domingo, março 05, 2006

E depois de Abraão, Moisés, Jesus... Maomé!


Os descendentes de Ismael (o filho mais velho de Abraão) viviam no deserto adorando estrelas, ídolos e pedras sagradas. A divindade mais valiosa era uma pedra negra muito antiga, guardada na Caaba, em Meca, para onde se organizavam peregrinações a fim de se ver a tal pedra. Este facto dava muito poder aos coraixitas, que dominavam Meca.
Maomé nasceu por volta de 570 DC em Meca. Pertencia a um clã inferior da tribo dos tal coraixitas. Órfão, foi criado por seu avô (chefe do clã) e trabalhou com seu tio Abu, comerciante ao serviço de quem viajou para a Síria.
Maomé tinha cerca de 25 anos quando entrou numa missão comercial em representação de uma rica viúva, Cadija. Ela gostou tanto da prestação de Maomé que, apesar de ser 15 anos mais velha do que ele, lhe propôs casamento (espero que esta autonomia e liberdade das mulheres não ofenda nenhum muçulmano que leia isto no séc. XXI...).
Por volta de 610 DC, Maomé teve uma premonição de Alexandra Solnado e começou a ter grandes conversas com o Anjo Gabriel. Essas revelações ir-se-iam manter até à sua morte e começaram a ser registadas por escrito no Corão por volta de 650 DC. No entanto, Maomé foi um pouco mais cauteloso que Alexandra Solnado, e demorou 3 anos a revelar em público as suas conversas. Para isso foi fundamental o apoio da sua mulher, Cadija, e de um primo cristão de Cadija, Waraqah.
A mensagem de Maomé resume-se a um monoteísmo descomplicado: Existe apenas um Deus e Maomé é o seu Profeta. Ponto final parágrafo. É realmente uma religião um pouco ingénua...
Em 619 morreram os “protectores” de Maomé: a mulher Cadija e o tio Abu. Os poderosos de Meca já estavam um pouco fartos dos seus discursos e assim Maomé teve de ir morar para Medina – em 622 DC, que marca a “hégira”, o ano zero da era muçulmana.
Em Medina, Maomé continuou com as suas conversas com o Anjo Gabriel e com os seus discursos. Com os seguidores que conseguiu reunir no decurso das suas pregações, iniciou ataques a caravanas e contra mercadores. Em 630, conquistou Meca. A pedra negra da Caaba foi a única concessão que fez às crenças antigas – o resto foi destruído.
Maomé morreu em 632.
Em 620, Maomé teve uma visão onde cavalgava com o Anjo Gabriel (depois de tantos anos na palheta já eram compinchas) até ao Monte do Templo, em Jerusalém, para encontrar Abraão, Moisés e Jesus, e daí ascendia ao Trono de Deus. Este sonho é um dos motivos para que Jerusalém seja também uma cidade sagrada para os muçulmanos.
Maomé prometeu o Paraíso a quem morresse em batalha e pilhagem a quem sobrevivesse.
Para Maomé, o Islão era a religião de Abraão que fora abandonada pelos judeus.

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2 ComentÁrios:

Blogger manolo disse...

"Em Medina, Maomé [...]. Com os seguidores que conseguiu reunir no decurso das suas pregações,"; interessante é que um dos mais fortes apoios que teve, após a retirada (forçada) de Meca, foi a de uma população de judeus de Medina.

07 março, 2006 20:55  
Blogger Rantas disse...

Soubessem eles (judeus) o que sabem hoje, e tudo teria sido diferente...

07 março, 2006 23:39  

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