domingo, dezembro 31, 2006

2006-2007


Quando todos brindam ao novo ano, proponho um brinde ao ano velho.
O ano de 2006 foi, a nível pessoal, um dos melhores anos da minha vida. Pois é, nem tudo é choro, nem tudo é lástima.
Claro que o mundo ficou mais perigoso, com o terrorismo a não dar tréguas, a guerra e a fome sem arrepiarem caminho, as desigualdades na distribuição da riqueza gerada em todo o mundo a permanecerem, o meio ambiente a degradar-se, os sacrifícios exigidos aos portugueses a aumentarem, o poder de compra e nível de vida dos meus compatriotas - e o meu, já agora - a caírem, por os salários permanecerem baixos e os preços aumentarem sempre.
Mas muitas coisas boas me bateram à porta em 2006. Não foi chuva, não foi vento. Foi alegria, felicidade e amor elevados ao seu expoente máximo. A porta, diga-se, também é uma outra, nova.
Que todos possamos dizer o mesmo de 2007, que foi um dos melhores anos das nossas vidas. Naquilo que depende de mim, eu acredito que é possível. Assim acreditem vocês, também. Tenham paz, muita paz nas vossas vidas. E nas vossas consciências. Pode assim o mundo ficar um bocadinho melhor. Nem que seja um nanograma. Para pior, basta assim. Tenham um excelente ano.

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sábado, dezembro 30, 2006

Sem resposta...

- A Sissi partiu a cabeça!
- "Como foi, mamã?"
- Tropeçou no passeio e bateu com a cabeça no chão!
- "Que barulho fez a cabeça dela quando bateu no chão, mamã?"


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sexta-feira, dezembro 29, 2006

O Pai Natal e o Menino Jesus


O Natal foi uma festa cristã que celebrava o nascimento do Menino Jesus. Transformou-se numa festa pagã que celebra a reunião de família, a comezaina e os presentes. A sua componente espiritual praticamente desapareceu sem deixar rasto e no seu lugar ficou apenas o hedonismo.
Sinto-me muito mais à vontade com o Natal do Pai Natal, esse pachola, símbolo publicitário da Coca-Cola, do que com o Natal do Menino Jesus. Um traz-nos uma orgia desenfreada de compras, de comida, de prendas, de luzes, e um perú. O outro queda-se pela Missa do Galo, que como é sabido visa apenas atrasar a entrega dos presentes às crianças sedentas de rasgar embrulhos, pequenos selvagens que não têm culpa das paranóias religiosas dos pais.
Este ano, celebrei o Natal cá em casa. Das 49 pessoas previstas para o dia 24, apareceram 60. No dia 25 fomos apenas uns 30.
As prendas cobriam praticamente uma das divisões da casa. Só de espólio de Natal o Pequeno Gnomo sacou uns dois metros e meio, três metros de prendas, que o entreterão durante pelo menos uns 15 dias.
Toda a gente comeu e bebeu à vontade e, quando se chegou ao final do dia 25, ainda havia quase tanta comida e bebida como quando tínhamos começado.
Do lado da religião, tivémos um pequeno presépio e duas velas.
Bom, com isto tudo quero dizer que o Natal está assim praticamente expurgado da sua vertente religiosa e espiritual, sendo um espelho fiel da sociedade em que vivemos. Ao contrário de grandes pensadores e de grandes constitucionalistas, acredito firmemente que o grande contributo da sociedade ocidental europeia é o laicismo, não o cristianismo. Só numa sociedade verdadeiramente evoluída, livre e laica seria possível publicar esta imagem, que eu roubei despudoradamente do blog quase em português.
A finalizar - adoro o Natal! Boas Festas para todos!

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Com muito orgulho

O tempo, na rede, é vertiginoso. O RdM aproxima-se, a passos largos, do seu segundo aniversário, o que por aqui já é uma provecta idade. Para quem possa ter ainda alguma dúvida, é o próprio serviço que nos dá guarida que afirma categoricamente, de cada vez que venho postar: sou um "Old Blogger". Com muito orgulho.

