quarta-feira, janeiro 31, 2007

Uma Monica Bellucci por dia...

Absolutamente impressionado com o brilhantismo



Para quem ainda não viu a rábula dos Gato Fedorento em que a posição do Prof. Marcelo é explicada na perfeição aos "leigos", recomenda-se vivamente. Aproveito a ocasião para deixar o seguinte apelo à RTP: acabem rapidamente, para bem da nossa sanidade mental, com as "conversas em família" semanais dos profes Marcelo e Vitorino. É que já não se aguenta.

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terça-feira, janeiro 30, 2007

Stuffparty 2


Depois de aqui ter postado uma capa de disco dos Larz Kristerz não pude deixar de me interessar por um grupo tão simpático. Eles têm uma página oficial, onde conseguem manter o elevado padrão das suas capas de disco. Eis aqui, em rigoroso exclusivo, o Stuffparty 2! As mesmas camisas, o mesmo ar bovino, desta vez sem flores.
Para os mais resistentes proponho um desafio - ouvir uma música deles até ao fim! Dão-se alvíssaras a quem demonstrar ter superado esta prova.

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Aborto

Começou hoje, oficialmente, a campanha para o referendo sobre o aborto. No entanto, a discussão e a troca de argumentos entre partidários do SIM e defensores do NÃO já há muito tomou conta da praça pública, descambando as mais das vezes, como era previsível, em conversa de surdos. As posições de cada um dos lados extremam-se e ninguém quer ouvir ninguém. Na realidade, nesta questão, o debate não interessa.

O maior argumento dos defensores do NÃO é que a mulher que aborta deve continuar a ser vista pelo Estado como uma criminosa que está a pôr fim a uma vida humana. Compreendo o ponto de vista, mas não percebo porque não defendem então a equiparação penal do crime de aborto ao crime de homicídio. Ou valorizam mais uma forma de vida humana (a dos já nascidos) em relação a outra (a dos concepturos)? É que, deste ponto de vista extremo, não há relativismos. Se já é vida humana, o crime deve ser o de homicídio.
Obviamente, ainda não ouvimos nenhum partidário do NÃO a defender esta equiparação. Então, também para os partidários do NÃO, a vida intra-uterina é distinta da vida após o nascimento. Esta “vale” mais do que aquela. Também para eles.
Sendo então uma vida distinta, cai por terra o argumento do “coração que bate”.

O aborto existe. Continuará a existir, seja qual for o resultado do referendo.
Qual a melhor maneira de o Estado lidar com o assunto? Fechar os olhos e assobiar para o ar, perseguir e punir quem aborta ou tudo fazer para que o aborto, quando reflexo de uma decisão irreversível da mulher, seja realizado em condições clínicas mínimas?

Creio que a única via civilizada é esta última. A decisão de abortar é pessoal, de cada uma das pessoas (da mulher, do casal) que a toma. Para as que acham que abortar viola as suas consciências, a sua ética e a sua moral, o caminho é certo: não abortar.

Para as outras, o problema de consciência também se colocará, decerto. Mas ficarão a saber que, seja qual for a sua decisão, não se tornarão criminosas perseguidas e que não se sujeitarão às mais hediondas práticas de exploração económica de “estados de necessidade”. Para quem acredita na prevalência da escolha individual sobre a colectiva, como eu, a única via é aceitar que quem decide não dar continuidade a uma gravidez indesejada o faz por razões ponderosas, que só a própria pessoa pode avaliar (pode e deve o Estado, despenalizando o aborto, auxiliar as pessoas nessa avaliação) .
Desejavelmente, ninguém abortaria em Portugal. Mas que o aborto existe, lá isso…SIM!

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O admirável mundo novo


Algumas empresas lançaram uma campanha para que a malta consuma produtos portugueses. Eu até gosto do que é nosso. Na indústria agro-alimentar, por exemplo, tento sempre privilegiar nas minhas escolhas o que é nacional. A origem dos produtos conta para as minhas opções de consumo. Mas, às vezes, distraio-me.
Há dias, no supermercado do costume, vi uma linda “trança” de alhos e aquilo pareceu-me tão tradicional, tão nosso, que comprei sem olhar para o rótulo. Noutra ocasião, comprei umas batatinhas novas, embaladas e lavadas, perfeitas para acompanhar o pargo assado com que me deliciaria à refeição.
Já em casa, a trança de alhos, mal comecei a retirá-la da rede em que vinha embalada, desfez-se, com as cabeças a rolarem, uma a uma, para o chão. Chateado, fui ver quem era o produtor de tão mal amanhado produto e, com espanto, descobri que os alhos vinham da… China.
As batatas, essas, tiveram excelente comportamento e cumpriram cabalmente o propósito com que foram compradas. Por curiosidade, fui ler o rótulo da embalagem. A origem era… Israel.
Alhos chineses, batatas dos desertos israelitas… Como é possível que, com estas origens, que implicam necessariamente custos acrescidos de logística e transporte, estes produtos sejam competitivos em Portugal? Como é possível que a nossa produção agro-alimentar não coloque nas prateleiras dos supermercados ofertas melhores e mais baratas?
Consumir o que é nosso? – A gente até tenta, mas muitas vezes não consegue. Se até os alhos já vêm da China e as batatas de Israel...

