quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Uma Monica Bellucci por dia...

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Liberalização de voos para a Madeira???

Lido no jornal Público de hoje: "o secretário de Estado (Paulo Campos) reuniu-se com representantes da low cost EasyJet, juntamente com o homólogo para a área do Turismo, Bernardo Trindade, para negociar com esta transportadora o início de operações para o Funchal."
Ora bem, deixa cá ver se percebi: o governo anunciou a liberalização dos voos para a Madeira (bem) e, imediatamente a seguir, reuniu-se com representantes de uma companhia aérea privada para "negociar o início de operações para o Funchal."
Pergunto: se liberalizou, o governo reuniu logo a seguir com a EasyJet para negociar o quê???

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domingo, fevereiro 25, 2007

Grito de liberdade


Lá num país cheio de cor
Nasceu um dia uma abelha
Bem conhecida p'la amizade
Pela alegria e p'la bondade
Todos lhe chamam a pequena Abelha Maia
Fresca, bela, doce Abelha Maia
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade
Não há tristeza para a nossa Abelha Maia
Tão feliz e doce, Abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia),
Maia vem fala-nos de ti
Numa manhã ao passear
Vi uma abelha numa flor
E ao sentir que me olhou
Com os seus olhitos de cor
E esta abelha era a nossa amiga Maia
Fresca, bela, doce Abelha Maia
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade
Não há tristeza para a nossa Abelha Maia
Tão feliz e doce, Abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia),
Maia vem fala-nos de ti
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia),
Maia vem fala-nos de ti

Este fim-de-semana fui a Trás-Os-Montes. Cerca de 5 horas de carro para lá, mais umas 5 para cá. Tenho de ter uma conversa com o puto sobre quem escolhe a música que se ouve no carro...

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quinta-feira, fevereiro 22, 2007

O papel (II)


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quarta-feira, fevereiro 21, 2007

O papel

Conto levar o Pequeno Gnomo a Cabo Verde, na Páscoa. Para poder levar esse plano avante, preciso de lhe tratar do passaporte. Hoje estive de férias e aproveitei para ir ao Governo Civil que existe na Loja do Cidadão. Ia preparado - lembrei-me de levar o boletim de nascimento do puto, fotografias tipo passe do puto e até levei o próprio puto comigo.

Passe no guichet do Governo Civil, no 2º piso, e informaram-me que sim senhor, era mesmo lá que se tratava dos passaportes. Só precisaria de levar o puto mailo respectivo bilhete de identidade. Olha porra, o puto tem 3 anos, não tem BI! Lá me dirigi ao piso 0 e acabei por ter sorte - arranjei o formulário certo que teria de preencher, uma senha de atendimento para dali a uma hora e a notícia de que o boletim de nascimento me poderia ser muito útil mas para pedir um BI não serve - o que serve é uma certidão de nascimento.

O guichet que serve certidões fica no piso 1. Fui tranquilo, de coração leve. Afinal, tirar uma certidão é o mais simples do Mundo, não é? Não é. Fiquei lá mais de uma hora. Esgotei todas as combinações possíveis de entreter o puto. Ao fim de um tempo interminável, anunciaram-me que, como eu solicitei que enviassem a puta da certidão directamente para os tipos do BI, teria de pagar 14,25. Perguntaram-me se queria desistir. Desistir, perguntei eu, de olhos esbugalhados. Então agora que perdi uma hora na fila à espera que me passem um papel que vai servir para eu mostrar que pedi um outro papel, para que me forneçam um documento sem o qual eu não posso pedir o passaporte, é que eu ia desistir? Quando estou tão perto?!

Estava, obviamente, enganado. Não estava nada perto - enquanto desesperava para me passarem o papel, o pessoal do BI despachou-se, e tive de tirar outra senha. Mais uma horita de espera. Finalmente, depois de pintalgado o dedo indicador direito e de ter o puto legalmente medido, ouço a sentença - dia 2, talvez dia 3 de Março, o BI esteja pronto. Porra, espero que o passaporte demore menos tempo, caso contrário o puto não vai mesmo andar de avião!
O mais assustador disto é que, até há muito pouco tempo, esta história era bem pior. Ao menos agora existe a Loja do Cidadão...

