazer-nos duas graças, não podendo prometer-vos para mais tarde o reino dos céus, ficar-vos-emos gratos.
As graças que pedimos são as que seguem:
1 - Actualizem o nosso endereço na vossa lista, se for o caso de já nos terem lá, para poderem beneficiar dos nossos ensinamentos e outros etecétaras em que somos pródigos.
2 - Se quiserem proporcionar-nos um breve momento de deleite - como são breves, os deleites! - refiram-nos nas páginas do vosso blogue, com o novo endereço.
Muito gratos.
Um abraço e muitíssimo obrigados.
A equipa do blogame,Lolita, Besugo, Alonso (e Stkaneko - esse, como sabem, nunca se sabemos)
E pronto, Lolita, Besugo e Alonso (e Stkaneko?????). É só pedir. O link ali da coluna da direita, actualizo-o depois, que agora não tenho vagar. Um abraço para todos vós, também.
PS: já está actualizado, na coluna dos links, o endereço do Blogame mucho. Isto é que é eficiência, hein? Vão lá, que eles escrevem bem e, ainda por cima, têm no Besugo um excelso sportinguista.

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terça-feira, setembro 19, 2006

Edital

Pela presente posta torna-se público que, após longuíssimo processo de mudança de casa, instalação, adaptação, ão, ão, ão, conto de novo, desde hoje, com ligação doméstica à internet.
Tenho deixado muitas coisas -totalmente irrelevantes, bem sei - por dizer, mas a partir de agora ninguém me cala.
Ninguém pára o RdM, ninguém pára o RdM, ninguém pára o RdM, olé ó.

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Um post sério fedorento


Leitura recomendada: este post, "mexendo no lixo", no Gato Fedorento.

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segunda-feira, setembro 18, 2006

Espero que o João Miranda concorde...


Os blogs foram inventados para que possamos ler posts assim. Aqui, no "assim", deveria estar um link para o post, mas o maradona não gosta dessas viadagens.

Fica assim a referência, sem link - "Charles Bronson", n'A Causa Foi Modificada, como leitura recomendada. Depois de ler um post destes, a vida parece mais leve. E a blogosfera parece-nos um sítio óptimo, onde o bom humor e a boa escrita se aliam frequentemente.

Espero que o João Miranda concorde...

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Nikon foto

Comprei uma máquina digital há cerca de um ano. O objectivo principal era ir tirando uns retratos ao puto, para mais tarde recordar. Como não tenho muita queda para a fotografia, tenho de tirar dezenas de fotos para que se aproveitem umas poucas.
Por outro lado, como aquilo que exijo à máquina são coisas simples, nunca cheguei a ler o manual de instruções. Esse facto traduz-se habitualmente em algumas fotos estragadas com os olhos vermelhos e outras completamente desfocadas, que são prontamente mandadas para o hiper-espaço.
No entanto, há fotos de que eu gosto bastante, mesmo mal tiradas, mesmo completamente desfocadas. Esta é uma delas. Mas um dia destes tenho mesmo é de ler o manual...

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domingo, setembro 17, 2006

Soldados Unidos Vencerão!


Ainda os SUV - encontrei aqui e aqui (o Tó Colante é mesmo um blog muito completo) uns auto-colantes deste Movimento. Este que aqui coloco já conhecia, enfeitou uma pasta que eu tinha quando estudei em Coimbra - não nessa época "quente", mas uns 10 anos mais tarde.

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A culpa será da borboleta?