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segunda-feira, janeiro 29, 2007

Concurso RdM - Piores Capas de Disco (11)

Em Maio fiz uma pausa no "concurso" das piores capas de disco. Com 10 capas apresentadas a concurso e mais duas extra (Artur Gonçalves oblige) e com o notório insucesso em que esta iniciativa se transformou, essa pausa alongou-se por 8 longos meses. Mas o Rantanplan, para lá de ser o cão mais estúpido do Oeste, também é dos mais perseverantes, pelo que vos sirvo mais uma fornada de capas horríveis, qual delas a pior. Tomei-lhes o gosto...
Esta capa é representativa do pior que a onda psicadélica trouxe à cultura ocidental. A receita é simples: Juntam-se cinco gandulos com overdose de criatividade capilar, dá-se-lhes umas ganzas para dar o ar cool e esparvoado que estes espécimes apresentam e inventa-se um nome que fica no ouvido - Larz Kristerz. Adicionam-se camisas laranja-choque com gola até ao umbigo, a mostrar os tufos de pelo dos artistas, e acrescentam-se flores ao estilo sixties. Stuffparty 1!

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Uma Monica Bellucci por dia...

Sobe Sobe Balão Sobe

1979 parece tão longe... Mais ainda quando vemos Manuela Bravo a participar no Festival da Canção. Retrato perfeito do Portugal antes da adesão europeia, antes dos fundos estruturais, antes do cavaquismo e das autoestradas. Parece outro país, não é? Atentem bem no coro! Um paraíso para as costureiras...
Olhando para isto agora, resta o espanto - então com isto não havíamos de ficar sempre em último?! Qual era a admiração?


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domingo, janeiro 28, 2007

Memórias da adolescência - Rock Português


Rui Veloso foi o incontestado "Pai do Rock Português". Depois do "Chico Fininho", surgiram grupos para todos os gostos. Alguns ainda permanecem - Xutos e GNR, basicamente. Enfim, alguém me pode acusar de me estar a esquecer dos UHF, mas esses não contam, nunca contaram...
Houve projectos sérios, com muita qualidade - os saudosos Já Fumega, por exemplo - outros que aproveitaram a boleia dessa moda e tiveram um ou dois "grandes hits" - os Táxi com "Chiclete" e "Eu Fui à Rosete", os Salada de Frutas, com "Se Cá Nevasse Fazia-se Cá Esqui", os Trabalhadores do Comércio ("Chamem a Polícia!"), etc - para depois se apagarem ou se arrastarem pelo "circuito", tentando reproduzir o(s) sucesso(s) efémero(s).
É neste último grupo que encaixa o "Grupo de Baile". O seu aspecto à la Dexys Midnight Runners, aliado aos trompetes e ao tema "Patchouly", com as meninas da escola secundária com mais buço do que Piiiiii! que já fumavam ganzas nas paragens do eléctrico, permitiram-lhes atingir os seus 15 minutos de fama. Mas o perfume patchouly foi o único cheiro de sucesso que saiu do grupo...

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sábado, janeiro 27, 2007

Uma outra causa justa e nobre

Desculpem lá, mas depois da Questão Esmeralda só me apetece dissertar sobre temas que agitem as nossas consciências cívicas. Os "Grandes Assuntos", aquilo que deveria juntar multidões. Causas que nos fazem sair de casa, que nos fazem gritar até que a voz nos doa - a Democracia, a Liberdade, o Aborto, eu sei lá!, tantas questões importantes que há para aí que por vezes quase nos obscurecem o raciocínio e não nos permitem ver outras grandes causas que existem à frente do nosso nariz!
Este post de hoje pretende ser um acto de cidadania, um alerta, um apelo mobilizador sobre um flagelo que todos os anos assola as ruas do nosso Portugal - os Pais Natais dependurados! Bem sei que estamos em Janeiro, mas só hoje descobri oblogdePaisNataisdependurados, que foi fundado em Dezembro de 2005 e já conta com duas campanhas bem sucedidas na divulgação deste cancro que corrói a nossa sociedade.
Em Dezembro, contem connosco. O Revisão da Matéria nunca fugiu a nenhuma luta e também não viraremos a cara a esta. Quando regressar a Cruzada, diremos "Presente!".

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Quinoterapia

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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Uma Monica Bellucci por dia...


Pronto, não se fala mais nisso. Deixemos a "Questão Esmeralda" para trás...

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Ponto Final na Questão Esmeralda

