sábado, fevereiro 17, 2007

Modernices


Gosto de ir a casas-de-banho com estilo. Casas-de-banho onde se veja que houve um trabalho sério, de design, para que um gajo se sinta bem. Mas não gosto de modernices, de exageros.

Lembro-me de um bar em Lisboa (terá sido no Garage?) onde os urinóis eram tão modernos, tão modernos, e os lavatórios tão estilizados e lindos, que vi um indígena a mijar no lavatório (confundiu-o com um urinol) e depois ficar aflito à procura de um... lavatório para lavar as mãos! Lembras-te, Manolo?

Recordo com carinho uma casa-de-banho num restaurante em Salvador da Baía, o Trapiche Adelaide. De modo a evitar o mau-cheiro, os urinóis estavam cheios de rodelas de limão e cubos de gelo. Ideia engraçada. É verdade que, quando voltei ao meu lugar, mandei para trás o meu gin tónico, mas na verdade achei-o um urinol simpático.


Estas memórias vieram a propósito do urinol do hotel onde costumo ir lanchar. As casas-de-banho estiveram fechadas cerca de 2-3 meses, em obras. Depois de reabrirem fui lá dar uma mija. Ambiente asseado, novos mármores... sim senhor! Gosto de mijar em ambientes sofisticados. Pus-me na posição e comecei a função. A meio, apagou-se a luz. Perturbado, com a micção a meio, acabei de mijar às escuras, coisa que detesto. Quando estava a sacudir a pinga, a luz acendeu-se. Enfim, uma falha.

Passados uns dias voltei lá. A história repetiu-se - a meio da função, a luz apagou-se. Apercebi-me que o animal que pariu este WC botou uns detectores de movimentos que accionam a luz. Quando não detectam qualquer movimento durante um período de tempo, a luz desliga-se. Eu não sei como é convosco, mas eu quando mijo tenho a mão direita na pila enquanto a mão esquerda assenta por baixo, entre o escroto e a braguilha, não se vá dar algum acidente! Nesses preparos, não resta muito espaço para fazer quaisquer gestos que não sejam os óbvios - corpo imóvel, só o chichi é que oscila pendularmente ou, no máximo, em movimentos circulares.

Quando vou a essa casa-de-banho, saio sempre de lá a barafustar contra o gajo que definiu os intervalos de tempo para a luz desligar. Para não mijar às escuras, a única alternativa que resta reside em fazer movimentos detectáveis pela célula fotoeléctrica. Fazer isso com as duas mão ocupadas e sem sair do sítio onde se está, é demasiado exigente para mim. Tenho que começar a aviar-me noutra casa-de-banho...

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5 ComentÁrios:

Blogger A.Teixeira disse...

Grande Poste, Rantas!!!

18 fevereiro, 2007 18:39  
Blogger El Ranys disse...

Foi no Alcântara Café, Rantas.

18 fevereiro, 2007 23:48  
Anonymous Anónimo disse...

O Manolo a mijar no lavatório do Alcantara Café.... essa está-me gravada!

19 fevereiro, 2007 09:57  
Blogger Alex disse...

Não lembrem episódios tristes ao Manolo...
Saúdinha

19 fevereiro, 2007 23:30  
Anonymous Anónimo disse...

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