sexta-feira, junho 30, 2006

Cow Parade - A Vaca do Dia 17

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quinta-feira, junho 29, 2006

Mundial ao vivo

Eu estive lá e agora já estou cá.
Viver um Mundial ao vivo é um momento extraordinário. No meu caso, foi uma estreia. Milhares de quilómetros percorridos, num percurso sinuoso: Lisboa - Frankfurt - Bruxelas - Lisboa - Bruxelas - Gelsenkirchen - Colónia - Berlim - Munique - Nuremberga - Munique - Frankfurt - Lisboa.
Um percurso vitorioso, também: Irão, México e Holanda foram as equipas que vi serem derrotadas pela selecção nacional. Portugal ganhou. Eu também.
No mundial, descobri, o futebol, os símbolos "tribais", pertencer a uma qualquer facção, mais do que dividir, aproxima-nos uns dos outros. A diferença de ser de Portugal e de me passear nas solarengas (que surpresa) e quentes ruas alemãs com as cores nacionais, levava os "outros" a aproximarem-se, a iniciarem uma conversa, a quererem conhecer um português (bom, nem sempre: a verdade é que, muitas vezes, abordavam-nos com um "Méxicoooooo"...! Mas, desfeita a ignorância, a conversa prosseguia, animada e bem disposta).
Em pleno Tiergarten berlinense, onde está montado um gigantesco "Fan Fest", com dezenas de ecrãs gigantes e capacidade para um milhão de pessoas, o convívio entre povos, animado pelo bom tempo, pela cerveja e por uma noção de que não havia, ali, fronteiras, foi magnífico. Tudo sereno, sem conflitos, distúrbios ou quezílias.
Viver por dentro um mundial é único. A Alemanha sabe receber. Um mundial, mais do que um torneio de futebol, é uma festa dos povos. E é uma alegria, uma festa dentro da festa, ser português no mundo. É sobretudo isso que trago. Viva o Mundial. Viva o mundo. Viva Portugal.

Um canal análogo

Dia 30 de Junho será o último dia de emissão do canal Íntimo. Mais conhecido pelas suas incursões pornográficas nas madrugadas de sextas, sábados e domingos, o didáctico "Canal 18" encerra as portas nessa data. Fecha-se assim um ciclo que durou anos, com filmes (?) falhos de qualidade e cenas altamente badalhocas. Não deixará grandes saudades no público português, a julgar pelas reduzidas audiências de que gozava.

Dia 1 de Julho será lançado um novo canal que contará com programação análoga.

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Cow Parade - A Vaca do Dia 16

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terça-feira, junho 27, 2006

Excelente!


O jornal Público vai passar a vir acompanhado com livros do Lucky Luke às quartas-feiras, durante as próximas 20 semanas.
Sempre gostei muito do cowboy mais rápido do Oeste. No meio de tantas personagens famosas da BD, para mim Lucky Luke só fica atrás de Astérix e Obelix; no entanto, tem um leque de personagens ocasionais ('convidados especiais') superior: Calamity Jane, Billy the Kid, Jesse James, Imperador Smith, a agência Pinkerton, o 20º de Cavalaria, a Mamã Dalton, etc. E claro, o seu fiel Rantanplan - para os amigos, Rantas. Memória também de uma grande colecção de cromos que fiz quando era puto: Daisy Town.
É uma excelente novidade! Parabéns Público, pelo bom gosto.

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Cow Parade - A Vaca do Dia 15

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Ús profes deveram cêr quelaçifikadus plos paes?

