quinta-feira, novembro 02, 2006

Coisas da vida... e da pró-vida...


"Eu não fui vítima de aborto", regozija-se a criancinha inocente.
Já os tipos que pariram este cartaz são uns verdadeiros abortos.

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segunda-feira, outubro 30, 2006

Vão trabalhar, malandros!


Através do Maradona e do Herdeiro de Aécio, tomei conhecimento desta pérola. Um tal de João Fiadeiro - um verdadeiro artista - afirma o seguinte: «Será que é tão difícil de aceitar que a grande maioria dos agentes culturais que dependem de subsídios, só os pedem por acreditarem que os espectadores merecem ter acesso a um tipo de teatro, de dança ou de cinema que, sem esses subsídios, pura e simplesmente não existiriam? E sim, não existiriam porque não há público suficiente para este tipo de espectáculo. E qual é a surpresa? É claro que não há público! Ele tem de ser criado, estimulado, formado, e isso leva tempo e a responsabilidade está longe de ser só dos artistas.»
Como diz - e diz muito bem - o maradona (e reproduzo-o aqui antes que ele apague o post dele, espero que ele não se irrite!), «Um gajo abre um restaurante, ninguém almoça lá, fecha. Um gajo escreve um livro, nenhuma editora acha que pode fazer lucro com aquilo, o livro não se publica. Um gajo faz teatro, ou uma dança, ou uma música com violinos em vez de guitarra eléctrica, ninguém paga para assistir àquilo, então é preciso formar os públicos.»

A bojarda deste Fiadeiro - decerto um grande artista - ilustra perfeitamente a arrogância imbecil destes subsídio-dependentes, destes chupistas, chulos, egocêntricos e onanistas culturais, que julgam que as suas punhetagens - que ninguém tem saco para aturar! - merecem o alto patrocínio do Estado português, porque é Cultura, é chique e fica bem.

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terça-feira, outubro 17, 2006

Sem nhónhós



Acabo de ver o excelente documentário que passou ainda agora na :2 sobre Luiz Pacheco (creio que em repetição).

Figura controversa, o escritor é para uns génio excêntrico e, para outros, demente apatetado. Uma coisa, pelo menos, é certa: em tempos de discurso politicamente correcto, sabe bem ver um documentário que termina assim:

"Pedem-me para deixar uma mensagem às novas gerações (...), àqueles que estão agora a começar? - Puta que os pariu!"

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terça-feira, outubro 10, 2006

...Ergo sum...

Confesso que me desiludiu ligeiramente, caro João Pinto e Castro. Tu quoque?
Parece que, também para si, quem viu na entrevista de Pedro Arroja à Fernanda Câncio um arrazoado de inanidades, é necessariamente um esquerdista.
Pois para mim, a quem não cola esse rótulo, a entrevista de Pedro Arroja foi um belo serviço prestado aos anti-liberais.
A total ausência de ética, de valores e de respeito pela dignidade humana exibida pelo Professor Doutor nessa entrevista (sim, eu sei que foi há 10 anos) leva-nos às cavernas. É uma entrevista troglodita, boçal, por muitos prémios Nobel da economia que se citem. Dizer isto faz de nós esquerdistas?

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segunda-feira, outubro 09, 2006

Second beggining?

Só para dar conta de que o Professor Doutor Pedro Arroja postou no Blasfémias. Desenganem-se se esperam conversa de escravos, compra de votos, trabalho infantil, a selva...
O Professor Doutor Pedro Arroja fala, na posta de estreia, sobre a obra de Leo Strauss e sua influência nos neo-cons próximos de Bush. Fiquem-se com estas passagens (exactamente a primeira e a última frases da posta), se não quiserem seguir o link:
"A corrente de filosofia política mais influente na Administração Bush é provavelmente aquela que é herdeira do pensamento de Leo Strauss (1899-1973), um filósofo alemão que emigrou para os EUA em 1938, tornando-se professor na Universidade de Chicago.
(...)
Por isso, para realizarem o seu programa político, os straussianos têm de criar "mentiras esplêndidas e fraudes espectaculares" (Drury, 1994)."
Espero que o João Miranda concorde.