Bento XVI fez uma declaração, numa Universidade alemã, onde registava que a Religião (não a cristã, ou a judaica, ou a muçulmana, mas "a" Religião) deveria ser abordada com lógica e com racionalidade e sem ódios, jihads e coisas do género. Falava numa perspectiva filosófica, apoiando-se em teólogos (um ortodoxo, um católico e um muçulmano) e visando fortalecer o ecumenismo.
A declaração, que é tão simples, tão lógica e tão racional, fez logo incendiar os ânimos do costume. Espera-se uma reacção islâmica mais violenta ainda do que a que se seguiu à "Crise dos Cartoons". Várias vozes se levantaram para criticar o Papa, porque deveria ter tido mais cuidado com as declarações que fez, e que agora ficará mais difícil para os muçulmanos moderados, e a culpa é do Papa.
Parece mentira. Tudo bullshit, tudo lérias.
O Papa diz algo que faz todo o sentido. Os muçulmanos aproveitam a oportunidade para explorarem politicamente as suas declarações, deturpando-as. E a culpa agora é do Papa?! De facto, o diálogo inter-culltural, inter-religioso, está cada vez mais difícil. Mas a culpa não é de quem invoca o pacifismo, a lógica e a racionalidade. A culpa é de quem não sabe ouvir, ou só ouve o que (não) lhe interessa, e se sente ofendido, e cultiva o ódio, e incendeia a rua islâmica, e na prática se torna cúmplice de atentados a igrejas, de mortes de inocentes, de raptos, de disparos de mísseis, de atentados terroristas. Já não há pachorra!
A Teoria do Caos diz que o agitar de asas de uma borboleta em Tóquio poderá causar um furação nos EUA. Neste momento, qualquer coisa que se diga, se desenhe, se pense, por mais inócua que seja, pode provocar a fúria islâmica. A culpa será da borboleta?
Nota: A foto foi "roubada" do site do Jornal PÚBLICO. Mas atenção - eu hoje comprei o jornal!

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sexta-feira, setembro 15, 2006

Memórias da adolescência - Herman


Tenho saudades de Herman José. Não do artista plastificado, institucionalizado, aburguesado e aburgessado em que ele se transformou, mas do cómico irreverente, iconoclasta, inteligente que ele foi.
Depois do Senhor Feliz e do Senhor Contente, com Nicolau Breyner, do Toni Silva, inventor da música ró no programado Júlio Isidro, "O Tal Canal" foi um marco na televisão portuguesa. 12 episódios - assisti religiosamente a todos excepto um! - que revolucionaram o humor em Portugal.
"Cozinho para o Povo", com muita paprika e Margarida Carpinteiro, o Nélito com a Senhora Dona Palmira (Lídia Franco), anúncios publicitários (o Bajardix 5), o Diário de Marilu (a revelação do último episódio - "sou o Zé António, de Chelas, que anda com uma camisola aos quadrados a dizer a CEE está connosco!" - o Serafim Saudade com a Carmo e Mirita, o Hermanias, as entrevistas históricas, o Casino Royale... o impacto destes programas de Herman só têm paralelo com o Gato Fedorento.
O que lhe aconteceu? E porquê? Saímos todos a perder com o reposicionamento de Herman, o intragável "Parabéns", a tentativa de fazer programas "sérios", as piadas que perderam a graça. E que saudades tenho!

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Sim senhor

Sábado aqui, sábado ali...
Sai Uma sandes de atum, se faz favor!

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Porque amanhã é Sábado...

Bem visto!

Em A minha vida dava um filme indiano:

"Erotic is when you use a feather. Exotic is when you use the whole chicken."

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quinta-feira, setembro 14, 2006

Memórias de infância - PREC (3)

MRPP




Imagens retiradas do fabuloso blog TóColante, onde se justifica uma visita diária para reviver a nossa História contada em autocolantes. E que História emocionante e colorida é a nossa, especialmente em 1974-76!

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quarta-feira, setembro 13, 2006

Memórias de infância - PREC (2)

Soldados Unidos Vencerão!

O PREC teve pormenores que agora, à distância de 30 anos, nos aparecem como hilariantes. Os SUV - Soldados Unidos Vencerão - continuam a fazer-me rir.
No seu programa, referiam que, «(...) considerando que já por diversas vezes fizemos cedências à burguesia nomeadamente ao submetermos a nossa luta à aliança com o MFA, que por causa das suas contradições e hesitações no passado, e de hoje estar ao serviço de elementos contra-revolucionários, nos tem valido não só o afastamento e hostilidade da população (especialmente dos nossos irmãos camponeses), como também a desmoralização de numerosos combatentes das nossas fileiras e o adormecimento perante a ofensiva reaccionária dentro e fora dos quartéis (...)», «SUV luta com todos os trabalhadores pela preparação de condições que permitam a destruição do Exército burguês e a criação do braço armado do poder dos trabalhadores: o Exército Popular Revolucionário.»
Simplesmente brilhante! O pessoal do Gato Fedorento não faria melhor.
Os mais novos devem pensar que tudo isto ocorreu num outro país, numa outra dimensão. É verdade que, nos últimos anos, só se tem visto discursos com esta paixão nos meandros do futebol, mas tudo isto aconteceu em Portugal, há uns 30 anos.