Considero que a luta dos professores contra o sistema de avaliações é contrária aos seus interesses. Como o sistema actual não permite distinguir o trigo do joio, também não permite premiar os melhores desempenhos. Uma carreira sem recompensar o mérito, sem verdadeiros role models, é uma carreira que inevitavelmente acaba por induzir e fomentar a mediocridade.
Por outro lado, o estabelecimento de numerus clausus para um sistema de avaliação é uma condição fundamental para que a avaliação funcione de facto. Uma avaliação não passa de um escalonamento: A teve um desempenho superior ao que B teve, mas inferior ao de C. Se todos tiverem "Muito Bom", significa que todos têm "Satisfaz". Ou seja, não significa pevas. As avaliações deverão ter uma distribuição "normal" (curva de Gauss) - entenda-se por esta via os numerus clausus.
A participação dos pais na avaliação dos professores deve ser discutida sem dramas nem tabus. Um exemplo: uma professora primária, numa instituição particular de ensino, corrigiu a vermelho - onde a aluna escreveu "irão", a professora emendou para "iram". Que eu saiba, não existem mecanismos internos à escola que permitam identificar burrices destas. Se não forem os pais a actuar, como é que esta professora é chamada à atenção? Como é que esta professora pode ser proibida de se chegar perto dos alunos, já que a sua ignorância é altamente contagiosa, pelas funções que desempenha? Os pais poderão ter aí um papel importante. Com responsabilidade e bom-senso.

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Cow Parade - A Vaca do Dia 14

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segunda-feira, junho 26, 2006

Vaca da Vitória

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domingo, junho 25, 2006

Acto de cultura


Portugal 1, Inglaterra 1, em 2004.
Benfica 3, Sporting 3, em 2005.
Portugal 1, Holanda 0, em 2006.

Qualquer um destes jogos ultrapassa o futebol. São verdadeiros actos de cultura, gestas de heroicidade, hinos de trabalho em equipa. Sofrimento, esforço, alegria intensa, desânimo, raiva, ódio, furor, espectáculo, arte! Que belos enredos estes jogos deram! Que felicidade termos tido a possibilidade de partilhar estes momentos homéricos - golos, expulsões, gritos, dor... e no fim, uma subida ao Olimpo.
São jogos que recordarei e que partilharei com o meu filho, com os meus netos, daqui a 30, 40 anos. Eu vi. Ao vivo. E sinto-me mais completo por isso.

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A Maria Badalhoca


A propósito de um post do Ranys sobre a legislação anti-tabágica, passou aqui pelo RdM a Maria. Mais uma puta que escreve blogs e que o chouriço do Rantas vai linkar? Sim, é isso mesmo, acertaram! Já lá está, "A Tua Amiga". E "prontes", de modos que é assim.
Gostei particularmente das histórias dos vikings, do hamster e do Nesquik.
A Maria escreve como uma ganda badalhoca e tem um excelente sentido de humor. O blog dela é fixe.

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Cow Parade - A Vaca do Dia 13

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Entretanto, no Bangla Desh...

Depois de, numa luta titânica, o governo central ter conseguido alterar o período de férias judiciais contra a vontade dos magistrados, agora que se aproxima o Verão, vê-se que o "aparelho" judicial mandou a lei, o governo e a decência às urtigas.
Dizem os senhores magistrados que é impossível marcar julgamentos no período que era de férias e deixou de o ser. Dizem até mais - que o resultado prático da alteração legislativa será atrasar mais ainda os processos.
Como ultrapassar esta bandalheira? Uma sugestão: marquem-se os mapas de férias "top down" (ie, determinado superiormente, sem possibilidade de recurso) e sem qualquer intervenção de bandalhos que abandalhem o processo.
Mas isto só num país de terceiro mundo como o Banga Desh. Em Portugal, um país da Comunidade Europeia, estas situações não sucedem. Até porque temos magistrados sérios e cumpridores das leis da República. Não, esperem! Houve aqui um engano! Oooops! Que grande bandalheira, mesmo!

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Neste blogue é permitido fumar

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sábado, junho 24, 2006

Cow Parade - A Vaca do Dia 12

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Entretanto, no Burkina Faso...

Hospital precisa (desesperadamente) de equipamento. Não há verbas, são feitas umas tentativas patéticas de o arranjar, sem sucesso. Um médico, farto de ver os seus doentes sem tratamento adequado, compra e paga do seu bolso (!) o material em falta, no valor de 40.000 euros, e instala-o no Hospital. Pro bono, como diria um jurista. Vários doentes usufruem dos cuidados médicos até que o equipamento se avaria e precisa de reparação, que orça os 9.000 euros. O médico considera que o pagamento dessa conta compete ao Hospital.
Em resultado disso, a Administração do Hospital, a "lei", processa o médico! Depois de analisado o caso em maior detalhe, os "serviços centrais" anulam o processo e louvam o médico. Isto não deveria acontecer nunca. Pelo menos num país civilizado. No entanto, aconteceu em Portugal...

