sexta-feira, março 31, 2006
Quotas
quinta-feira, março 30, 2006
quarta-feira, março 29, 2006
Acto de simpatia
É esse, o último, que me interessa. Não porque seja o que mais frequento mas porque sempre fui bem atendido. Não que me tratem mal nos outros cafés, nada disso! Mas aqui têm um pequenino pormenor: quando eu levava o pequeno gnomo ao colo e passava por lá para tomar uma bica rápida, eles perguntavam-me se eu queria ou não o açúcar todo, deitavam-no na chávena... e ainda a mexiam! É verdade que pode ser deprimente saudar assim um acto tão simples de simpatia. A questão é que pode ser simples, mas é tão rara esta preocupação com os outros, que é sempre de enaltecer. Um bem-haja!
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terça-feira, março 28, 2006
Apostolado
Já cá devia estar há muito tempo o link para este E Deus criou a mulher. Mais vale tarde que nunca, diz-se. É uma questão de fé. Para os incréus, fica esta milagrosa Monica Bellucci, numa foto despudoradamente roubada a esse santo blogue, que agora celebra um ano de vida. Amen.
segunda-feira, março 27, 2006
V de Vingança
domingo, março 26, 2006
Tráfico de armas
Caderno II: O Sector da Saúde
Li, não me lembro onde, que esta verdade axiomática se aplica mais a quem menos conhece o SNS. Para quem lida com alguma frequência com esse Serviço, a opinião é, habitualmente, positiva.
Há uns meses atrás fui ao Centro de Saúde do meu bairro. Mais uma vez, saí de lá bem impressionado com a qualidade das instalações, a simpatia do atendimento, a eficiência do serviço.
Das minhas idas (esporádicas) a hospitais do SNS guardo também uma impressão genericamente positiva. Haverá uma excepção ou outra, naturalmente, mas não o suficiente para estragar o retrato global.
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No Smoking
Pessoalmente julgo que o carácter invasivo do fumo está sobre-estimado. Considero-me mais invadido no meu espaço pessoal por alguém ao meu lado a assobiar no trabalho, ou a cantar o “Feelings”, ou a passar o dia a chamar “Amor” e “Amorzinho” para um telefone por tudo e por nada. “Almoçaste bem, amorzinho?”. “A reunião correu bem, amor?”. “Cagaste bem, môr?”.
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Smoking
Desde que tomei essa decisão que compreendo melhor a cruzada dos anti-tabagistas. Não por me ter transformado num deles mas porque de facto me sinto por vezes incomodado com o cheiro de cigarros, cigarrilhas e charutos. De vez em quando fumo um cigarrinho e noto imediatamente o cheiro pós-cigarro, coisa que não sucedia antes. E convenhamos: é um cheiro asqueroso!
Curiosamente não me acontece o mesmo com o fumo. Continuo a gostar do cheiro do fumo, de alguém a fumar um cigarro ao pé de mim. Cigarrilhas e charutos não...
Os Alcoólicos Anónimos dizem que não existem ex-alcoólicos. Eu defendo que a generalidade dos ex-fumadores continua a ser tentado por uma boa cigarrada e apenas com um certo auto-controlo não regressam ao antigo vício.
Se é uma doença? Não sei. Julgo que não. Mas estabeleço o paralelo com o alcoolismo e com a tóxico-dependência (salvaguardando as devidas distâncias, obviamente). São doenças? Enfim, não sei. Serão uma deficiência de carácter? Experimentar muita gente experimenta. Ficar agarrado é uma demonstração de uma enorme falta de bom-senso, inteligência, o que seja. Amor-próprio? O tabagismo não é tão grave assim. Mas sei que fumar não é, de certeza, um acto racional...
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sexta-feira, março 24, 2006
JPP
Umbigo
quarta-feira, março 22, 2006
segunda-feira, março 20, 2006
A expansão muçulmana
Depois da morte de Maomé, Abu Bakr foi eleito califa. Depois da sua morte, dois anos depois, foi eleito Omar, outro genro de Maomé. Ali concordou com estas duas eleições. No entanto, mais tarde zangou-se e dessa zanga familiar surgiu a divisão entre sunitas e xiitas – sendo que estes últimos eram (e são) seguidores de Ali, também chamados de Fatímidas (por causa da filha do profeta).