(Clique nas imagens. Vale a pena!)

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A vitória

Sporting 1 - Inter de Milão 0
Sporting 1 - Inter de Milão 0
Sporting 1 - Inter de Milão 0
Sporting 1 - Inter de Milão 0
Sporting, Sporting, Sporting. Bravo, rapazes.

PS: há gajos, como o coiso da "causa" , que não percebem nada de bola. Então a apreciação que faz ao Miguel Veloso, um dos melhores, senão o melhor jogador em campo, é de bradar aos céus. O coiso só tem uma aparente virtude: aparentemente, é sportinguista. Quem diria?
E pensar que fizeram um abaixo-assinado para o levar, como comentador, à Alemanha, num movimento chamado MamA. Brrrrrrrrr.

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terça-feira, setembro 12, 2006

Estranhos fenómenos da blogosfera

Encontram-se coisas estranhíssimas na internet. No outro dia, estava eu a passear e quando dei por mim estava aqui - um blog que publica fotografias exclusivas das sanitas dos leitores! Esse mesmo blog linka outros com especializações ...ããããh... digamos... estranhas.
Um blog especializado em fotografias de frigoríficos, outro apenas direccionado para botas, um outro para umbigos, mais um para passarinhas, ainda outro para mãos, um escpecialista em dedos médios, mais para pantufas, janelas, sofás, camas, cuecas, secretárias, estantes, malas, olhos... que coisas estranhas que se apanham na blogosfera. Isto já para não falar do urinal. Isto está a tornar-se perigoso para passear...
A propósito do que por aqui se disse há uns posts atrás sobre um blog chamado "Tetas & Bolas" - ontem fui lá espreitar. Fiquei banzado - é um verdadeiro fenómeno! Tem uma audiência média diária de 72 visitas - e esta média é apurada sempre sobre os dados dos últimos 7 dias - e o último post que lá foi publicado é de Agosto de 2005. É verdade, 2005. Não tenho palavras...

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No Templo


Hoje, sento-me na minha cadeira do Templo e, entre fiéis, murmurarei as orações.
A minha equipa, constituída maioritariamente por miúdos talentosos formados na casa, defronta uma colecção de alguns dos melhores jogadores do mundo. A fé é uma graça. Eu acredito.

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Conselho Parvo?

Duarte Pio pretendia matricular o seu filho no Colégio Militar. Ele estudou lá, D. Luís Filipe também estudou lá, o Colégio Militar é das instituições de ensino mais antigas (fundado em 1803 pelo Marechal Teixeira Rebello) e mais apegadas às tradições portuguesas, sendo também reconhecido como um estabelecimento de onde saem líderes.

O Conselho Real não concordou com esta pretensão de Duarte Pio. Porque "o Colégio Militar já não é o que era". Agora, "o que está a dar" é o Colégio S. João de Brito (Jesuítas) e o Colégio do Planalto (Opus Dei).

Tem uma certa piada atentarmos na opinião do Conselho Real. Primeiro, o desvio da instituição militar para a religiosa - onde avulta o sinistro Planalto, de onde se ouvem histórias tenebrosas; em segundo lugar, o ataque à tradição ("o Colégio Militar já não é o que era").
A monarquia acabou já há 96 anos, mantendo-se de alguma forma "viva" (é uma maneira de dizer, enfim...) por causa da tradição. Se o Conselho Real, primeiro responsável pela preservação dessa tradição, passa por cima dela, então serve para quê, afinal?

Imagem da barretina retirada daqui.

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Bolas!

Esqueci-me de comprar o Record hoje! Precisava dele para ver as classificações individuais dos jogadores, atribuídas pelo jornal, e fazer as últimas avaliações antes do início da Liga Record. Alguém me pode arranjar o malfadado jornal? Please?