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sexta-feira, junho 23, 2006

Um ola de Berlim

Com o tempo curto, a festa rija e a falta de acentos, passsagem muito rapida pelo RdM par deixar cumprimentos.
Portugal, Portugal, Portugal.
Na terrae barbarica os dias estao lindos.
Auf Wiedersen (sera que se escreve assim?)

quinta-feira, junho 22, 2006

Desta não estava à espera...


Em tempo de Mundial, tudo gira à volta do futebol. Ainda assim, fiquei bastante surpreendido com o resultado de um inquérito realizado por uma revista alemã. Mais de 1.000 mulheres responderam, tendo 15% escolhido Ronaldinho Gaúcho como o mais sexy (foi o segundo mais votado!). E não se pense que os restantes concorrentes eram o Proveta dos Marretas ou o Armando Gama - não, a escolha era entre todos os jogadores do Mundial. Por exemplo, Cristiano Ronaldo teve 12% dos votos. Fiquei curioso em saber quantos votos terá reunido a franja de Loco, aquele jogador angolano careca com um bigode na testa. Estas mulheres são doidas!

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Palhaçada

Vocês sabem a última do Samora Machel? E dos alentejanos? E das loiras?
Em cada época, há um alvo para aquelas anedotas habitualmente parvinhas, que precisam de um estereótipo para se tornarem pretensamente mais credíveis (?). No Brasil são os portugueses, por exemplo.
Estamos a passar por um momento em que a Justiça, fundamento básico de um estado de direito e de um país "sério", se pode vir a tornar o próximo alvo de anedotas.
Sabem aquela em que 700 alunos do 12º ano, em Guimarães, foram subitamente acometidos de uma crise de stress, de modo a poderem fazer os exames mais tarde do que os seus colegas do resto do país? A Justiça não conseguiu responsabilizar nem um aluno nem um médico. Nem um.
E aquela em que tanto o médico como o hospital foram ilibados de ter sido deixada uma compressa dentro do ombro de um doente?
E a do Envelope 9, em que um segredo de justiça é escarrapachado nos jornais e ninguém da Justiça tem culpa?
E a do Apito Dourado? E a da Casa Pia? Tantos casos, tantos... tantas anedotas...
Se a Justiça deixa de funcionar, vale tudo. Ou, por outras palavras, nada vale. E os sinais repetidos de incompetência, de ignorância, de excesso e/ou falta de zelo, são verdadeiramente preocupantes. E do lado dos magistrados, principais actores do sector, só se assiste a uma luta corporativa, de defesa dos privilégios, e não de crítica (construtiva) destas decisões anedóticas, que só descredibilizam a Justiça...
Não é preciso estudar Direito durante tantos anos para saber que estas decisões estão profundamente erradas. O que acontece a quem toma decisões judiciais estúpidas, alguém me sabe dizer?

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quarta-feira, junho 21, 2006

Coisas do carrilho...


Creio que sempre que li num jornal uma notícia sobre a qual eu estivesse minimamente informado detectei falhas, discrepâncias, umas ligeiras incorrecções. Nada de muito grave, enfim.
Hoje foi publicada uma notícia sobre um assunto que eu domino bastante bem. Essa notícia não contém ligeiras inverdades. Toda ela é falsa. Tão evidentemente falsa para quem está a par dos factos que se torna quase risível, de tão tonta.
Na verdade, numa segunda análise, ela de tonta não tem nada. Apesar de fazer uma grande misturada de alguns factos e embrulhá-los de uma forma perfeitamente inepta, esta notícia destila veneno. E tresanda a encomenda. Ele há coisas do carrilho! O jornalismo económico é fedorento e basta apontar um dedo para manchar uma reputação. Filhos da puta. Vendidos. E incompetentes, ainda por cima.