quinta-feira, janeiro 25, 2007

A Questão Esmeralda

Caríssimo Rantas,
Os pontos de vista e argumentos que temos trocado nos últimos posts e comentários sobre a "Questão Esmeralda" têm-se sucedido de forma tão vertiginosa que, apesar de já termos concordado que concordamos na maioria dos aspectos relativos a este caso, vamos extremando posições por pura emotividade. Um espelho fiel, aliás, do que tem sido a dicussão pública em torno deste assunto.
Assim, acho importante fazer um "ponto de situação" que, para mim, será também (pelo menos enquanto não existirem novos dados) um "ponto final" em termos de posts sobre o caso.
Desde logo, compreendo a sensibilidade e inquietações que o assunto te suscita. Mas aprende-se nos bancos das faculdades de Direito, logo no primeiro ano, que a formação das leis e do ordenamento jurídico que elas conformam procuram sempre regular o geral e abstracto. Aos tribunais compete analisar e julgar os casos concretos.
Vamos então, primeiro, a esse geral e abstracto, para depois abordarmos a concreta "Questão Esmeralda".
Como tu já escreveste algures, "a adopção é uma coisa demasiadamente séria". É-o, sem dúvida, e tem necessariamente de obedecer a certos requisitos legais, de forma a impedir inomináveis comércios e tráficos de crianças.
Por isso se institui que quem quer adoptar deve cumprir todos os procedimentos formais. Não pode ser de outra maneira. Cumpridos esses procedimentos, formalizada a adopção, podemos dizer, em tom relativamente simplista, que o "direito sanguíneo de paternidade" ou, se quiseres, a "progenitura biológica", decai perante um novo vínculo jurídico entretanto formado, o da atribuição do poder paternal aos pais adoptivos. Simples, cumpridos os procedimentos obrigatórios, o "sangue" perde para o "amor". E, nesta situação, nada há a temer. Formou-se um novo vínculo jurídico.
Outro será o caso em que esse vínculo jurídico, que resulta de uma decisão judicial, nunca se tenha formado. Aí, o "amor" decai perante a realidade biológica. É assim. Para protecção das crianças e, já agora, dos próprios pais. Admitir que um casal que nunca cumpriu nenhum requisito legal pudesse validar um poder paternal constítuido de facto, e não de direito, seria abrir o jogo a várias atrocidades. Tão simples como no seguinte exemplo: um casal entra na maternidade e rouba um recém-nascido. Os pais biológicos entram em natural desespero. Passados cinco anos, as autoridades descobrem o paradeiro da criança. Cheia de amor, carinho e bem estar. O facto é que essa criança só conheceu aquela família, a dos criminosos que a roubaram na maternidade. Quid Juris? O que é de Direito?
Claro que, no caso concreto da Esmeralda, a situação é diversa. Mas, como compreenderás face ao exemplo, em nada o argumento do "amor" é útil à discussão. Se, num caso destes, um drama como este, pomos em causa a justiça e os tribunais, abrimos a "caixa de Pandora".
Por isso tenho deixado a opinião de que não podia o tribunal de Torres Novas tomar outra decisão que não esta (não falo da pena de prisão, antes da confirmação da atribuição do poder paternal ao pai biológico). Já concordámos que, aparte a Esmeralda, não há nesta história malvados e inocentes. Por isso, porque só os tribunais podem resolver conflitos insanáveis de interesses e porque só aos tribunais, em nome da certeza e segurança jurídica, compete analisar o caso concreto face a todo o edifício jurídico existente e ao escopo teleológico com que ele foi erigido, não há poder discricionário de qualquer Juíz que permita outra qualquer decisão que não esta. Felizmente, assim é, acrescento. Quanto à "Questão Esmeralda" nada mais tenho, por agora, a acrescentar.
Outra coisa, talvez mais importante, seria discutir o regime das adopções, a lentidão dos tribunais (que demoraram, neste caso específico, um ano e meio a decidir), a inadmissibilidade de as autoridades não terem feito cumprir a ordem do tribunal para a entrega da criança e tantas outras coisas que tornaram a "Questão Esmeralda" num imenso drama humano. Mas nada disso estava em julgamento, pois não?

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quarta-feira, janeiro 24, 2007

Façamos outro "suponhamos"

Asdrúbal só tinha olhos para o seu tesouro, aquela criança linda que gerara com Marineide. Pai mais babado não existia.
Marineide também adorava a garota, não só porque sempre sonhara ter uma filha, mas também porque considerava que o seu nascimento salvara o seu casamento de uma crise. Antes de ter dito a Asdrúbal que estava grávida, ele andava distante, sorumbático, enredado em polémicas estéreis no seu blog, irritadiço, praticamente sem trocar mais de duas palavras por dia com ela. A gravidez mudara tudo!
O tempo passou. Marineide adoeceu. Aquilo que à partida parecia uma constipaçãozita agravou-se, tornou-se coisa séria, houve necessidade de procurar especialistas. Uma hipótese louca surgiu na cabeça de Asdrúbal, quando a garota nasceu guardaram o cordão umbilical, as células estaminais não poderiam ajudar? Fizeram-se testes. Foram conclusivos em dois aspectos - não serviam para ajudar Marineide, que acabou por morrer em paz, e eram taxativos: Asdrúbal não era o pai biológico da criança, que agora contava já 5 anos de idade.
Asdrúbal foi-se abaixo. Não pela morte da esposa amada, não pela notícia fulminante da sua não-paternidade, mas sim pela interposição de uma acção legal. O grande amigo da mulher, o ombro amigo sempre presente, o padrinho da sua filha adorada!, apresentava-se como pai verdadeiro e exigia a custódia da sua filha. Na comunicação social foi um fartote, o pai biológico aparecia em entrevistas na televisão, tinha um sorriso colgate. Asdrúbal foi apresentado como um ogre, os vizinhos deixaram de lhe falar, na rua apontavam-lhe o dedo acusador. Cornudo. Ouvia constantemente cochichos, galhofas, risos. Cornudo.
Os advogados falavam-lhe em acordos fora do tribunal. Pode ser que consigamos negociar um direito de visita de 15 em 15 dias, diziam. Asdrúbal não entendia - mas ele pode roubar-me assim a minha filha?! Os advogados reagiam com estupefacção - mas ele é que é o pai biológico, ela é do sangue dele, a Lei está do lado dele, a Lei protege o sangue, você não é nada à criança, você não é nada, nada, desampare a loja, pense na criança, ele tem dinheiro, ele tem um sorriso colgate, ele é telegénico, você não passa de um cornudo...

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Façamos um “suponhamos”.