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Uma Monica Bellucci por dia...


Hoje, dia do segundo aniversário do RdM, bar aberto

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Tarde, mas ainda a tempo


Votos orientalizados de um próspero e feliz ano do Porco. Kung Hei Fat Choi (Lai Si Tá Loi e essas coisas todas que só alguns percebem). Os chineses entraram no seu novo ano no dia 17 de Fevereiro. Prevê-se sorte. E algum chafurdanço.

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Dois anos é muito teeeempo, muitos dias, muitas hor...hã?...é muito longo para um título? Ok. O RdM comemora o segundo aniversário. Está bem assim?







Não são cinco, sete ou nove. Nem sequer 14 ou 18. São 24 meses de Revisão da Matéria. Hoje, comemoramos o nosso segundo aniversário. Somos contemporâneos da eleição de Sócrates como primeiro ministro. Aliás, a primeira posta deste blogue, escrita pelo Malagueta no dia 21 de Fevereiro de 2005, versa exactamente sobre os resultados eleitorais, numa análise cujo brilhantismo se encontra genialmente sintetizado no título: "20 de Fevereiro de 2005".

Nos últimos dois anos, o Malagueta foi, de facto, o mais esclarecido entre nós três. Pouco escreveu e está a borrifar-se para isto. O Rantas e eu cá vamos alimentando o monstro e, pela minha parte, a verdade é que já estive mais entusiasmado. Também já estive menos e, inclusivamente já estive tal e qual como estou agora.

O que conta é que, independentemente de estados de espírito, o RdM está vivo e, através dele, tenho tido o privilégio de conhecer virtualmente muita gente que, ao contrário de nós, diz coisas inteligentes ou com piada. Obrigado a todos os estóicos que continuam a ler este blogue na esperança de que, um dia, aqui apareça algo de realmente interessante. Obrigado redobrado a todos os que nos "parabenizam" nos seus blogues, começando por este bom vizinho que, tal era a vontade, antecipou-se um dia:

(Lista sempre em actualização. Quem ainda não nos deu os parabéns, ainda vai a tempo. Vá, estão à espera que quê? Quanto aos presentes, podem vir em cheques da FNAC ou numerário)

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segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Às segundas há castigos corporais no RdM


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domingo, fevereiro 18, 2007

Leica foto


Às portas do grande lago do Sul

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CML

Câmara Municipal de Lisboa especializa-se na conjugação de novo verbo:

Eu peculato
Tu peculatas
Ele peculata
Nós peculatamos
Vós peculatais
Eles peculatam

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sábado, fevereiro 17, 2007

E porque amanhã é Sábado

Modernices


Gosto de ir a casas-de-banho com estilo. Casas-de-banho onde se veja que houve um trabalho sério, de design, para que um gajo se sinta bem. Mas não gosto de modernices, de exageros.

Lembro-me de um bar em Lisboa (terá sido no Garage?) onde os urinóis eram tão modernos, tão modernos, e os lavatórios tão estilizados e lindos, que vi um indígena a mijar no lavatório (confundiu-o com um urinol) e depois ficar aflito à procura de um... lavatório para lavar as mãos! Lembras-te, Manolo?

Recordo com carinho uma casa-de-banho num restaurante em Salvador da Baía, o Trapiche Adelaide. De modo a evitar o mau-cheiro, os urinóis estavam cheios de rodelas de limão e cubos de gelo. Ideia engraçada. É verdade que, quando voltei ao meu lugar, mandei para trás o meu gin tónico, mas na verdade achei-o um urinol simpático.


Estas memórias vieram a propósito do urinol do hotel onde costumo ir lanchar. As casas-de-banho estiveram fechadas cerca de 2-3 meses, em obras. Depois de reabrirem fui lá dar uma mija. Ambiente asseado, novos mármores... sim senhor! Gosto de mijar em ambientes sofisticados. Pus-me na posição e comecei a função. A meio, apagou-se a luz. Perturbado, com a micção a meio, acabei de mijar às escuras, coisa que detesto. Quando estava a sacudir a pinga, a luz acendeu-se. Enfim, uma falha.