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terça-feira, junho 20, 2006

Vikings vs. Normandos


Decidi estrear o pequeno gnomo nos caminhos da Sétima Arte com o "Astérix e os Vikings". Primeiro, uma nota sobre o título - o filme assenta sobre o livro "Astérix e os Normandos". Em rigor, de um ponto de vista histórico, concedo que fazem bastante mais sentido os Vikings do que os Normandos. Por outro lado, este título irrita-me. Quase tanto como o Abraracourcix ter passado a Matasetix e o Assurancetourix ter sido renomeado para Cacofonix. É por aqui que começa o Generation Gap! Se nem nas personagens do Astérix nos podemos fazer entender com os nossos filhos, como acompanhá-los nas escolhas difíceis que os esperam ao longo da vida?! Enfim, agora num registo sério - porquê mudar o nome da história? Porquê mudar o nome das personagens?!

Bom, quanto à ida ao cinema - surpreendentemente o puto portou-se muito bem, melhor do que eu tinha imaginado. Houve, contudo, uma questão a assinalar: o intervalo apanhou-o completamente de surpresa: "O filme já acabou?" - Não, é só o intervalo - "O que é isso?" - De facto, é um conceito difícil de assimilar para um espécime da Geração DVD...

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Blaaaargh


Gosto das campanhas da Frize personificadas pelo Pedro Tochas. Humor inteligente, apelativo, interessante. Deram uma notoriedade à marca e tornaram-no a ele (ainda) mais conhecido. Merecidamente.
Agora para o Mundial 2006, a Frize decidiu inovar, lançando o anúncio televisivo mais repelente e asqueroso de que me consigo lembrar. Grunhos de tronco nu, com as banhas a abanar, a gritar "olé olé". Nunca fui muito chegado a beber água com gás, mas quando me dava para aí, a Frize era uma hipótese. Depois deste anúncio deixou de o ser. Tão simples como isso.
Deveria existir uma forma de exigir indemnizações para os anúncios revoltantemente inestéticos que nos entram pela casa adentro. Além de constituirem pura poluição visual (um conceito a aprofundar...), podem provocar reacções alérgicas na população desavisada, interferindo com o direito inalienável de cada um poder ver a bola descansado em casa sem ter de beber uma água com gás para combater a má disposição. Que será uma Água das Pedras, naturalmente.
Como brinde, um spot da Frize que não chegou a passar na televisão. Entende-se porquê...

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segunda-feira, junho 19, 2006

Ai Timor!

Não acompanhei em detalhe a forma como evoluiu a crise em Timor. As zangas de comadres entre Xanana e Alkatiri, entre o exército e a polícia, seriam risíveis, se não tivessem provocado mortes.
Há umas duas semanas li a crónica de José Miguel Júdice no Público. Resumidamente, ele afirma que a opinião pública internacional, com a sua ingenuidade e o seu romantismo, tem provocado dramas, guerras e massacres, ao apoiar a criação de países inviáveis, dos quais Timor é apenas um exemplo.
Não podia concordar mais com isto.
Acrescento ainda: não é líquido, para mim, que a democracia seja a melhor solução SEMPRE, em qualquer momento e em qualquer continente.
A auto-determinação dos povos, que conforta tantas e tão boas consciências, também não é um valor absoluto. Aliás, julgo não faltar muito à verdade ao dizer que o conceito foi "inventado" pelo Presidente Wilson, por volta de 1916, tendo sido aplicado logo após o final da I Guerra Mundial. Mas, na aplicação da teoria do "visionário" Wilson, ganhou a realpolitik, o que é o mesmo que dizer que, na prática, houve povos que foram filhos e outros que foram enteados, na divisão dos escombros dos impérios otomano e austro-húngaro. Há de facto valores mais elevados - a estabilidade, a paz, a prosperidade comum. Voltarei a este tema mais detalhadamente.
Timor é um país de faz-de-conta. Somente com a cumplicidade da comunidade internacional se pôde "fundar" esse país. Nós, portugueses, fomos os "idiotas úteis". Para nos ilibar da responsabilidade, não vale dizer que tínhamos boas intenções - porque de boas intenções está o inferno cheio, e para provar isso da forma mais amarga, os cemitérios timorenses também enchem rapidamente...