Depois de uma noite de farra e copos, Ivanete e Melchior embrulham-se e dão uma queca. Pronto, está bem, são tão sexualmente compatíveis que repetem a dose mais duas ou três vezes. No entanto, Ivanete também manda quecas com outros gajos ao longo do período em que dura a sua “relação” com Melchior.
Passados largos meses, Ivanete tem uma filha. O “suponhamos” começa aqui: a criança nasce e Ivanete nada diz a Melchior, presumível pai, que fica na ignorância da sua paternidade. Três meses após o parto, Ivanete “cede” a filha a um casal que, farto de esperar pelo processo legal de adopção, decide fintar o sistema.
Nove meses decorridos após o parto, Melchior, informado de que Ivanete teve uma filha, realiza testes para que se determine a paternidade da criança, desde logo assegurando que, confirmando-se ser o pai, vai pedir a regulação do poder paternal.
Nem mais. Os resultados são inequívocos: Melchior é o pai e o casal que tem à sua guarda a criança disso tem conhecimento. Melchior inicia então, nos tribunais, uma luta pela guarda da sua filha. O casal, que por ela sente um enorme amor e que já a considera coisa sua, começa a rabear a justiça e as autoridades, furtando-se a todas as ordens para que entregue a menina ao verdadeiro pai. Nisto se passam os anos.
Finalmente, a coisa termina no seguinte: o Tribunal confirma que o poder paternal é atribuído, como deve, a Melchior. O caso surge na comunicação social e o povo alegra-se por, finalmente, um pai ter recuperado a sua filha. Pede a cabeça do vil casal que, durante tantos anos, sonegou esse direito. “No mínimo, seis anos de prisão” escuta-se nas ruas e cafés.

Ninguém falaria do amor que o casal deu à filha, ninguém iria argumentar que ela só conhece um pai e esse não é Melchior. Todos rejubilariam pelo facto de, após longos anos de espera e desespero, um pai conseguir recuperar a sua filha, de que criminosamente vivia afastado. Era, ou não era?

O que, na história de Melchior, difere da realidade é que, nesta, o pai biológico foi informado de que a filha ia nascer e seria sua. “Pois, e aí reside toda a diferença”, dirão os implacáveis justiceiros. “É um pulha, mandou umas quecas e depois fugiu às responsabilidade”, acrescentarão. “Por isso, merece ficar sem a filha. Os outros, o casal, exemplares e bonzinhos, deram à criança todo o amor que lhe foi negado pelo pai biológico”, sentenciarão.

Não compreender, permitir ou perdoar o arrependimento, não admitir que todos podemos cometer erros – no caso de Baltasar, o erro é grave e durou nove meses – é típico dos “infalíveis”. Gajos assim tipo João Gonçalves (não esquecendo que há outros "infalíveis", como o Papa, que advogam justamente esse perdão).

Um pai luta há quase quatro anos por poder beijar uma filha que, de início, fundamentadamente duvidou que fosse sua. Arrependeu-se, ainda em tempo, dessa fraqueza e manifestou-se decidido a assumir todas as responsabilidades que lhe eram exigíveis. Neste país de lamechices e de gente exemplar, ninguém parece querer dar valor a isto. O erro (o erro alheio, bem entendido) não é desculpável.

O Tribunal de Torres Novas decidiu da única forma que podia ter decidido (os seis anos de prisão são excessivos, sim, nisso eu concordo).

No meio de toda esta história, pobre criança. É a única inocente.

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Os direitos dos espermatozóides

Ainda a polémica sobre o caso que levou o pai adoptivo a uma pena bárbara de 6 anos de prisão efectiva...
Em termos de Direito, o pai biológico tem a Lei pelo seu lado e tem toda a legitimidade para ficar com a criança. O pai adoptivo não tem quaisquer direitos - primeiro, porque não é efectivamente adoptivo, o processo não terminou. Segundo, porque apareceu entretanto o pai biológico a reclamar a filha. Poder-se-ia acrescentar ainda um terceiro ponto, que consiste no facto de ter andado a tourear a Justiça Portuguesa nos últimos 3 anos, mas ainda assim esse é um facto acessório.
O que é que cada um deles fez para que considere ter direitos sobre a criança? Um deles deu-lhe uma família, amor, uma casa e carinho durante quase 5 anos. O outro deu uma queca. Eis o real valor dos direitos do pai biológico - dá-se uma pinocada com uma tipa qualquer, e passados uns tempos batem-nos à porta a pedir sangue porque é capaz de um dos espermatozóides expelidos na altura ter atingido o alvo. Porreiro! Parece que tenho uma filha, pá. Que giro.
O que é ser pai, na realidade? É cuidar, educar, acarinhar, amar, ou é andar praí a bombar, sempre a abrir, e ter espermatozóides atléticos? Porque é que uma relação de uma noite - enfim, de uns 10 minutos, eventualmente - há-de ter mais peso para a Justiça Portuguesa do que uma relação estabelecida ao longo de 5 anos?

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Uma Monica Bellucci por dia...

segunda-feira, janeiro 22, 2007

João Gonçalves, o pequenino

O João Gonçalves é “licenciado em Direito”. Como tal, o João Gonçalves até podia ser juiz. E, se o João Gonçalves fosse juiz, o sargento da GNR que, sem cumprir qualquer requisito legal, se apoderou há quatro anos de uma menina que não é dele e que, desde há três anos, anda a desobedecer às ordens de um tribunal, dizia eu, se o João Gonçalves fosse juiz, “votava vencido”.
O João Gonçalves acha que o “bonitão” (???) que, desde há três anos, reclama junto do tribunal pela devolução da sua filha, é um pulha interesseiro que só está nisto por dinheiro. Esta é a sentença exemplar do João Gonçalves para o caso.
O João Gonçalves acha que a decisão é legalista. Se o Sargento da GNR tivesse cumprido a primeira ordem do tribunal, a menina tinha vivido 9 meses com ele e, desde então, sem grandes consequências, os restantes anos (já lá vão mais de três) com o verdadeiro pai.
Ao João Gonçalves não lhe interessa saber que este pai foi inúmeras vezes bater à porta do Sargento para reclamar a filha que é sua. Não lhe interessa, apesar de “licenciado em direito”, a leitura do acórdão e os factos nele contidos. Não lhe interessa reconhecer o relevo jurídico de um homem andar há três anos a gozar com os tribunais, facto agravado por esse homem ser da GNR ("Pela Lei e pela Grei"). Não lhe interessa também tentar perceber porque é que as autoridades nada fizeram para que se cumprisse uma ordem do tribunal.
Um casal fez sua uma filha que não o é. Passados alguns meses, o verdadeiro pai inicia uma luta pelo seu direito de ser pai. Já lá vão três anos. Ao João Gonçalves não lhe interessa saber se o pai biológico se arrependeu do primeiro momento em que negou a paternidade, com base em indícios que lhe permitiam duvidar da veracidade desse estatuto. Não ocorre por um momento, ao João Gonçalves, que o pai biológico queira mesmo ser pai da sua filha.
O João Gonçalves não hesita, não pára.
Para o João Gonçalves, é tudo cristalino: o “bonitão” (???) é um pulha interesseiro. A juíza uma insensível legalista.
Ao João Gonçalves só interessa arrotar sentenças rápidas. Felizmente, apesar de “licenciado em Direito”, o João Gonçalves não é juiz.