Passados uns dias voltei lá. A história repetiu-se - a meio da função, a luz apagou-se. Apercebi-me que o animal que pariu este WC botou uns detectores de movimentos que accionam a luz. Quando não detectam qualquer movimento durante um período de tempo, a luz desliga-se. Eu não sei como é convosco, mas eu quando mijo tenho a mão direita na pila enquanto a mão esquerda assenta por baixo, entre o escroto e a braguilha, não se vá dar algum acidente! Nesses preparos, não resta muito espaço para fazer quaisquer gestos que não sejam os óbvios - corpo imóvel, só o chichi é que oscila pendularmente ou, no máximo, em movimentos circulares.

Quando vou a essa casa-de-banho, saio sempre de lá a barafustar contra o gajo que definiu os intervalos de tempo para a luz desligar. Para não mijar às escuras, a única alternativa que resta reside em fazer movimentos detectáveis pela célula fotoeléctrica. Fazer isso com as duas mão ocupadas e sem sair do sítio onde se está, é demasiado exigente para mim. Tenho que começar a aviar-me noutra casa-de-banho...

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sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Uma Monica Bellucci por dia...

O Erro de Vasques

Pois é, considerem esta série "O Erro de..." um elogio, no sentido de que "no melhor pano cai a nódoa". Tomás Vasques, ilustre autor do do não menos ilustre blogue Hoje há conquilhas, errou. E cometeu logo erro duplo. O primeiro foi devidamente assinalado (e prontamente corrigido) aqui, pelo vizinho Nélson do Ó Faxavor. O segundo, no mesmo post, detectei-o eu. Atente-se: primeiro, o Tomás "matou" Fidel Castro. Alertado pelo Nélson, resuscitou-o logo a seguir. Mas, não contente, vá de chamar Hugo Sànchez ao palhaço venezuelano. Não se faz, caro Tomás Chavez.

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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O erro de Maradona


Não sou nenhum António Damásio, nem o maradona será propriamente um Descartes (1596-1650, só para provar a minha erudição wikipédica), mas acho que posso identificar claramente o erro de maradona: quem visite A causa foi modificada depara-se, logo à cabeça, com uma citação de Paulo Futre, transcrita desta forma "É ganhar, caralho!, é ganhar, caralho!".

Creio que esta citação não é fiel ao que foi dito pelo saudoso futebolista do Montijo quando foi apresentado no estádio dos lampiões. O que ele disse, se bem me lembro, foi "É ganhar, caralho!, é vencer, foda-se!". Do que não me lembro é se, pelo meio, terá entrado algum "conõ!". Sejamos rigorosos, maradona.
Actualização: o maradona é um gajo militante. Como já passou o turbilhão referendário, tirou do "A causa..." a citação do Futre "É ganhar, caralho!" e pôs lá uma coisa qualquer sobre uma baleia e não sei quê de um tal de Narrador. O RdM continua a ser boicotado. Mas ninguém nos silencia. Não perca, já a seguir, "O erro de Tomás Vasques".

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Unir os portugueses?

Segundo o Público, "O Presidente da República admitiu ontem que o referendo à despenalização do aborto 'pode ter causado rupturas na sociedade portuguesa' e apelou a 'soluções de bom senso, equilibradas e ponderadas' para a nova lei.
Para Cavaco, não se pode 'rejeitar a possibilidade de estabelecer consensos alargados' numa matéria que 'pode ter causado rupturas na sociedade portuguesa'"
O comentário que vou fazer às declarações de Cavaco não tem a ver com o caso em concreto (referendo à despenalização do aborto) nem com o apelo que o PR faz a "soluções de bom senso, equilibradas e ponderadas". Muito menos rejeito a possibilidade de, em política, se procurar sempre, em todas as situações, estabelecer "consensos alargados".
Mas o que me irrita no discurso é o tom de preocupação com as "rupturas na sociedade portuguesa". Afinal, acho que o que mais falta faz a este País são justamente algumas rupturas com o "consensozinho contentinho" em que quase sempre vivemos. Creio que, passado o PREC, nem o 25 de Abril trouxe grandes rupturas ao status quo e modus operandi da sociedade portuguesa (o latim dá sempre um toque de je ne sais quoi - já para não falar do francês - aos textos).
Do que precisamos mesmo, na sociedade portuguesa, é de algumas rupturas. Cavaco, já se sabe, não é homem para alinhar nisso.

