quinta-feira, março 02, 2006

Constantino: "IN HOC SIGNO VINCES"


Desde cedo o Cristianismo foi sujeito a discussões, desavenças, diferentes interpretações. Recorde-se que na altura não havia ainda Evangelhos e os mais próximos de Cristo tinham sido todos supliciados. A morte de Pedro, crucificado de cabeça para baixo, é particularmente reveladora do que eram esses tempos e da força das convicções nessa altura. O primeiro concílio realizou-se em Jerusalém, logo em 51 DC.
O Concílio de Nicéia (séc. IV) foi particularmente importante para a doutrina. Foi aí que se estabeleceu a consubstancialidade do Pai e do Filho (polémica entre o “Homoousiano” e o “Homoiousiano”, Atanásio e Ário), a Santíssima Trindade, etc. Coisas importantes à brava, se bem que não estejam ao alcance de qualquer um.
Para além de concílios onde se discutiam aspectos obscuros da doutrina e se acusavam mutuamente de heresia (em linguagem do século XX chamar-se-ia revisionismo...), os Cristãos rapidamente tiraram partido da organização do império romano para se alastrarem.
Os tempos estavam difíceis para o império: Diocleciano acabou por instituir a tetrarquia, com dois Augustos e dois Césares a governarem o império. Diocleciano abdicou em 305 DC e regressou “à vida civil”. Constâncio Cloro era o César do Ocidente e tinha a seu cargo a Bretanha e as Gálias. O seu filho Constantino foi proclamado Imperador pelas suas legiões na Bretanha e estendeu o seu poder a todo o Império. Antes da crucial batalha com o seu principal rival Maxêncio mandou bordar uma cruz nos seus estandartes, depois do famoso sonho do “In hoc signo vinces”. Ganhou a batalha e tornou-se Imperador. O primeiro Imperador cristão.

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