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Burra quê?


A propósito do post que o Ranys aqui deixou sobre a Ilha do Sal, onde referencia uma visita à buracona, aqui deixo uma fotografia da dita, aliás, burracona. A bem da decência, naturalmente.

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domingo, junho 18, 2006

África


Férias em Cabo Verde.
Finalmente fui a África. Nunca lá tinha ido, apesar de já lá ter vivido. Eu explico-me - vivi cerca de 6 meses no Nordeste Brasileiro e já conhecia os sorrisos, o ritmo, a sensualidade e a indolência que o calor e a "africanidade" fazem. Isso e boas praias.
Há muito por onde criticar - desde a balda do serviço de quartos do Hotel, que tem horários variáveis para aparecer (quando aparece), até ao Aeroporto Internacional da Ilha do Sal ter ficado sem comida mesmo antes da hora de almoço, muito haverá para melhorar.
Mas há muito mais para elogiar - a cor do mar, a areia dourada, a simplicidade, a simpatia.
Que dizer de uma pizzaria que só tem... pizzas? Não tem qualquer sobremesa nem café. A sorte é que há um bar no piso inferior, o que finalmente justifica o trânsito na escada sempre que pedia uma imperial.
Coisas surpreendentes - esperava ouvir crioulo, só ouvi português; esperava apoios divididos entre Portugal e Angola (afinal está-se a meio caminho...), registou-se uma quase unanimidade no apoio à selecção de Portugal; julguei encontrar uma forte presença italiana e uma quase ausência portuguesa do ponto de vista comercial - encontrei café Delta, gelados Olá, cerveja Sagres, ice-tea português. Televisão com SIC, TVI, Sport-TV, RTP Internacional...
Cabo Verde, boa terra - a repetir a visita.

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quarta-feira, junho 14, 2006

Está tudo de férias?


O Rantas, sei que está. De papo para o ar, algures numa praia da ilha do Sal. Águas quentes, areia dourada, um passeio de jipe pelo "deserto", uma visita às fantásticas salinas e outra à buracona, um buraco escavado na rocha pelo mar, que forma uma espécie de gruta com piscina natural incluída...
Algumas abordagens dos nativos, que normalmente são iniciadas em italiano, para nos venderem tudo e mais alguma coisa. Um passeio de barco pela costa da ilha. "Snorkelling". Livros, leituras. Uma sortida noturna a um bar, para ouvir mornas e coladeras (recomenda-se o Odjo d' Água). Refeições banais e caras. Eventualmente, um escaldão. Acho que deixo aqui, em antecipação, o relato das férias do Rantas.
E vós, estais de férias também? Contai, para que nós, os que estamos a trabalhar nesta semana incaracterística, nos possamos esquecer da chuva lá fora.

sábado, junho 10, 2006

Isto é que vai uma crise...

O Ranys anda sem rede em casa, pelo que tem postado pouco. Eu parto hoje para Cabo Verde, onde vou passar uma semanita de papo para o ar. O RdM vai ficar um pouco abandonado, mas não desesperem. Logo que eu regresse, voltará a vacaria!
A propósito de crise - eu vou estar em Cabo Verde. Os meus irmãos estarão na Alemanha, a torcer pela Selecção - juntamente, aliás, com o Ranys. Um colega meu foi hoje para a Islândia, outra foi ontem fazer um cruzeiro no Nilo. Uma outra regressa esta semana da República Dominicana. Os meus pais estão no sul de Espanha, os meus sogros passaram uns dias, há pouco tempo, no Dubai, cruzando-se com o meu irmão que vinha do Quénia...
Chiça, mas não havia uma crise?!

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Hoje acordei assim...

Este post é provocatório.
Porque a papisa lançou esta modinha na blogosfera e eu embirro com ela (a moda, não a Charlotte...).
Porque o Ranys substituiu as minhas vacas por cigarros.
Porque hoje é 10 de Junho.
Porque me apeteceu.
Porque HOJE VOU DE FÉRIAS!!!

