quarta-feira, março 01, 2006

A Nova Aliança entre Deus e o Homem

O novo monoteísmo chegou com uma enorme frescura: Cristo concebido por uma virgem (!), produzindo milagres vistosos (transformar água em vinho, andar sobre a água, multiplicar peixinhos, curar leprosos) e apregoando a brandura e a simplicidade. Acima de tudo, perdoar e oferecer a outra face.
Esta mensagem surgiu em tempos violentos e conturbados e conseguiu a adesão de vários seguidores nas camadas mais desfavorecidas da população. Constituiu de facto uma mensagem de esperança para quem tinha uma vida miserável, e a “boa-nova” espalhou-se como pãezinhos quentes. Mas, entretanto, Cristo morreu e todos os apóstolos também. A nova aliança entre Deus e o Homem corria o risco de desaparecer
.

Paulo de Tarso era um judeu caça-cristãos. Carregado com mandatos de prisão de cristãos, teve uma visão no meio da estrada para Damasco. A grande visão de Paulo, a grande novidade do seu pensamento, é que “cristão” não era necessariamente um upgrade de “judeu”: Poder-se-ia ser cristão sem ter de cortar antes o prepúcio. Foi com esta amarga questão que alguns cristãos (ex-judeus) se revoltaram contra Paulo, mas a visão dele fundou uma religião universal – a primeira, já que o monoteísmo anterior era só para alguns eleitos, não era para todos.
Paulo era também um cidadão romano, o que lhe permitiu ser levado a Roma para ser julgado. Acabou por ser decapitado em 67 DC, ainda no rescaldo do incêndio que se abateu em 64 DC sobre a cidade.

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4 ComentÁrios:

Blogger Dever Devamos disse...

mas andas a ler a bíblia?

01 março, 2006 09:18  
Blogger El Ranys disse...

Acho que o Rantas é mais "A vida de Bryan".

01 março, 2006 12:53  
Blogger Rantas disse...

É verdade, Ranys - com "Y" - acertaste nas minhas referências culturais. Monty Python acima de tudo. Um pouco de Cavanna também.

Dever: Eu sei que talvez devesse (não resisti ao trocadilho...), mas nunca li a Bíblia. E sei até que é uma leitura muito interessante - mais a parte do Antigo Testamento, quando havia um Deus de machos, sem mariquices. Um Deus de voz de trovão, castigador, que mandava dilúvios, sete pragas, abria caminhos no meio do mar, destruía cidades, transformava pessoas em sal. Mandava velhos matar os filhos únicos. Para além disso, as mulheres no Antigo Testamento eram mulheres completas, enganadoras, sedutoras, ambiciosas, vingativas, sexuais, invejosas. No Novo Testamento são púdicas, virgens, de olhos baixos, tementes a Deus, prendadas e boas moças. O que se perdeu, meu Deus!

02 março, 2006 00:32  
Blogger Dever Devamos disse...

e esqueceste-te de dizer que as mulheres no AT eram também mais férteis: tinham catrefadas de filhos e se fosse preciso aos noventa e tal anos; as do NT tinham filhos únicos (e sem conceber!)...

02 março, 2006 09:10  

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