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domingo, janeiro 21, 2007

6 anos de pena efectiva

Já há dias que vinha seguindo a história, mas apenas soube da sentença pela controversa maresia. Fiquei siderado: 6 anos de pena efectiva!
Para quem não sabe do que estou a falar, segue um resumo: a mãe de uma criança deu-a para adopção. À data, não se sabia quem era o pai da criança. A miúda tem vivido desde Maio de 2002, quando tinha cerca de 3 meses de idade, com um casal que reconhece como pais.
Com a tentativa de formalização do processo de adopção, acabou por se identificar o pai biológico, que desde logo se mostrou disposto a ficar com a miúda (que já tinha cerca de 1 ano de idade nessa altura).
Desde praticamente esse momento que o casal adoptante anda a fugir à entrega da criança. Como qualquer pessoa bem-formada faria. Recentemente, quando se tornou manifestamente impossível continuar a fugir às notificações e a mudar de casa, a mãe e a criança desapareceram mesmo e ficou cá o pai adoptivo para tentar clarificar as coisas. O tribunal condenou-o a 6 anos de prisão efectiva.
Estou do lado do casal, estou do lado do Luís que foi preso. Reconheço todas as razões do Mundo ao pai biológico, cujos direitos não foram devidamente salvaguardados ao longo de todo este processo.
Este é daqueles processos mais complicados porque as duas partes têm razão. Uma das partes impediu que a lei se aplicasse, porque considerou que os interesses da criança se sobrepunham à decisão do tribunal. A outra parte tentou por todos os meios fazer prevalecer os seus direitos.
Ou seja, quando os dois lados têm razão, como fazer o desempate? Olhando para a parte que, não estando constituída enquanto tal, é a parte mais importante da questão - a miúda, que já tem quase 5 anos e que vai perder o pai durante 6 anos. E isso está também na Lei.
A sentença que foi aplicada ignorou totalmente os melhores interesses da criança, fez uma leitura enviesada da legislação aplicável e fez asneira. Não fez Justiça. Isto assemelha-se mais a Chantagem (entrega a criança, senão...) e a Vingança, contra quem tão bem protegeu os interesses da Ana Filipa.
A adopção é uma coisa demasiado séria para se brincar com ela. Os prazos da Justiça Portuguesa não são compatíveis com estes processos. Para uma leitura do acórdão, leia-se a caixa de comentários do post anterior aqui do RdM.

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O juízo de Torres Novas

Anda tudo muito palavroso. Nada de novo. Somos opinadores natos. E apressados.
Quanto à decisão do Tribunal de Torres Novas, que puniu com pena de prisão o sargento da GNR que adoptou ilegalmente uma criança, concordo com muitas das opiniões que apontam para o excesso da pena, mesmo para a sua relativa estupidez.
Mas, na maioria dessas mesmas opiniões, há um aspecto que me incomoda sobremaneira: a rapidez com que se todos se têm empenhado em julgar as motivações e carácter do pai biológico: que não quis saber da criança, que a única coisa que agora pretende é dinheiro e outros dislates do género.
Da história contada nos jornais e nalguns blogues, é impossível perceber todas as circunstâncias. Sabem lá o que se passou, realmente, na vida e na cabeça do homem.
Haja calma e algum pudor neste julgamento de praça pública. Uma coisa, para mim, é certa: o Juíz de Torres Novas, ao contrário dos costumeiros opinadores-verdugos, ouviu-o. A ele, o pai biológico.
Não quero com isto dizer que a criança deva ser arrancada da única família que até hoje conheceu ou que o sargento mereça os 6 anos de cadeia. Não conheço, como os opinadores-verdugos decerto também não conhecem, o caso nos seus detalhes. Considero, sobretudo, que fazer um processo de intenções com condenação liminar do pai biológico é estupidez. Infelizmente, muitos bloggers não resistiram à tentação.

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sábado, janeiro 20, 2007

Quinoterapia

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Estranho silêncio

Através do Tugir, chego ao estranho caso da jornalista freelancer portuguesa Rute Monteiro, que terá sido sequestrada em Outubro do ano passado, no Líbano. Mais estranho ainda por só agora, em finais de Janeiro, ouvir falar pela primeira vez do assunto.
Os blogues chegaram à história e interrogam-se. A comunicação social virá a seguir?
A história e o silêncio que sobre ela até agora existiu serão"mito urbano" ou bizarra realidade?

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Uma Monica Bellucci por dia...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Eu é que sou o Grande Português

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Adufe-o

O Adufe é como os gatos, ninguém o agarra e já está a desfrutar da sua vida 4.0 em novo endereço. Parabéns, caro Rui, a nova roupagem é chic a valer.
Link actualizado na respectiva coluna.