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Post de raiva

Este post começou por ser um comentário no Merdex.
Assim como depois de 1945 se procedeu à desnazificação na Alemanha e à "des-samuraização" no Japão, que foram batalhas do foro da psicologia de massas, há que fazer o mesmo quanto aos fanáticos muçulmanos.
Não acredito na possibilidade de paz. Aliás, acredito que a guerra começou há 5 anos. E não há que ter contemplações nem ceder a relativismos morais, complexos de ex-colonialista - eles são os "maus", "nós" - os ocidentais - somos os "bons".
Podemos achar que o Bush é uma besta - e é-o, de facto - podemos achar que podia ter sido de outra maneira, não se devia ter invadido o Iraque - também acho, não devia - que os israelistas exageram - é verdade, exageram. Mas isso são pontos acessórios, por muito que isso custe às nossas boas consciências. O fundamental, o essencial, é apenas isto: se "nós" não damos cabo deles, eles irão dar cabo de nós. Tão simples como isto.
Independentemente da nossa opinião, da nossa tolerância, da nossa compreensão - eles não querem saber! Aliás, contam até com a nossa tolerância e com a nossa melhor compreensão para melhor nos lixarem!

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segunda-feira, setembro 11, 2006

Memórias de infância - PREC (1)

O Grupo Outubro

"Estamos Fartos, Estamos Fartos
Dos Senhores que nos andam a roubar
Estamos Fartos, Estamos Fartos
Atiremos o Capitalismo ao Mar"

Este refrão estava incluído num disco em que se procedia ao julgamento do Fascismo e que me ficou na memória. Lembro-me do depoimento da Social-Democracia, uma "tia" muito viajada, muito cosmopolita, obviamente amantizada com o velho e condenado Fascismo. A certa altura, o réu balbuciava a famosa frase de Salazar: "Se soubesses o que custa mandar, gostarias de obedecer toda a vida".

Não me lembro do nome do disco. Asseguram-me que era cantado pelo Grupo Outubro, composto por Carlos Alberto Moniz, Madalena Leal, Pedro Osório, Maria do Amparo e Alfredo de Sousa (por esta ordem, na fotografia). É curioso não encontrar quaisquer referências a este disco no google.

Para quem já nasceu nos anos 70 e não teve a felicidade de viver o PREC, Carlos Alberto Moniz e, em menor grau, Maria do Amparo, estão associados a músicas inocentes e infantis, da mesma forma que José Barata Moura . Faz uma certa impressão ouvi-los cantar convictamente "Quem produz tem direito ao pão - mas quem não trabalha não come!".

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11/9



As Twin Towers formavam um 11.

Nesta efeméride negra, não me interessam esquerda e direita, Deus e Alá, Ocidente e Islão, ricos e pobres, bons e maus, produtores de petróleo e dependências energéticas, branco e preto.

Neste dia, 11/9, não me interessam maniqueísmos.

Neste dia, 11/9, só me interessa lamentar a estupidez humana.

Podia ser no meu edifício de escritórios, no teu, no dele...

Porquê? Não interessa. Se explicamos isto, conseguimos explicar o absoluto. Como sou agnóstico, declaro-me, em conjunto com a restante humanidade, incompetente para explicar.

Calo-me e recordo.

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domingo, setembro 10, 2006

311ª posição!

Hoje é uma data histórica no RdM. Atingimos a nossa audiência média mais elevada de sempre, o que nos permite alcançar uma honrosa 311ª posição no blogómetro! Estamos empatados com o Igualdade no Casamento (sem direito a link, para não nos ultrapassar!) e um pouco à frente de blogs carismáticos, como o Tetas & Bolas e o Alguidar Pneumático.
É o resultado do nosso porfiar e constitui um justo prémio ao esforço aqui desenvolvido. Gostaríamos de agradecer às nossas famílias, colegas, amigos, ...uuuh, e aos leitores, naturalmente.
Agora só nos resta esperar pelo contacto de uma editora, ou de uma estação de rádio, o que seja, para nos felicitar e desafiar-nos a publicar os nossos posts . Quer dizer, pelo menos é uma forma de isto dar alguma coisa. Há muitas coisas que eu ainda não entendi sobre a blogosfera, e uma delas (a mais interessante?) é - afinal como é que se ganha dinheiro com isto?!