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sexta-feira, junho 09, 2006

Se até a Belluci fuma...

...não pode fazer assim tanto mal à saúde.

Neste blogue é permitido fumar

quarta-feira, junho 07, 2006

Smoke / No smoke


Caso o projecto-Lei apresentado pelo governo venha a ser aprovado, será proibido o fumo em bares, entre outros estabelecimentos. Reparem: se eu tiver um bar, o investimento é meu, a exploração do estabelecimento é da minha responsabilidade, só frequentarão o bar pessoas maiores de idade, que vão lá no pleno exercício da sua liberdade de escolha. Se não gostam de ambientes com fumo, essas pessoas têm ao seu alcance a melhor das protecções: a sua liberdade de não irem ao meu bar.
Mas não, o governo acha que deve ser o paizinho da malta. Liberdade dos empresários de bares (a liberdade de, por exemplo, abrirem bares só para não fumadores)? - Isso não interessa nada. Liberdade de escolha? - Qual quê!
Toca a proibir, que o governo é que sabe escolher por nós.
Se ao menos proibissem, de uma vez por todas, a venda e consumo de tabaco, a coisa cheiraria menos a hipocrisia e paternalismo. Assim, cheira a "modernismo" bacoco.

terça-feira, junho 06, 2006

Dia D

«Chegámos hoje de manhã e não fomos bem recebidos, porque não havia ninguém na praia a não ser montes de tipos mortos ou montes de pedaços de tipos, de tanques e de camiões destruídos. Surgiam balas um pouco por todo o lado e uma desordem destas não me dá gozo nenhum. Saltámos para a água, mas era mais profunda do que parecia e escorreguei numa lata de conservas. O rapaz que estava mesmo atrás de mim ficou com três quartos da cara arrancados por uma bala e eu guardei a lata de conservas como recordação. Meti os bocados da cara dele no meu capacete e entreguei-lhos. Ele foi à procura de quem o tratasse, mas parece ter tomado pelo caminho errado porque entrou na água até ficar sem pé e não creio que veja o suficiente lá no fundo para não se perder.
Corri depois na direcção certa e cheguei mesmo a tempo de levar com uma perna em cheio na cara. Tentei descompor o tipo, mas a mina não tinha deixado senão bocados dele com que não era fácil lidar, por isso ignorei-lhe o gesto e continuei.
Dez metros mais à frente, juntei-me a três outros rapazes que estavam atrás de um bloco de cimento e que disparavam contra a esquina da parede, mais acima. Estavam a suar e escorriam água e eu devia estar igual a eles, então pus-me de joelhos e disparei também. O tenente regressou, agarrava a cabeça com as duas mãos e da boca escorria-lhe vermelho. Não tinha um ar nada satisfeito e estendeu-se rapidamente na areia, com a boca aberta e os braços para a frente. Com certeza deixou a areia toda suja. Era um dos poucos sítios que ainda se mantinham limpos.
Visto dali, o nosso barco encalhado tinha primeiro um ar completamente idiota e depois já não tinha sequer ar de barco nenhum quando as duas granadas lhe caíram em cima. não gostei nada daquilo porque ainda lá tinha dois amigos dentro, com as balas que os tinham atingido quando se levantaram para saltar. Dei uma pancadinha no ombro dos três que estavam a disparar comigo e disse-lhes: «Vá, vamos embora». Bem entendido, mandei-os ir à frente e tive faro porque o primeiro e o segundo foram abatidos pelos outros dois que atiravam sobre nós. Ficou apenas um à minha frente, coitado, não estava em maré de sorte, assim que se livrou do pior dos dois, o outro ainda teve tempo de o matar antes que eu pudesse dar conta dele.
(...)
Fomo-nos pôr atrás do tanque. Eu fiquei para último porque não me fio muito nos travões destas máquinas. Ainda assim, é mais cómodo marchar na retaguarda de um tanque visto que não temos que nos emaranhar no arame farpado e que as estacas caem por elas próprias. Mas não gostava da maneira como ele esmagava os cadáveres com uma espécie de ruído de que é difícil lembrarmo-nos - no momento, é bastante característico. Ao cabo de três minutos passou sobre uma mina e começou a arder. Dois dos tipos não foram capazes de sair e o terceiro conseguiu, mas um dos pés dele ficou no tanque e não sei se ele chegou a dar por isso antes de morrer. Enfim, duas das granadas tinham já caído sobre o ninho de metralhadoras dando cabo dos ovos, bem como das criaturas. »

in "As Formigas", Boris Vian
Relógio d'Água

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Os Planos da Invasão

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Cow Parade - A Vaca do Dia 11