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quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Gostei da comparação

Lido n'O Mundo Perfeito:
«Ter um filho é uma coisa permanente, é uma coisa séria. É muito pior que uma hipoteca, caramba, e ninguém obriga ninguém a uma hipoteca só porque foi visitar um andar-modelo!».

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Parabéns em atrasado

Ontem queria postar e não consegui, porque o new blogger bateu-me à porta e eu não podia ainda migrar para o novo sistema sem que o El Ranys despedisse o Malagueta primeiro, para que não perdêssemos a capacidade de mexer no template do blog e nessas coisas. Enfim, agora isso parece-me uma história da treta, um mito da blogosfera, mas pareceu-me melhor não arriscar.

E se ontem já estaria atrasado, hoje ainda mais. Mas gostaria mesmo assim, em atrasado, de deixar aqui os parabéns pelo segundo aniversário do TóColante. 1249 autocolantes é muita fruta! Para assinalar a festividade, nada melhor do que esta fotografia roubada há tempos, sem qualquer cerimónia nem remorsos, duma sandes de atum.


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Já passou

OK, já alterei o template do blog para repôr os caracteres portugueses como Deus manda. Custou um pedacinho mas fica mai'bonito. Aproveitei também para fazer uma pequena limpeza na coluna dos links, tirando umas (poucas) coisas que estavam a mais, acrescentando diversos links novos - tanto para blos que tenho visitado como na secção "Ferramentas".
Por último, deixei uma pequenina e quase inexpressiva vingadela para o El Ranys. Uma coisa muito ligeira, uma alteraçãozinha, para que ao menos ele perca algum tempo à procura dessa pequena alfinetada. Nada de importante, comparando com o tempo que EU perdi a martelar a porra dos links dele para ficarem com os acentos todos certinhos.

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terça-feira, fevereiro 13, 2007

Bolas!

Ainda agora mudei e já estou insatisfeito.
Então o new blogger não se dá bem com os caracteres portugueses?!

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Já cá estamos

Acabei de migrar. Sou um new blogger!

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Uma Monica Bellucci por dia...


Alguém falou em castigos corporais?

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segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Às segundas há castigos corporais no RdM

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domingo, fevereiro 11, 2007

Do referendo

Depois dos resultados do referendo sobre o aborto, queria deixar aqui umas considerações.
1) Sobre o seu carácter vinculativo; obviamente que o referendo não é vinculativo porque a abstenção excedeu 50%. Mas esse facto, apesar de ser óbvio do ponto de vista jurídico, não o é - de todo! - do ponto de vista político.
Os votos expressos há 8 anos e meio, no primeiro referendo, foram 31,5%. Hoje, constituiram 43,6%. Um aumento impressionante, sem dúvida, que reforça a legitimidade política do resultado. Mais ainda - supondo que 6,4% do eleitorado que se absteve aparecia nas urnas e votava todo no NÃO. O resultado prático deste exercício era o seguinte - o referendo passava a ser vinculativo (mais votantes que abstencionistas), sendo que o SIM continuava a ganhar! Ou seja, do ponto de vista político, é incontornável que o referendo é vinculativo.
2) Ainda sobre os valores enormes da abstenção; este foi o 3º referendo efectuado em Portugal e nenhum deles foi vinculativo. Temos duas hipóteses - ou entramos no discurso tuga ("ó inclemência! ó tragédia! que triste fado ser português, que povo é este que não vota nos referendos?!"), ou baixamos de vez a fasquia da exigência e encaramos estes referendos como eles são - não um instrumento de intervenção cívica que deveria, tendencialmente, ser vinculativo, mas apenas um instrumento de auscultação do eleitorado, não vinculativo, para temas especiais. Ou seja, se de cada vez que se faz um referendo se ouvem as carpideiras do costume a anunciar mais uma derrota da democracia, um dia destes a democracia, se não morre, começa a sentir-se mal. Este referendo constituiu mais uma vitória da democracia. E quem não votou, tivesse votado. Estar constantemente a apontar o dedo às instituiçoes políticas e aos partidos sempre que a abstenção dispara, não é sério. Nem é justo.
3) Na campanha que precedeu este referendo utilizaram-se argumentos estapafúrdios, tanto do lado do SIM como do lado do NÃO. Raciocínios elaboradíssimos, mesquinhos, burgessos, totós - houve de tudo. Contudo, a corrente que sempre me deixou mais estupefacto, pela fraca qualidade dos seus argumentos e pela filosofia que deixava transparecer, foi aquela que defendia que o referendo era desnecessário porque a Assembleia deveria legislar pelo SIM. Mais uma vez, do ponto de vista jurídico, essa opinião é inatacável. Do ponto de vista político, é uma totozice sem explicação.
4) O SIM ganhou. Finalmente. Espero que este assunto tenha acabado de vez.

