Memórias da adolescência - Herman
Tenho saudades de Herman José. Não do artista plastificado, institucionalizado, aburguesado e aburgessado em que ele se transformou, mas do cómico irreverente, iconoclasta, inteligente que ele foi.
Depois do Senhor Feliz e do Senhor Contente, com Nicolau Breyner, do Toni Silva, inventor da música ró no programado Júlio Isidro, "O Tal Canal" foi um marco na televisão portuguesa. 12 episódios - assisti religiosamente a todos excepto um! - que revolucionaram o humor em Portugal.
"Cozinho para o Povo", com muita paprika e Margarida Carpinteiro, o Nélito com a Senhora Dona Palmira (Lídia Franco), anúncios publicitários (o Bajardix 5), o Diário de Marilu (a revelação do último episódio - "sou o Zé António, de Chelas, que anda com uma camisola aos quadrados a dizer a CEE está connosco!" - o Serafim Saudade com a Carmo e Mirita, o Hermanias, as entrevistas históricas, o Casino Royale... o impacto destes programas de Herman só têm paralelo com o Gato Fedorento.
O que lhe aconteceu? E porquê? Saímos todos a perder com o reposicionamento de Herman, o intragável "Parabéns", a tentativa de fazer programas "sérios", as piadas que perderam a graça. E que saudades tenho!
Etiquetas: Memórias, Memórias da Adolescência, Rantas, Televisão
2 ComentÁrios:
Grande memória. O Tony Silva no Passeio dos Alegres e depois o Tal Canal tornaram-se os programas imperdíveis da semana. Foi uma revolução neste país!
Concordo que os Gato Fedorento sejam o sucessor, como já escrevi.
Saúdinha
A propósito (lembrei-me agora) - Zé António ou Zé Augusto (sempre de Chelas)?
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