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Uma Monica Bellucci por dia...

terça-feira, janeiro 16, 2007

Hibernação

Dir-se-ia, pelo ritmo de postagem dos últimos tempos, que este blogue está moribundo. Mas não, é só uma espécie de hibernação invernal. O meu lado urso assim impõe.
Muitos dias nos separam ainda da Primavera mas voltaremos, mais viçosos que nunca, proximamente. Não é, Rantas?

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Uma Monica Bellucci por dia...

domingo, janeiro 14, 2007

Hoje acordei assim...

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O Barbeiro de Beja


E ainda dizem que não existe flexibilidade laboral neste País...
Senhores do "Compromisso Portugal", vão perguntar ao senhor José Bonito Gomes como é que é. Se não o apanharem na saída "ao cabrito", ele explica. Mai' nada!

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Uma Monica Bellucci por dia...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Hoje senti-me assim...

Uma Monica Bellucci por dia...

Os dias

Chegar a casa e vê-la a dormir mansamente, com um aparente sorriso a aflorar-lhe os lábios. Acordá-la com ternos beijos. Pegar-lhe ao colo, subir assim as escadas, deitá-la e resgatar, uma a uma, as peças de roupa. Sentir-lhe a pele suave, alva. Cheirar-lhe o perfume doce do corpo. Num último gesto, descobrir-lhe o sexo.
Mudar-lhe a fralda.
Nada de sensualidade, mas tudo gestos de amor.

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Amanhã há greve do Metro

Alguém sabe ou se lembra por que é que há greve?

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Entretanto, no Iraque....

... o rendimento per capita passou de 743 para 1.593 dólares.

Mas afinal morreu assim tanta gente lá?!



Informação recolhida aqui, no pdf da Casa Branca com a nova estratégia americana para o Iraque (link obtido através do Mar Salgado).

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quarta-feira, janeiro 10, 2007

Jornalismo a sério numa revista cor-de-rosa

Já há bastante tempo que considero que a revista Única, que acompanha o Expresso, se tornou uma revista cor-de-rosa (pois se até dá guarida à Leonor Pinhão!). Não que a leveza da revista me desagrade - antes pelo contrário, julgo que até complementa bem o jornal. Mas todas as semanas ressalta na revista uma nota dissonante - a coluna "Quem TV", escrita por jornalistas da SIC (Rodrigo Guedes de Carvalho, Mário Crespo, José Alberto Carvalho) que tratam de forma séria temas sérios relacionados fundamentalmente com a profissão de jornalista e com a essência do jornalismo. Uma nota muito positiva!

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terça-feira, janeiro 09, 2007

Viva a Publicidade!

Preservativos Jontex Diet

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Prós&Prós

Do prós & contras de ontem, onde foi discutida a "juventude", retirei algumas conclusões importantes:
  1. As miúdas estão cada vez mais giras;
  2. Os dirigentes das "juventudes" partidárias continuam a ser gajos totalmente desinteressantes, que repetem os estafados discursos oficiais enquanto esperam pelo "tacho";
  3. Os "rappers", mesmo os portugueses, usam sempre boné;
  4. A Fátima Campos Ferreira é vestida pela Fátima Lopes, mas mesmo isso não faz dela uma boa jornalista;
  5. O "Fungágá da bicharada" da minha infância é um bicho raro;
  6. O Daniel Sampaio é mesmo irmão do Jorge Sampaio e isso nota-se na clareza do que diz;
  7. A sujeita que estava ao lado do Daniel é gira que se farta;
Não há 8.

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

Segunda-feira, fustiga-se a carne no RdM

Depois dos folguedos natalícios, o regresso de uma rubrica do RdM - o castigo da carne.

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domingo, janeiro 07, 2007

Uma manhã em cheio!

Para preparar a festança do Natal, tirei a semana anterior de férias. No entanto, no primeiro dia, dediquei-me a outra actividade - um passeio com o Pequeno Gnomo.
Saímos de casa por volta das 9:30 e apanhámos um taxi para a estação de Entrecampos. O objectivo era passar a Ponte 25 de Abril de comboio. O puto gostou - foi a primeira vez que andou de comboio! Chegámos ao Pragal e fomos tentar apanhar um taxi para Cacilhas. Não encontrámos nenhum e acabámos por ir de autocarro. A maior aventura aguardava-nos - um cacilheiro! O Pequeno Gnomo não tirava os olhos do rio, das gaivotas, dos barcos à vela... foi o ponto alto da manhã. Para acabar, uma viagem de metro até casa, onde nos esperava o almoço feito pela Sissi.
Uma manhã em cheio. Julgava eu que seria suficiente para uma boa sesta, mas o sacana do puto não pregou olho a tarde toda!
Deixo aqui duas fotografias desse dia de aventuras.

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Uma Monica Bellucci por dia...


Lá em baixo, tentei perceber se a postagem recorrente de fotos da Bellucci já estaria a causar enfado. Da caixa de comentários só faltou escorrer baba. Ei-la então, de novo e para continuar. La Monica.

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sábado, janeiro 06, 2007

O regresso da micro-causa

Não tive seguidores da micro-causa que aqui lancei há dias ( "enxergue-se e leia umas coisinhas"). Enfim, confesso que nem eu me esforcei muito - limitei-me a deixar o comentário por duas ou três vezes nas caixas de comentários do João dos Pequeninos, mas nesse blog os comentários só aparecem após aprovação dele. E os meus nunca apareceram...
Não quero com isto criticá-lo. Entendo que está no seu pleno direito, ao restringir o conteúdo das suas caixas de comentários, porque o blog é dele e de mais ninguém. E digo isto sem qualquer ironia.