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sábado, fevereiro 10, 2007

Concurso RdM - Piores Capas de Disco (14)

Confesso que tive algumas dúvidas sobre postar hoje uma capa de disco. É que, olhando para a esmagadora maioria das capas que compõem o meu portfollio, tive receio de ser mal interpretado e ser acusado de estender a campanha pelo SIM para além do limite legal. É por isso que, em véspera do referendo sobre o aborto, tive de me coibir e deixar aqui uma imagem que, em rigor, não é uma das piores. É, concedamos, apenas sofrível. Risível, vá. Mas definitivamente não é das piores.
Os Fireballet editaram este disco em 1976. Rezam as crónicas que tocavam um rock progressivo, muito influenciado pelos Pink Floyd. Alguém chegou a ouvir alguma coisa deles?

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Amanhã há referendo

Uma Monica Bellucci por dia...

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Um ano a cortar fitas


O Corta-fitas, já o disse algumas vezes, é um dos meus blogues preferidos. O Corta-fitas é escrito por malta civilizada e simpática. O Corta-fitas é feito por gente boa, mas sem peneiras. O Corta-fitas cultiva a boa vizinhança. O Corta-fitas (já chega de links, pá, dá muito trabalho) fez um ano. A todos os Corta-fiteiros, muitos parabéns. Foram a melhor novidade da blogosfera portuguesa do último ano.

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Concurso RdM - Piores Capas de Disco (13)

Esta capa é refrescante. The Hawaiians acertaram na mouche. Quem olha para esta capa pensa logo em praia. Enfim, praia ou outra possibilidade de meter a cabeça debaixo de água, tal é o susto. Mas o que será isto? Parece o resultado apurado de gerações e gerações de consanguinidade. A música pimba não foi inventada em Portugal, de facto. Não é preciso ouvir este disco para o afirmar. Uma nota final para o cabelo da senhora - a ela e à laca que ela usou podemos agradecer grande parte do buraco do ozono. Este disco é notoriamente inimigo do ambiente. Eu diria que até pode ser tóxico para quem arriscar ouvi-lo...

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Pluralidade felina em horário nobre no serviço público

Desculpem lá o longo título do post, mas é só para dizer que não podia estar mais de acordo com o Paulo Pinto Mascarenhas, do 31 da Armada. Também eu estou à espera que os Gato Fedorento satirizem o "outro lado". Depois das geniais paródias a Pinto da Costa e Paulo Bento, para quando uma sátira a Luís Filipe Vieira ou ao "Eng.º Santinho", hein?
É conhecida a militância benfiquista de RAP e dos outros rapazes (O Zé Diogo Quintela salva a honra do convento e é a excepção que confirma a regra). A verdade é que os Gato Fedorento estão, hoje e todos os dias, a fazer campanha por uma das partes. O video do gozo a Paulo Bento aparece em muitos blogues de benfiquistas e é um elemento de campanha dessa causa, que eu repudio totalmente.
Esta estratégia dos Gato Fedorento é até salazarenta.
PS. Claro que o Ricardo Araújo Pereira pode dizer que não me conhece de lado nenhum. Pode, mas estará a faltar à verdade se o repetir em relação aos amigos sportinguistas que certamente terá. E mais não digo.

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terça-feira, fevereiro 06, 2007

Uma Monica Bellucci por dia...


Já bate um coração.