Sob o Califa Omar, o Islão expandiu-se abruptamente: Síria bizantina e o Iraque em 636, o Egipto em 641, a Pérsia em 642! Esta conquista rapidíssima explica-se pela fraqueza dos dois grandes poderes da zona, o império bizantino e os Persas, que se tinham esgotado mutuamente em guerras entre si.. Em 614 a relíquia da verdadeira cruz tinha sido mesmo levada para a Pérsia.. Em 630, a cruz regressou a Jerusalém (graças ao imperador Heráclio).
Continuação da expansão:
Em 714: Ásia Central, Norte da Índia, Espanha Visigoda.
Em 846, pilhagem da basílica de S. Pedro (Vaticano) pelos muçulmanos.
Em 878, a Sicília.
Fim séc X – 3 califados: Abássidas (Bagdad), Fatímidas (Cairo, Damasco) e Omíadas (Córdoba).
A conquista muçulmana foi bem aceite tantos pelos Judeus, que apreciavam mais a tolerância muçulmana do que a perseguição que os Cristãos lhes moviam, como pelos Cristãos monofisitas, que rejeitavam a doutrina ortodoxa relativa à natureza dual de Cristo e, por isso, eram perseguidos como hereges.
Os peregrinos cristãos tinham acesso a Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro continuou sob controlo cristão.
O omíada Abd Al-Malik mandou construir uma segunda mesquita em Jerusalém, sobre a rocha onde Abraão ia sacrificar Isaac e a partir da qual Maomé teria subido ao céu. Essa segunda mesquita constitui uma maravilha arquitectónica. Tem a seguinte inscrição:
«Ó Vós, Povo do Livro, não ultrapasseis as fronteiras de vossa religião, e de Deus dizei somente a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, é apenas um apóstolo de Deus, e de Sua palavra, que Ele transmitiu a Maria, e de um espírito que dele se originou. Acreditai, portanto, em Deus e seus apóstolos, e não digais três. Será melhor para vós. Deus é apenas um Deus. Que esteja longe de Sua glória ter um filho».
Para além do apoio dos Judeus e de alguns "hereges", para a rápida expansão muçulmana também ajudou as divergências entre Cristãos orientais / ocidentais. Uns dedicavam-se à veneração imagens, os outros tornaram-se iconoclastas. O drama agravou-se e desembocou na divisão do Cristianismo nos ramos grego e latino – em 1054, excomungaram-se mutuamente.
Em 1071, os Seljúcidas (povo da Ásia Central, já muçulmano), sob o Sultão Alp Arslan, praticamente desbarataram os Bizantinos na batalha de Manzikert. Os Bizantinos estavam empenhados em 2 frentes: os referidos Seljúcidas na Anatólia e os Normandos da Sicília, sob Roberto Guiscard, a atacarem Bari, o último baluarte Bizantino em Itália.
A derrota de Manzikert foi um dos principais motivos para que Urbano II convocasse a primeira cruzada para 'libertar Jerusalém'. Pelo caminho, a ideia era aligeirar a pressão que se abatia sobre Constantinopla.
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domingo, março 19, 2006
Herman José
sexta-feira, março 17, 2006
Avalanche
Como já disse, a peça tem alguns momentos bem esgalhados, mas o texto resvala por vezes para o humor fácil.
Quanto às interpretações, estamos perante actores que o público e a TV consagraram, o que é sempre meio caminho andado para o sucesso (de bilheteira, pelo menos). Mas Miguel Guilherme é mesmo um excelente actor cómico. Impagável, a cena em que dança a la "Zorba". Anthony Queen não desdenharia. Maria Vieira vai sempre muito bem a fazer de Maria Vieira, e o over acting habitual de Maria Rueff raramente tem pouca piada. Bruno Nogueira é o mais "tenrinho" de todos, mas a sua triste figura (assim ao jeito de esparguete) suscita logo uns sorrisos. Para terminar, Ana Bola. É, de todos, a que melhor domina as técnicas, tem a melhor colocação de voz e tem uma graça natural. Eu, pessoalmente, sou fã de Ana Bola. Talvez por isso, estava à espera de um pouco mais desta peça. Saí bem disposto do Villaret, mas não "desbundei"...
Um pormenor: porque será que, num fenómeno relativamente recente, em todas as peças que vou vendo, o público acaba sempre, quase todo, a aplaudir de pé? Juro até que cheguei a ouvir dois ou três "Bravo"... Será moda? Chuva não é certamente...
quinta-feira, março 16, 2006
Vamos dar caça à PIDE
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terça-feira, março 14, 2006
Não passes mais com ele na Musgueira
Não sei quem foi Artur Gonçalves. Mas sei que ele foi, seguramente, um génio. Porque só mesmo um génio se poderia lembrar desta capa e do título "Não passes mais com ele na Musgueira" para um disco. Fico a imaginar o resto da letra da canção. Fabuloso.
