Cada cavadela, sua minhoca
Isto pode até parecer pessoal, mas garanto-vos que não é. Aliás, para que não haja confusões, informo que não sou do PP (nem de qualquer outro partido, para o que interesse).
Mas a questão é que, de cada vez que o senhor Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Professor Doutor (por extenso) Diogo Freitas do Amaral abre a boca, fica-me sempre a ideia de que o homem é presunçoso, arrogante, pesporrento, licencioso e dono de enorme topete (ah, como sabe bem).
O MNE entendeu agora classificar milhões de portugueses - os que dele discordaram - como ignorantes.
Eu, que ainda andava de cueiros quando o homem era o delfim de Marcello Caetano, discordo da posição que ele assumiu, em nome dos portugueses, relativamente às caricaturas de Maomé. O que não sabia era que isso fazia de mim um ignorante. Posso até sê-lo, mas asseguro que conheço o significado das palavras "compreender" e "condenar".
Recordo-me de, nos primeiros anos de faculdade, ter que ler os manuais de Direito Administrativo do Professor Doutor. Eram bibliografia adicional, já que a matéria essencial estava contida numas "sebentas" escritas de forma densa e, muitas vezes, quase indecifrável, por Rogério Soares. Na altura, pela diferença de densidade, fiquei com a ideia de que o manual de Freitas era escrito para "meninos" que padecessem de relativa iliteracia (não que defenda o estilo exageradamente rebuscado e burilado de Rogério Soares).
(Também li o manual do próprio Marcello Caetano e dou-vos a minha opinião: há uma enorme diferença qualitativa, em termos científicos, pedagógicos e mesmo de português, entre o Mestre e o aprendiz - com prejuízo para este último, entenda-se).
Aparentemente, o professor continua a entender que explica o inatingível a mentecaptos. E eu acho, cada vez mais, que ele não tem cultura democrática nem condições para se manter no cargo.
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