A verdade é que, se não quero criticá-lo por não publicar certos comentários, critico-o por esta posta de pescada, cujo nível de arrogância, autismo e ausência de sentido do ridículo está ao mesmo nível do anterior. Não resisto a reproduzi-lo quase na íntegra:
«(...), terá escrito ou dito ao 24 horas uma tal Júlia Pinheiro. Se esta Júlia Pinheiro é quem eu estou a pensar que é - a voz mais irritante da televisão portuguesa que julga que é engraçada - devia poupar-se a ela e a nós à sua douta opinião sobre o que não domina. Quase tudo. Fique-se pelas Elsas Raposos e pelas Cinhas desta vida que fica muito bem. Deslize, não faça peso e, sobretudo, não vomite postas de pescada.»
A mania de se dedicar ao acessório (quem escreve) e não ao que de facto importa (a opinião que está expressa), o preconceito de olhar para os nomes dos cronistas antes de formar uma opinião sobre a crónica propriamente dita, tudo isso são tiques de uma pseudo-elite pomposa onde pontifica João Gonçalves. Só apetece dizer - ó João: Enxergue-se e leia umas coisinhas!

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sexta-feira, janeiro 05, 2007

Outro factor que explica o nosso atraso

Há dias, o El Ranys publicou uma posta que suscitou comentários e reflexões sobre o atraso português, depois de a nossa economia ter crescido mais uma vez abaixo da média comunitária e de estarmos atrás de Chipre, Malta, Grécia, etc.
Na caixa de comentários, alguém apontou a crónica falta de vontade de trabalhar dos tugas como causa do atraso. Não partilho desse ponto de vista e contrapus outros factores - falta de organização, falta de metodologia, excesso de burocracia, excesso de sector público, etc.
Não quero agora repetir argumentos - quero apenas dar a mão à palmatória porque me esqueci na altura de um factor importantíssimo: a forma como são redigidas e aplicadas as leis.
Um exemplo recente - aguardava-se que o decreto-lei estabelecesse que o arredondamento à milésima se deveria aplicar a partir da data de vencimento da próxima prestação ou a partir da data de próxima revisão de taxa, uma vez que esses dois procedimentos seriam os únicos exequíveis do ponto de vista técnico, de cálculo financeiro. Pois a redacção do decreto-lei estabelece que o novo critério de arredondamento deverá ser aplicado a partir de um determinado dia, sem dizer como!
Bem sei que a redacção da legislação deverá ter um certo grau de abertura, de modo a aumentar a sua abrangência a situações que possam surgir no futuro e que não tipificadas. No entanto, existem leis que, pelo seu carácter taxativo e pela sua aplicação única e imediata, deveriam ser um pouco mais afirmativas - é o caso desta.
O resultado prático desta má redacção das leis leva a dúvidas sobre a sua aplicação, obriga a pedir pareceres jurídicos, formular hipóteses, delinear cenários alternativos... enfim, tudo isto são actividades que dão trabalho (e muito!) mas que, em termos efectivos, quando se apura a produtividade disto, valem zero! E seria tão fácil escrever este decreto-lei como deve ser!

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Uma Monica Bellucci por dia...


Aproveito mais esta entrada a pés juntos da boa da Monica para fazer uma sondagem aos leitores do RdM: nunca pensei dizer isto, mas a "postagem" de fotos da Monica começa a tornar-se repetitiva. Tenho um arquivo muito extenso e isto pode durar vários dias, quiçá meses. Querem mais Monica?
Sei que ela fica bem em qualquer blogue e que será sempre uma mais valia mas... (adoro estas orações suspensas).
Pronunciem-se na caixa de comentários (gostava de ter algumas opiniões femininas, também): querem mais Monica?

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quinta-feira, janeiro 04, 2007

Boas notícias no Crédito à Habitação

Em Dezembro foi publicado um decreto-lei que obriga os bancos a procederem a um arredondamento à milésima dos indexantes utilizados no Crédito à Habitação. É uma excelente notícia para todos os consumidores.
No final do ano o Conselho de Ministros aprovou um outro decreto-lei (este ainda não foi publicado) que constitui outra excelente notícia - restringe-se a comissão de liquidação antecipada (por transferência para outro banco, por venda ou por amortização, mesmo) a 0,5%, quando os bancos estipulam essa comissão entre 3% a 5%.
Eu próprio já paguei 5% pela liquidação de um crédito à habitação, o que será sempre difícil de esquecer...
Esta última medida irá obrigar os bancos a alterar a sua atitude perante os seus Clientes. É que, se até agora quase se punham de cócoras para conquistar novos Clientes (spreads promocionais de 0%, primeiras prestações de borla, cheques para mobilar a casa, etc.), já os Clientes antigos eram tratados quase como mobília - presos pela elevada comissão de liquidação, não tinham de ser acarinhados. Com este decreto-lei tudo muda.
Apoio totalmente estas medidas do Governo, que moralizam este sector e reequilibram o mercado a favor dos consumidores. Mais uma reforma contra interesses instalados que nunca nenhum outro governo teve a coragem de enfrentar. E esta protege-nos a todos da voracidade da banca!