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Glória Mundial
Mais uma glória mundial, conquistada para Portugal por uma atleta do Sporting. Naide Gomes conquistou a medalha de bronze do salto em comprimento, no mundial de pista coberta disputado em Moscovo, batendo por três vezes o seu próprio recorde nacional.
Naide é uma enorme atleta. É muito bonita. É do Sporting. E prestigia Portugal.
segunda-feira, março 13, 2006
sábado, março 11, 2006
Estranhos Prazeres
Etiquetas: Rantas
Cristo vs. Maomé
Mansos e pobres de espírito vs. exaltação do guerreiro vitorioso
“O meu reino não é deste mundo” vs. império teocrático
Carregar a cruz e aceitar o sofrimento vs. pilhagens, concubinas e escravos
Jesus rescindiu a Lei de Moisés e proibiu o divórcio. Maomé permitiu o divórcio, bastando para isso uma simples declaração (já não me lembro em que país asiático um homem declarou o seu divórcio através de um SMS, há uns anos).
Jesus celibatário vs. Maomé com 9 esposas e uma porrada de concubinas (Maomé gabava-se de conseguir satisfazer todas as suas mulheres numa única noite – e quantas mais aparecessem!)
Tanto Cristo como Maomé cultivaram as virtudes da honestidade e da frugalidade.
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Cada cavadela, sua minhoca
O fim do Espectro
sexta-feira, março 10, 2006
Muito à frente...
quinta-feira, março 09, 2006
terça-feira, março 07, 2006
Olhá crise fresquinha II...
segunda-feira, março 06, 2006
domingo, março 05, 2006
Caderno I: O Sector da Justiça
O sector da Justiça é o que presentemente me causa maior apreensão. É lenta, é burocrática, é preguiçosa, é inoperante. Mas, acima de tudo, passa uma imagem de desgoverno completo.
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E depois de Abraão, Moisés, Jesus... Maomé!
Maomé nasceu por volta de 570 DC em Meca. Pertencia a um clã inferior da tribo dos tal coraixitas. Órfão, foi criado por seu avô (chefe do clã) e trabalhou com seu tio Abu, comerciante ao serviço de quem viajou para a Síria.
Maomé tinha cerca de 25 anos quando entrou numa missão comercial em representação de uma rica viúva, Cadija. Ela gostou tanto da prestação de Maomé que, apesar de ser 15 anos mais velha do que ele, lhe propôs casamento (espero que esta autonomia e liberdade das mulheres não ofenda nenhum muçulmano que leia isto no séc. XXI...).
Por volta de 610 DC, Maomé teve uma premonição de Alexandra Solnado e começou a ter grandes conversas com o Anjo Gabriel. Essas revelações ir-se-iam manter até à sua morte e começaram a ser registadas por escrito no Corão por volta de 650 DC. No entanto, Maomé foi um pouco mais cauteloso que Alexandra Solnado, e demorou 3 anos a revelar em público as suas conversas. Para isso foi fundamental o apoio da sua mulher, Cadija, e de um primo cristão de Cadija, Waraqah.
A mensagem de Maomé resume-se a um monoteísmo descomplicado: Existe apenas um Deus e Maomé é o seu Profeta. Ponto final parágrafo. É realmente uma religião um pouco ingénua...
Em Medina, Maomé continuou com as suas conversas com o Anjo Gabriel e com os seus discursos. Com os seguidores que conseguiu reunir no decurso das suas pregações, iniciou ataques a caravanas e contra mercadores. Em 630, conquistou Meca. A pedra negra da Caaba foi a única concessão que fez às crenças antigas – o resto foi destruído.
Maomé morreu em 632.
Em 620, Maomé teve uma visão onde cavalgava com o Anjo Gabriel (depois de tantos anos na palheta já eram compinchas) até ao Monte do Templo, em Jerusalém, para encontrar Abraão, Moisés e Jesus, e daí ascendia ao Trono de Deus. Este sonho é um dos motivos para que Jerusalém seja também uma cidade sagrada para os muçulmanos.
Maomé prometeu o Paraíso a quem morresse em batalha e pilhagem a quem sobrevivesse.
Para Maomé, o Islão era a religião de Abraão que fora abandonada pelos judeus.