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sábado, junho 03, 2006

Pai herói

Trabalho em informática. Tenho uma mesa, uma cadeira, um PC e um telefone. Perto da mesa, há uma impressora; dando mais uns passos, está a máquina do café. Respiro ar condicionado. Cerca de metade (ou mais...) das minhas interacções com pessoas é realizada através do Outlook. Utilizo demasiado o telemóvel.
Por vezes, fico a trabalhar até tarde. Frequentemente, estando em casa, tenho de tratar de assuntos de trabalho por telemóvel.
O pequeno gnomo costumava perguntar-me o que é que eu fazia no trabalho. Agora que lhe expliquei, já ficou tudo claro para ele, e sinto até um novo respeito da parte dele, ao olhar para o pai.
Obviamente, menti-lhe. Está convencido que o papá limpa os riscos que os aviões deixam no céu. Nem todos podem ser bombeiros ou condutores de ambulância, ora essa!

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Saramago

A propósito do Plano Nacional de Leitura...
Saramago diz que estimular a leitura é inútil, porque a leitura "sempre foi e será coisa de uma minoria".
Saramago já era supinamente irritante, mas de vez em quando até dizia uma coisa acertada e quase tinha uma certa piada, com o seu autismo político. Desde que ganhou o Nobel, dá ideia de se sentir esquecido, fazendo por isso umas tentativas patéticas de chocar o povo, bolsando umas alarvidades.
Saramago, para quem o conheça apenas pelas suas últimas intervenções públicas, desvaloriza o Nobel - porque por vezes passa mesmo a ideia que em 98 os suecos decidiram premiar o idiota da aldeia...

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sexta-feira, junho 02, 2006

Saudade

Breve passagem para acto confessional: eu, infoexcluído temporário - no trabalho não me pagam para andar nos blogues - já tenho saudades de postar regularmente aqui no RdM. Mas é preciso ter paciência. A conclusão das obras na casa nova promete ainda durar mais uns tempos.
O que vale é que o Rantas, mais vaca, menos vaca, vai dando conta do recado. Força, camarada (salvo seja).
Tenham um bom fim-de-semana, usem protector.

Moral sarmenta

5 da manhã. O telefone tocou - questões profissionais têm que ser tratadas. Arrasto-me do quarto para a sala e começo a tentar resolver o problema. Surge um imprevisto que me faz perder tempo. Enquanto tento torneá-lo, ligo a televisão. Sempre me há-de ajudar a manter acordado. Na RTP1 e na SIC, televendas, como seria expectável. Na TVI, as televendas só começam às 5:30. Às 5 horas, está a passar uma série. Política de futuro, esta. Bons proveitos lhe tragam. Passo na RTP2, obtenho um resultado inesperado - "Sociedade Civil". Tema em debate: O microcrédito.
Lembro-me vagamente do assunto que tantos títulos deu aos jornais - Morais Sarmento acaba com o programa "Acontece", de Pinto Coelho, muda o nome do canal para um indecrifável 2: e decide devolvê-la (?!) à "sociedade civil". OK, cá estão os resultados de tão brilhante política - a sociedade civil apareceu e pegou no projecto - mas só às 5 da manhã.
Que excelente ideia. Ou será que o horário do programa muda consoante o tema? Às 5 da manhã, quando só passam as televendas, a sociedade civil precisa de ser alertada para os malefícios do consumismo e do crédito. E o "Acontece", que é feito dele, do melhor programa cultural que passava na TV portuguesa? E o Morais Sarmento, por onde anda? Longe, espero...

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