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Adeus, ó vai-te embora


Souto Moura passou hoje o testemunho a Pinto Monteiro.
Para trás, fica a imagem de total desrespeito institucional e democrático, de trapalhadas e atropelos legais nas investigações, de explicações que ficam por dar, de injustiças, inconsequências e impunidades.
Souto Moura não parece mau homem. Mas, falho de carisma e liderança, mostrou ter um perfil totalmente desadequado às altas funções que foi chamado a desempenhar durante os últimos seis anos. Diga-se que não foi vítima do "sistema", mas de si próprio e de quem o nomeou. Um erro de casting.
Que o novo PGR, Pinto Monteiro, contribua para nos devolver a sensação de que vivemos num verdadeiro Estado de Direito democrático, é o desejo que formulo. Para pior, já basta assim.

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domingo, outubro 08, 2006

É desta que o Rei Momo se reforma?

Alberto João Jardim, o político mais bronco, desbocado e nhurro de Portugal, está fulo com o Governo - mais especificamente, com o Ministro das Finanças.
Além da alteração ao financiamento das Regiões Autónomas, que passa a privilegiar os Açores em detrimento da Madeira - faz sentido, se pensarmos que se está falar num subsídio de insularidade, subsidiar a região mais insular, ou não? - o Ministério das Finanças ameaça deixar de pagar 140 milhões de euros à Madeira, e já mandou suspender o pagamento de 50 milhões.
A justificação para a suspensão destes pagamentos reside no facto do Alberto João, esse grande patego, não ter cumprido a lei - ultrapassou o endividamento máximo - e, quando instado a explicar-se ao Ministério das Finanças, simplesmente não respondeu.
Tentando ser imparcial neste conflicto, penso que a alteração à lei é discutível (parece que a Madeira vai deixar de receber não sei quantos milhões) mas é perfeitamente legítima, enquanto a violação à lei é perfeitamente evidente e injustificada.
Esquecendo a imparcialidade e sendo sincero, fico muitíssimo satisfeito por finalmente termos um Governo em Portugal capaz de resistir à chantagem nojenta do batráquio da Madeira. Espero que este episódio contribua para que o Rei Momo se deixe de toleimas e se reforme.

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O regresso do jornalismo de investigação

Na edição do Sol, leio com espanto a acusação do Arquitecto Saraiva, Grande Líder do Sol, Farol Luminoso do jornalismo português, Grande Educador dos leitores de semanários, Futuro Nobel. Diz ele que a Maçonaria combateu Souto Moura no seguimento do escândalo Casa Pia.
Surpreendido, tento encontrar mais pormenores desse combate, provas, indícios que fossem! Nada. O Arquitecto lançou a boca, em jeito de conversa de café, de bitaite de corredor, e mais nada. Está portanto de regresso a leveza com que se fazem acusações, se apontam os dedos, sem qualquer necessidade de justificar aquilo que se diz. Longa Vida ao Arquitecto e ao seu jornal!

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terça-feira, outubro 03, 2006

Marquetingue

E o Arroja, quando é que começa a postar, carago?
Ó João Miranda, espero que concorde que o Professor Doutor vos está a deixar ficar mal...

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Como se activa um GIF em html?

Tenho alguns ficheiros GIF que se mexem, com efeitos engraçados. Por exemplo, o dork com que ilustrei o post dedicado ao Prof. Pedro Arroja tem hélices no chapéu que se mexem. Mas eu não sei postar imagens com esses efeitos. Alguém me ajuda?