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sábado, março 04, 2006
Uma questão de respeito
Novos links
A institucionalização do Cristianismo
Mandou erguer a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e recuperou o santo madeiro (a cruz onde Cristo foi crucificado) – a suprema relíquia do Cristianismo. Transferiu também a capital do império de Roma para Bizâncio (renomeada Constantinopla em sua homenagem, depois da refundação).
Cedo a intolerância também surgiu, tanto contra os pagãos como contra os inevitáveis judeus. Depois de uma sinagoga ter sido destruída, o imperador Teodósio mandou que se procedesse à sua reconstrução a custas dos cristãos que a tinham destruído. No entanto, o bispo de Milão, Ambrósio (uma referência incontornável do Cristianismo primitivo) impediu que se fizesse dessa forma, apresentando este fabuloso argumento: «O que é mais importante? A ostentação de disciplina ou a causa da religião?».
O império romano do Ocidente esboroou-se no séc V. Um dos factores comummente apontados como uma das causas (entre várias outras)para a queda do império é exactamente a religião cristã. A exaltação da bondade, do perdão, da resignação, da não-violência, do amor, revelou-se incompatível com as virtudes militares necessárias nesses tempos.
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sexta-feira, março 03, 2006
Topete
Choque espiritual/temporal
Olhe que não...
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quinta-feira, março 02, 2006
Constantino: "IN HOC SIGNO VINCES"
Desde cedo o Cristianismo foi sujeito a discussões, desavenças, diferentes interpretações. Recorde-se que na altura não havia ainda Evangelhos e os mais próximos de Cristo tinham sido todos supliciados. A morte de Pedro, crucificado de cabeça para baixo, é particularmente reveladora do que eram esses tempos e da força das convicções nessa altura. O primeiro concílio realizou-se em Jerusalém, logo em 51 DC.
O Concílio de Nicéia (séc. IV) foi particularmente importante para a doutrina. Foi aí que se estabeleceu a consubstancialidade do Pai e do Filho (polémica entre o “Homoousiano” e o “Homoiousiano”, Atanásio e Ário), a Santíssima Trindade, etc. Coisas importantes à brava, se bem que não estejam ao alcance de qualquer um.
Para além de concílios onde se discutiam aspectos obscuros da doutrina e se acusavam mutuamente de heresia (em linguagem do século XX chamar-se-ia revisionismo...), os Cristãos rapidamente tiraram partido da organização do império romano para se alastrarem.
Os tempos estavam difíceis para o império: Diocleciano acabou por instituir a tetrarquia, com dois Augustos e dois Césares a governarem o império. Diocleciano abdicou em 305 DC e regressou “à vida civil”. Constâncio Cloro era o César do Ocidente e tinha a seu cargo a Bretanha e as Gálias. O seu filho Constantino foi proclamado Imperador pelas suas legiões na Bretanha e estendeu o seu poder a todo o Império. Antes da crucial batalha com o seu principal rival Maxêncio mandou bordar uma cruz nos seus estandartes, depois do famoso sonho do “In hoc signo vinces”. Ganhou a batalha e tornou-se Imperador. O primeiro Imperador cristão.
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quarta-feira, março 01, 2006
Atlântico
A Nova Aliança entre Deus e o Homem
Esta mensagem surgiu em tempos violentos e conturbados e conseguiu a adesão de vários seguidores nas camadas mais desfavorecidas da população. Constituiu de facto uma mensagem de esperança para quem tinha uma vida miserável, e a “boa-nova” espalhou-se como pãezinhos quentes. Mas, entretanto, Cristo morreu e todos os apóstolos também. A nova aliança entre Deus e o Homem corria o risco de desaparecer.
Paulo de Tarso era um judeu caça-cristãos. Carregado com mandatos de prisão de cristãos, teve uma visão no meio da estrada para Damasco. A grande visão de Paulo, a grande novidade do seu pensamento, é que “cristão” não era necessariamente um upgrade de “judeu”: Poder-se-ia ser cristão sem ter de cortar antes o prepúcio. Foi com esta amarga questão que alguns cristãos (ex-judeus) se revoltaram contra Paulo, mas a visão dele fundou uma religião universal – a primeira, já que o monoteísmo anterior era só para alguns eleitos, não era para todos.
Paulo era também um cidadão romano, o que lhe permitiu ser levado a Roma para ser julgado. Acabou por ser decapitado em 67 DC, ainda no rescaldo do incêndio que se abateu em 64 DC sobre a cidade.
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