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O grande derby

A propósito do referendo, uma memória de outros tempos, em que o País parava para ver - e principalmente ouvir - um debate político. Este, em especial, foi um dos fundamentos da nossa democracia. Na altura em que havia esquerda e direita, comunistas, luta pela Democracia e pela Liberdade. Um lado certo e um lado errado. Um tempo em que havia ideologias, e as consequentes escolhas. Felizmente esse combate foi vencido. E essa vitória muito se deveu a este debate.

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Condecoração-palhaçada


José Souto Moura é, talvez, o português que, no exercício de altas funções de Estado, mais conseguiu desrespeitar um Presidente da República. Jorge Sampaio ordenou ao então PGR um inquérito urgente - e apresentação das respectivas conclusões - sobre o "Caso envelope 9" e assistimos todos ao impensável: Sampaio terminou o seu mandato e nada. O próprio Souto Moura foi substítuido e, do inquérito ordenado pelo ex-Presidente, nada. Total desrespeito. Moral da história? - José Souto Moura vai ser condecorado pelo sucessor de Jorge Sampaio, Cavaco SIlva, com a Ordem Militar de Cristo, "pelos destacados serviços prestados".
Vou repetir: José Souto Moura vais ser hoje condecorado por Cavaco Silva com a Ordem Militar de Cristo, pelos "destacados serviços prestados".
Repito mais uma vez... não... pensando melhor, não vale a pena. Por muito que repita, isto não entra...

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domingo, fevereiro 04, 2007

Confissão:

Contraí a doença do Século XXI

É chegado um momento penoso para mim e que tenho andado a adiar. Tenho de confessar, finalmente, um mal que me aflige, a doença do nosso tempo que apanhei. Uma pandemia que ataca todo o Planeta, a peste insidiosa que afecta os nossos comportamentos em sociedade, que mina a produtividade e que prejudica a concentração. Que deixa equimoses evidentes no corpo, mazelas de noites bem passadas e mal dormidas e que pesam como chumbo à luz do dia, quando surge necessidade de as justificar.
É verdade. Contraí a doença do Século XXI. E foi a minha mulher que me inoculou esse veneno, contra tudo o que é habitual neste tipo de histórias vergonhosas. Foi na noite da véspera de Natal. Um embrulho inocente que me mudou inteiramente a vida. Rasguei-o e apareceu-me, esplendoroso, como todas as drogas duras que criam habituação à primeira - uma caixa, do tamanho de uma caixa de DVD. Na capa, um Deco sorridente anunciava - Pro Evolution Soccer 6. Para os iniciados, o PES6, simplesmente. Mais forte que cavalo.
Comecei a jogar no nível 5, o mais fácil, Principiante. Cedo comecei a sentir a falta das emoções do início e tive de aumentar a dose. Estou agora no nível 4, Amador. Conheço muitos janados que já se passaram para o nível 3, Regular. Conheço um ou dois agarrados de nível 1, Top Player! Ao fim da primeira semana a cobertura de borracha do joystick caiu. Tenho agora dois dedos da mão esquerda a perder a pele, sintomas evidentes de um joystick muito usado e com arestas abrasivas.
Sinto-me cada vez mais isolado da realidade, vivo num Mundo Virtual. Para mim, o mês de Janeiro foi fantástico em termos de transferências. Não consigo entender as críticas à gestão de Soares Franco. Ao fim da 4ª época, contratei Luís Figo e Cristiano Ronaldo. Ao fim da 5ª, coloquei Didier Drogba ao lado de Liedson! Estou a preparar-me para aumentar a dose. Ou isso, ou começo a tomar medicação.

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Está tudo doido...


O blogger passou-se.
Vai um gajo ali abaixo ver quantos visitantes enredados pelas manhas do google passaram aqui pelo RdM e depara-se com uma série de anúncios privados de raparigas industriosas, bem apessoadas, com nomes arrevesados e atributos bem visíveis.
Desde quando é que isto aparece lá? Quem é que fez isto - o próprio blogger? O sitemeter? Um gajo habitua-se a todos os tipos de poluição na internet, mas eu estava convencido que ainda restava algum... sei lá, pudor?
Bom, pelos vistos enganei-me. Será que isto aparece em todos os blogs ou só nos que têm uma Monica Bellucci por dia?