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quarta-feira, janeiro 03, 2007

O princípe que era um sapo

Li, numa revista feminina, uma notícia engraçada - numa manhã de domingo, a Família Real de Lisboa dirigiu-se à Pastelaria Versailles, na Av. da República, para um brunch. Mas - que chatice! - a plebe não fica fechada em jaulas, pelo que o Grande Pensador não arranjava lugar para estacionar. "Eis uma iniciativa legislativa a tomar em consideração quando o Filósofo voltar a um lugar de Poder", pensava ele, enquanto deixava a viatura em segunda fila - ou à má fila, como se costuma dizer - e deixava a sua adorada Babá, juntamente com o pequenates, ocupar uma mesa na Pastelaria.
Mal o Grande Democrata se lhes tinha juntado quando foi novamente perturbado por um membro da populaça - um agente policial a mandá-lo (a ele, suprema desfaçatez!) tirar o carro dali. "- Mas você sabe quem eu sou?!", rugiu o Grande Educador. Aparentemente, não sabia.
Talvez, se lhe perguntasse se ele sabia quem era a mulher, tivesse mais sorte... mesmo que soubesse com quem estava a falar, é natural que o senhor agente não levasse muito a sério as ameaças de um vereador que nem sequer comparece às reuniões da Câmara. Que conseguiu perder umas eleições para o Carmona. Que apenas se notabiliza por ser casado com a Babá, pelo seu mau-perder e pelo seu espírito rancoroso.
Se os episódios do "não aperto de mão" e da publicação daquele livrinho nojento não chegassem para se entender esta personagem, esta história com certeza que ajudará - um homem arrogante, mal-disposto, com a mania que é cão com pulgas e armado ao pingarelho. Um homem derrotado, que se julga acima da lei. Um príncipe (por ser casado com a Babá) que afinal não passa de um sapo feio.
Aposto como tem mau-hálito e se peida como um Pinto da Costa.

P.S. - Dizem-me que o Grande Professor desmentiu a notícia. Enfim, pode até não se ter passado desta forma e isto tudo não passar de mais uma cabala contra o Grande Intelectual. Mas lá que é crível, é... e a esse facto não será alheia a arrogância da personagem.

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terça-feira, janeiro 02, 2007

No melhor pano cai a nódoa...

Gosto de ler o Mar Salgado. Nem sempre concordo com o que leio lá (principalmente as de VLX sobre o referendo do aborto...), mas as postas geralmente são bem escritas e têm uma mostram perspectivas originais do quotidiano. O blogger mais activo é Filipe Nunes Vicente (FNV), que vai assegurando contributos diários que primam pela excelência.
Ora foi exactamente FNV que assinou um texto que desafia os ensinamentos que recolhi da minha avó. Numa posta intitulada Quem muito dorme pouco aprende, refere que «a salada (...) para ser boa se quer temperada por um louco e mexida por um cego»!
Vou continuar a ler o Mar Salgado, mas se por algum acaso me convidarem para uma salada, receio ter de declinar!

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Uma Monica Bellucci por dia...

Maradona a metro

Através do vidro duplo, leio uma notícia surpreendente - maradona escreve no metro. Acho muito bem, ao menos esses textos não serão apagados!


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segunda-feira, janeiro 01, 2007

Hoje, dia 1...

Fiz-me novamente sócio do Sporting.
Porque acredito.
Esforço, Devoção, Dedicação e Glória!

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Da literatura

Parabéns ao Da Literatura, um dos meus blogues preferidos, pelo segundo aniversário.

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Ano novo, bloga nova

Acabou 2006, mais um ano de bloga chegou ao fim.
Ao longo dos últimos 365 dias, fui postando aqui no RdM sobre tudo e sobre nada, sem pretensões de grande originalidade. Quis dizer o que penso, sem seguir modas ou opiniões dominantes, sobre os assuntos que me apeteceu abordar, muitas vezes ignorando os temas da "agenda" blogosférica.
Ainda assim, em 2006, creio que perseguimos no RdM o objectivo de inscrever o blogue no "meio", na expectativa de sermos notados, citados, "linkados"... É, creio, uma pretensão legítima, de quem escreve também para ser lido e comentado. Não quero ser "opinion maker", muito menos autor de um "blogue de referência". Mas não escondo que gosto de ser lido e de receber feedback do que escrevo por aqui. "Um homem não é uma ilha".
O Revisão da Matéria chegou a atingir médias superiores a 120 visitantes diários. É pouco, dirão. Pois é. Mas imaginem que, nas últimas semanas, conseguimos entrar em queda. Seja por causa das "festas" ou por qualquer outra razão, este momento de "queda" é uma boa ocasião para dizer que, a partir de agora, quero que as "audiências" se lixem. Esta merda não tem "preço de capa", não rende um tostão, por muitos leitores que tenha. Não é com ela que pago a renda e compro os bifes.
No ano que já começou, sem que isto vincule, seja no que for, os meus caríssimos co-bloggers, acho que vou desenvolver uma relação com este blogue de cariz diferente. Não vou trabalhar para ser lido. Não vou preocupar-me em actualizar o blogue só porque isso traz visitas.
Vou, antes, escrever num estilo mais pessoal, interior, autêntico. Escrever só quando sinto vontade de escrever. Nada mais, nunca mais. Assim, começo por me apresentar, coisa que nunca fiz no blogue.
O meu nome é El Ranys. El Ranys, obviamente, é pseudónimo. Mas é também anagrama de apelido familiar, aliás de longa tradição. Já um dos meus bisavôs, quando se dedicava a uma das suas paixões, a pintura, assinava os quadros desta forma: El Ranys.
Por detrás do pseudónimo há alguém, uma pessoa, eu, que entende que o que possa escrever de interessante nada tem a ver com o nome que ostenta ou aquilo que faz, antes terá a ver com a qualidade - ou falta dela- daquilo mesmo que escreve. Posso ser professor universitário, advogado, médico, jornalista, político, polícia, bombeiro, trolha, padeiro, "almeida" ou sem-abrigo. Isso nada interessa. Para o que escrevo na blogosfera, para o nível de intervenção que desejo ter, sou El Ranys. E assino tudo o que escrevo. Se algum dia alguém se sentir ofendido, denegrido ou insultado com algo do que aqui vou deixando, mande um e-mail. Entendo que um pseudónimo não é alvará de irresponsabilidade ilimitada. Para já, era só isto...

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Votos de bom ano pós-reveillon

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