Passo a passo
Passo a passo estamos mal, passo a passo estamos pior.
Passo a passo, ficamos para trás.
Passo a passo, ficamos para trás.
Talvez no Chipre, em Malta, Espanha, República Checa, Irlanda, Grécia, Eslovénia ou Polónia, talvez nesses países todos, que já nos ultrapassaram em termos de nível de vida, uns há muito tempo, outros agorinha mesmo, talvez lá as pessoas, quero eu dizer os cipriotas, os malteses, os espanhóis, os checos, os irlandeses, os gregos, os eslovenos ou os polacos sejam melhores do que nós. Talvez sejam.
Talvez apenas tenham pernas maiores e, passo a passo, nos tenham ultrapassado no nosso passo a passo pequenino.
Passo a passo, vamos claudicando! Passo a passo, passo!
Etiquetas: Coisas sérias, El Ranys, Políticas
9 ComentÁrios:
Não sejamos catastrofistas...
Por onde anda a Monica Bellucci??
As pernas não são maiores,os passos são os mesmos,a vontade de trabalhar de produzir è que è outra .Em Portugal fala-se muito mas pouco se faz.
Caro majm,
Não concordo com essa sua visão.
Na realidade, em Portugal trabalha-se muito, mais até do que em muitos outros países.
Na minha opinião, o problema reside em questões de falta de organização, falta de metodologia, excesso de burocracia, excesso de sector público, etc.
Mas não de falta de vontade de produzir. Basta ver que o Luxemburgo, onde a produtividade é elevadíssima, cerca de 40% da população activa é portuguesa...
Caro aac,
A Monica está a gozar as suas merecidas férias de Natal :-)
A Monica Bellucci foi no comboio, com o Pai Natal e o coelho ao circo.
Caro Rantas,cada opinião val aquilo que vale.Jà passei o meio sèculo de existência,trabalhei em Portugal atè aos 36 anos e, encontro-me a trabalhar na Bèlgica desde então.Em relacção ao Luxemburgo, hà um ditado que assenta às mil maravilhas: "Quem não trabuca não manduca."
No entanto tambèm concordo plenamente quando se refere, à falta de organização e erxcesso de burocracia.
Boas saídas e melhores entradas.
Caros majm e Rantas,
Só para dar mais uma achega à questão: cada um deve saber de si e daqueles que conhece melhor. Do que sei, do que conheço, há muitos portugueses, em Portugal, a trabalhar muito. Com enorme vontade de produzir. Há também um enorme exército de gente que vive à sombra do trabalho dos outros, mas essa facção tem-se reduzido a olhos vistos.
Hoje em dia, não é invulgar ver pessoas a fazer inúmeras "horas extra", mas sem receber por isso.
Há muito maior competitividade no trabalho, e quem se encosta...
Dizer que, em Portugal, não há vontade de trabalhar, além de ser cada vez menos verdade, é uma simplificação perigosa. A linha de argumentação do Rantas é mais verdadeira. O grande problema, a acrescer aqueles que foram referidos pelo Rantas, é que muitas vezes, em Portugal, trabalhar não compensa. Por muito que as pessoas se esforcem, raros são os casos em que o esforço é distinguido. Neste País em que todos somos primos, a cunha, a simpatia pessoal, a amizade política, a troca de favores ainda contam mais para a progressão no trabalho do que o esforço.
Falta de vontade de trabalhar? - Não, essa não existe.
Aproveito para acrescentar/complementar uma causa para a nossa baixa produtividade, com que infelizmente me tenho deparado com uma frequência assustadora nos últimos anos.
Trata-se de pessoas que trabalham, por vezes trabalham muito, mas trabalham mal. Por trabalhar mal, entenda-se, por exemplo, preocupar-se com questões de lana caprina, questões acessórias, que as fazem perder o essencial Quem se detém com uma árvore (ou um arbusto, ou uma flor...) não consegue abarcar a floresta. Um tipo assim consegue minar a produtividade de várias pessoas, porque as obriga também a consumirem tempo e esforço em assuntos que não merecem que se perca 5 minutos. Também existem as pessoa que vão protelando as suas decisões até um limite incomportável, porque não se querem comprometer. Se lhes falta vontade de trabalhar? Não necessariamente, até porque se vão documentando e artilhando com argumentos que lhes permitam continuar a protelar. É um caso de trabalho mal direccionado. Ou seja, em Protugal trabalha-se muito, mas muitas vezes com uma atitude errada. Falta pragmatismo e foco no essencial, sobra a atenção ao pormenor e ao acessório.
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