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Yusuf Islam (ex-Cat Stevens) - Novo Vídeo

Uns 20 ou 30 anos depois de ter gravado pela última vez, eis o novo vídeo de Yusuf Islam: "Heaven/Where True Love Goes". Filmado em Portugal (Cascais).



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Concurso RdM - Piores Capas de Disco (12)

Poucos comentários haverá a fazer sobre esta capa memorável. Vê-se que José Angel, ao publicar esta fotografia, acreditava estar numa Cruzada - o seu ar compenetrado e sério não deixa espaço para dúvidas. Mais do que isso - o suor e o sebo que lhe cobrem a fronte dão nota da atitude militante de José Angel, esse lutador. Se houvesse Justiça no Mundo, "Madre, Soy Cristiano Homosexual" teria um lugar cativo nos anais da luta pelo direito à diferença, pelas minorias e essas tretas. Como o Mundo não é justo, fica apenas como um documento comprovativo em como os homossexuais não são todos bem-parecidos como séries americanas como Will & Grace nos querem fazer crer. Também os há assim, paneleiros com um ar de camionista ressabiado, a quem nem a camisa havaiana salva.

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Kinder Surpresa

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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Dubai's Secret

Não costumo ler "A Bola". Tão pouco leio a National Geographic. Felizmente, tenho o privilégio de ler o Mãos ao ar, um dos melhores blogs portugueses, e acompanhei aqui as reportagens sobre o Dubai que as duas publicações produziram.
Um dos pontos sensíveis das duas reportagens referia-se à lingerie da "Victoria's Secret" usada debaixo dos véus pelas mulheres muçulmanas. Após esforçada investigação, eis que consegui obter um documento comprovativo do que é afirmado na National Geographic e reiterado por "A Bola". Eu cá nunca fui ao Dubai, mas uso o Google...

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Nip Tuck e a TVI

Se o Rantas gosta da "Anatomia de Grey" (ver post abaixo), eu prefiro a série "Nip Tuck", estreada há duas semanas na TVI. Mas o canal de Queluz trata esta pérola televisiva e os seus espectadores com tal desdém que vou, decididamente, optar pelo DVD. A TVI tinha programada para quinta-feira, dia 1 de Fevereiro, às 00h15, a transmissão de mais um episódio (o quinto, creio) desta excelente série. A informação exibida no rodapé de programação da powerbox da TV Cabo era inequívoca: "00h15 - Nip Tuck". Deixei então a televisão sintonizada numa telenovela portuguesa desinteressante, enquanto me distraía com uma leitura, esperando pelo início de Nip Tuck. À hora marcada, termina a tal novela e o locutor de serviço anuncia, em off, um filme qualquer "já a seguir". Nenhuma explicação ou justificação aos espectadores, nada. A transmissão de Nip Tuck foi assim substituida. Alguém estava à espera? - Que se lixem os espectadores. Não há Nip Tuck para ninguém. E se fossem bardamerda, TVI?

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quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Anatomia de Grey

Gosto muito de ver a "Anatomia de Grey".
Li com preocupação uma notícia no Expresso que dá conta da possibilidade de acabarem com a série porque um dos actores chamou "faggot" a outro. Entendam-se lá entre vocês, chamem nomes uns aos outros se tiver mesmo que ser, depois façam as pazes, mas não acabem com isso, pá. Bute fazer um abaixo-assinado?

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Foi há 99 anos


O regicídio, que escancarou as portas ao fim da Monarquia portuguesa e à proclamação da República, aconteceu há precisamente 99 anos atrás. Nunca, antes ou depois do sangrento episódio, foram os portugueses ouvidos sobre a "forma de governo" em que preferem viver. A história da República começou a ser escrita com sangue real e nunca é demais dizer, sobretudo neste dia de efeméride e de referendos, que a alínea b) do artigo 288º da Constituição da República Portuguesa (limites materiais da revisão constitucional) deve ser alterada de forma a permitir um referendo sobre a questão República / Monarquia.
República, entenda-se bem, não é sinónimo de Democracia.
Recomenda-se a todos os interessados nesta questão a leitura deste deste texto.

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