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segunda-feira, outubro 02, 2006

Retrato de um liberal que lia muito


Ainda sobre Pedro Arroja, nova "contratação" do Blasfémias.
Relendo a entrevista dada há 12 anos, reconstruo a ideia mental que tinha do sujeito. Não consigo agora pensar nele sem automaticamente associá-lo àqueles "dorks", ou "geeks", adolescentes borbulhentos, marrões sem amigos que levavam um carolo sempre que abriam a boca no recreio.
Gente que, para combater a sua inabilidade social, optava pelo marranço. Nalguns casos, o empinanço dava bons resultados e eles tornavam-se pessoas melhores e aprendiam coisas novas e interessantes. Noutros (segundo creio, o caso do Prof. Pedro Arroja), o estudo tornava-se apenas uma forma de passar o tempo. Não para aprender algo, mas apenas para marcar "já li!" na lista. Sem entender o que lia, sem juízo crítico, sem juízos de valor (*). Apenas um idiota letrado e nada mais do que isso.

(*) A propósito do "juízo de valor" vs. "juízo de facto", recomendo vivamente a leitura deste post exímio, no Tempo dos Assassinos, que desmonta cabalmente mais uma blasfémia.

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quinta-feira, setembro 28, 2006

Arrojada idolatria


Calma, camaradas. Vejo-vos muito nervosos.
Estão armados em fundamentalistas, não admitindo qualquer tipo de abordagem que não seja em louvor do vosso particular Maomé?
Compreendo-vos, ainda assim, a tragédia. Neste caso, o caricaturista é, ele próprio, a coisa caricaturada e a caricatura. Como resolver isto? Difícil.
Imagem roubada aqui

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terça-feira, setembro 26, 2006

Vale mesmo, mesmo a pena

A sério. Vão lá. Ao Glória Fácil. Para ler esta entrevista da Fernanda Câncio ao senhor professor doutor Pedro Arroja, guru da malta deste outro blogue, o Blasfémias. Vão ler e depois digam.
Por enquanto, não faço comentários, só vos digo que vale mesmo, mesmo a pena.

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domingo, setembro 17, 2006

A culpa será da borboleta?

Bento XVI fez uma declaração, numa Universidade alemã, onde registava que a Religião (não a cristã, ou a judaica, ou a muçulmana, mas "a" Religião) deveria ser abordada com lógica e com racionalidade e sem ódios, jihads e coisas do género. Falava numa perspectiva filosófica, apoiando-se em teólogos (um ortodoxo, um católico e um muçulmano) e visando fortalecer o ecumenismo.
A declaração, que é tão simples, tão lógica e tão racional, fez logo incendiar os ânimos do costume. Espera-se uma reacção islâmica mais violenta ainda do que a que se seguiu à "Crise dos Cartoons". Várias vozes se levantaram para criticar o Papa, porque deveria ter tido mais cuidado com as declarações que fez, e que agora ficará mais difícil para os muçulmanos moderados, e a culpa é do Papa.
Parece mentira. Tudo bullshit, tudo lérias.
O Papa diz algo que faz todo o sentido. Os muçulmanos aproveitam a oportunidade para explorarem politicamente as suas declarações, deturpando-as. E a culpa agora é do Papa?! De facto, o diálogo inter-culltural, inter-religioso, está cada vez mais difícil. Mas a culpa não é de quem invoca o pacifismo, a lógica e a racionalidade. A culpa é de quem não sabe ouvir, ou só ouve o que (não) lhe interessa, e se sente ofendido, e cultiva o ódio, e incendeia a rua islâmica, e na prática se torna cúmplice de atentados a igrejas, de mortes de inocentes, de raptos, de disparos de mísseis, de atentados terroristas. Já não há pachorra!
A Teoria do Caos diz que o agitar de asas de uma borboleta em Tóquio poderá causar um furação nos EUA. Neste momento, qualquer coisa que se diga, se desenhe, se pense, por mais inócua que seja, pode provocar a fúria islâmica. A culpa será da borboleta?
Nota: A foto foi "roubada" do site do Jornal PÚBLICO. Mas atenção - eu hoje comprei o jornal!

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