sábado, março 04, 2006

A institucionalização do Cristianismo


Constantino apreciava a companhia de bispos cristãos. Caso tivessem sido flagelados e mutilados em perseguições, beijava-lhes as cicatrizes (blaaargh!).
Mandou erguer a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e recuperou o santo madeiro (a cruz onde Cristo foi crucificado) – a suprema relíquia do Cristianismo. Transferiu também a capital do império de Roma para Bizâncio (renomeada Constantinopla em sua homenagem, depois da refundação).

Cedo a intolerância também surgiu, tanto contra os pagãos como contra os inevitáveis judeus. Depois de uma sinagoga ter sido destruída, o imperador Teodósio mandou que se procedesse à sua reconstrução a custas dos cristãos que a tinham destruído. No entanto, o bispo de Milão, Ambrósio (uma referência incontornável do Cristianismo primitivo) impediu que se fizesse dessa forma, apresentando este fabuloso argumento: «O que é mais importante? A ostentação de disciplina ou a causa da religião?».
O império romano do Ocidente esboroou-se no séc V. Um dos factores comummente apontados como uma das causas (entre várias outras)para a queda do império é exactamente a religião cristã. A exaltação da bondade, do perdão, da resignação, da não-violência, do amor, revelou-se incompatível com as virtudes militares necessárias nesses tempos.
Ainda no fim desse século (498 DC, para ser mais exacto), Clóvis, Rei dos Francos, foi baptizado, assegurando assim a perpetuação da aliança entre a religião cristã e o poder terreno.
Com a queda do império romano iniciou-se a Era das Trevas, a imensa Idade Média - durou cerca de mil anos, terminando exactamente com a queda de Constantinopla às mãos do outro monoteísmo rival, que surgiu no século VII.

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