Olhá crise fresquinha, há frut' ó chocolate
"Millennium bcp regista lucros recorde em 2005
Os resultados líquidos consolidados do Millennium bcp cresceram 24,2%, para os 753,5 milhões de euros no ano passado, o que representa um máximo histórico, anunciou o banco esta terça-feira em Lisboa. " in Diário Digital
Os resultados líquidos consolidados do Millennium bcp cresceram 24,2%, para os 753,5 milhões de euros no ano passado, o que representa um máximo histórico, anunciou o banco esta terça-feira em Lisboa. " in Diário Digital
Esta notícia incomoda-me. Nada tenho contra quem ganha dinheiro, muito dinheiro, bem pelo contrário. Mas esta notícia incomoda-me, sobretudo na parte do "máximo histórico". Decididamente, a crise, quando nasce, não é para todos. Felizmente, ainda temos o sol. Ainda...
8 ComentÁrios:
Isto só significa que, lá por haver uma crise, não podemos continuar a viver, a apostar e a arriscar.
No caso, o Millennium BCP é um banco multinacional português (está presente na Polónia, Grécia, Turquia e creio que em mais países ainda) para o qual só desejo sucesso.
Não concordo nada, Rantas. Os lucros-recorde de um banco são um sintoma terrível num país onde as pessoas perderam poder de compra sistematicamente de 1999. Nas peças do Gil Vicente, o papel do Millenium seria muito parecido ao do agiota subitamente enriquecido.
Caro Bulhão Pato,
Não posso concordar consigo. O Millennium BCP faz os seus lucros não só em Portugal mas essencialmente fora do país. É uma das bandeiras de Portugal no estrangeiro, desmentindo a imagem do português como o eterno coitadinho.
Creio que num sector tão concorrencial como é a banca, a comparação com o agiota de Gil Vicente é exagerada.
A forma de dar a volta à crise não é nivelando por baixo, mas sim aumentando o nível de exigência e de qualidade. O BCP está nessa via, penso eu de que.
Sim, mas quanto pagou de IRC? Quanto teve de isenções?
Há quanto tempo os seus trabalhadores não são aumentados?
Não estou a dizer que isto está errado, ganhar dinheiro, mas não deixa de me incomodar, esta notícia. Porque me levanta algumas questões...
O banco ganha como nunca ganhou. E os seus trabalhadores? Provavelmente, pagam a crise. Mas, neste caso, que crise?
Peço desculpa porque só agora é que cheguei ao vosso blog, mas com os comentários a este post fiquei com impressão que o Rantas (estás bom P*****a?) é da direita liberal e o El Ranys é da esquerda conservadora...
O Bulhom, para já é um mistério, mas deve ser boa gente a julgar pela prosa no blog dele.
Como as coisas andam...
Caríssimo Varanda,
Vejo que me conheces bem. Eu, com essa assinatura, não te estou a reconhecer :(
Mas devo informar-te que as coisas não mudam tanto assim. Reconheço que pelos comentários a este post possas associar-me à direita liberal. Eu gosto de (continuar) a ver-me à esquerda - apesar de gostar da economia de mercado :D
Sou monárquico, agnóstico, liberal na economia, ligeiramente conservador (mas tolerante) nos costumes, forte apologista do primado do individuo e do respeito recíproco, fidagal inimigo da injustiça, das mais graves desigualdades e da miséria. Acredito que o Estado, onde tem de actuar, deve ser muito forte. Mas que, na maioria das coisas, o mercado resolve melhor (com melhor gestão dos recursos).
Sou, também, do Sporting.
Esquerda ou direita? Como te servir melhor, "I dont care".
Abraço e volta sempre
O Rantas está irreconhecível. Além disso, tenho sérias dúvidas que a maior parte dos lucros do BCP venham de fora.
Adicionalmente, o El Ranys levanta e com razão a questão da IRC (taxa média) e eu lembro outra, que tem a ver com os salários absolutamente escandalosos que os administradores recebem, ao nível das melhores empresas europeias.
E o BCP não é uma das melhores empresas europeias.
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