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Código da estrada - uma dúvida


Leio no PÚBLICO que um homem eslovaco de 42 anos sofreu um acidente; chocou contra um autocarro enquanto conduzia o seu carro, meio nu e com uma bomba de vácuo no pénis. Aparentemente, ignorou um sinal de perda de prioridade.
Por acaso tenho uma dúvida no que respeita às regras da prioridade - se o autocarro estava a vir e o homem também, quem deve parar não é quem tem travões?!

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sábado, setembro 09, 2006

Pergunta aos leitores: Novo Alvo de Estimação


No RdM temos um alvo de estimação. Quem trata disso é o Malagueta, porque nem eu nem o El Ranys temos conhecimentos de html suficientes para tal cometimento.
Infelizmente, está a chegar a hora de termos de dizer adeus ao nosso alvo de estimação. Desde que foi afixado aí ao lado, nunca nos deixou ficar mal. Nunca nos envergonhou de o termos escolhido como alvo, sempre que se distinguiu, foi pela negativa.
Como saberão os leitores mais frequentes do RdM, o Malagueta não se tem distinguido pela assiduidade, o que apenas aumenta a responsabilidade desta escolha - temos de optar por alguém que seja "alvo" durante muito tempo (porque não é crível que o Malagueta trate do html com maior frequência) sem nos embaraçar. Nessas condições, o alvo ideal é, naturalmente, Alberto João Jardim, mas gostaríamos de ouvir a opinião dos leitores:
Quem escolheria para Alvo de Estimação do Revisão da Matéria?
- O inevitável Alberto João
- O controlador Valentim Loureiro
- O mestre Pinto da Costa
- O hipócrita Luis Filipe Vieira
- O burgesso António Fiúza
- O maquiavélico Paulo Portas
- O moralista Francisco Louçã
- O educador Pacheco Pereira
- A destrambelhada Elsa Raposo
- O esclavagista Raymond Domenech
- O bimbo Bush
- O terrorista Bin Laden
- Outro / Outra

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A Vaca Arnestina e as voltas que a vida dá


Há dias comprei um disco de José Barata Moura. Joana come a papa, Olha a bola Manel, a história da Vaca Arnestina Maçaroca, entre outras, fizeram as delícias de gerações, logo a seguir ao 25 de Abril, e continuam a fazer, a julgar pela reacção do puto. Já nem consigo ouvir rádio dentro do carro. Em compensação, conheço a letra da Vaca Arnestina Maçaroca de trás para a frente!
José Barata Moura é reitor da Univerdade de Lisboa. A vida dá voltas engraçadas, não dá?

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sexta-feira, setembro 08, 2006

A ler

Numa altura em que, do futebol, parecem só vir más notícias, recomenda-se a leitura deste livrinho, "Selvagens e Sentimentais", de Javier Marias.
Nele estão reunidas várias crónicas do aclamado escritor espanhol em torno do futebol, da selecção nacional dos nossos vizinhos e, sobretudo, do Real Madrid.
Fico a suspirar pela descoberta de um português e sportinguista com o mesmo génio de Marias.

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Sim, amanhã é Sábado

Para o Uma sandes de atum amanhã também é Sábado. Grande papo. Seco.

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Porque amanhã é Sábado...

quinta-feira, setembro 07, 2006

E porque amanhã já é Sexta

Os convites foram feitos. Em resposta ao desafio lançado n'Uma Sandes de Atum, reabre-se a arena Rantanplan, para adoçar as sextas-feiras. E os sábados. E as semanas, e todos os dias, à vossa vontade. Quaisquer candidatos que se queiram juntar à "corrente", já sabem - mail para o revisaodamateria@gmail.com. Vamos a isto?

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7 de Setembro, dia do Brasil

Hoje celebrou-se o Dia da Independência, feriado nacional no Brasil. Axé!

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amAr-te


"Femme accroupie offrant du lait à un chat", Felix Edouard Vallotton, 1919

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