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À atenção liberal

Parece que, em Portugal, os preços da gasolina sem chumbo 95 são superiores em quatro por cento à média da União Europeia. De acordo com esta notícia da TSF, no terceiro trimestre de 2006, face à queda do brent, os preços internacionais deste combustível caíram 32%, enquanto em Portugal este ajustamento em baixa se limitou a uma descida de 12,2%.
Existem aqui cerca de 20% do preço actualmente praticado nos combustíveis (o mais elevado da Europa, é bom que se insista) que alguém anda a "empochar" injustificadamente. São assim, as relações económicas em oligopólio. Para subir, é logo. Para descer, calminha. Quem paga os lucros desajustados, como de costume, somos nós. Quem ganha são os de sempre.
À atenção do Blasfémias, de todos os outros fanáticos do "mercado" que pululam na blogosfera e dos liberais moderados - nos quais me incluo - que queiram comentar.

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Uma Monica Bellucci por dia...

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Benchmarking 1

Estreia de nova série no RdM: "Benchmarking" ou o relato das "melhores práticas" que nos chegam lá de fora. Para que alguns, por aqui, se vão dando conta do fosso que, passo a passo, cada vez mais se vai cavando entre Portugal e os países ditos civilizados.
Na Alemanha, o Estado passa a pagar, a partir do próximo dia 1 de Janeiro, 25 mil euros por cada bebé nascido. Mais, a licença de maternidade é alargada aos 14 meses, com direito da mãe a receber 2/3 do salário bruto durante todo o período. Repare-se que 2/3 do salário bruto, na Alemanha, dada a elevada carga fiscal, será normalmente um valor superior ao salário líquido.
Cá por mim, acho que esta é uma boa prática de incentivo à natalidade, de "não" ao aborto, de acautelar alguns dos problemas da Segurança Social.
Pela negativa, não sei se a medida é cega, isto é, se os 25 mil euros são pagos indiscriminadamente, sejam os pais multimilionários ou remediados. Se for um "incentivo" selectivo, parece-me mais correcto.
Em Portugal, a mãe tem direito a quatro meses de licença com o salário pago na íntegra, mais um mês por opção mas sem direito a salário.
Estamos tão longe da Alemanha, não estamos?

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Uma Monica Bellucci por dia...


Em resposta a variegados pedidos.

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quarta-feira, dezembro 27, 2006

Passo a passo

Passo a passo estamos mal, passo a passo estamos pior.
Passo a passo, ficamos para trás.
Talvez no Chipre, em Malta, Espanha, República Checa, Irlanda, Grécia, Eslovénia ou Polónia, talvez nesses países todos, que já nos ultrapassaram em termos de nível de vida, uns há muito tempo, outros agorinha mesmo, talvez lá as pessoas, quero eu dizer os cipriotas, os malteses, os espanhóis, os checos, os irlandeses, os gregos, os eslovenos ou os polacos sejam melhores do que nós. Talvez sejam.
Talvez apenas tenham pernas maiores e, passo a passo, nos tenham ultrapassado no nosso passo a passo pequenino.
Passo a passo, vamos claudicando! Passo a passo, passo!

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O que quero em 2007

Coisas simples.

Antes de mais nada, quero saúdinha para mim e para os meus. Como dizia a minha avó, "saúdinha é que é preciso". Estava certa, claro.
Depois, quero ter mais tempo.
Tempo para ver a minha filha a crescer, para lhe mudar as fraldas, dar banho, embalar no sono, dar muitos beijinhos e festinhas, provocar-lhe arrotos, conversar com ela (apesar de ela não perceber ainda o que lhe digo).
Tempo para dar amor às pessoas que amo. A minha mulher, a minha família, os meus amigos...
Tempo para tratar do meu jardim e ver a relva, as árvores, os arbustos e as flores a crescerem.
Tempo para ler ou reler livros, ver ou rever filmes, ouvir ou voltar a ouvir discos.
Tempo para viajar.
Tempo para descansar.
Tempo para escrever.
Materialmente, quero poder continuar a cumprir todos os compromissos que assumi. Não quero muitos luxos, mas quero uma "boa vida", rodeada de "coisas boas". Para isso, preciso de continuar a trabalhar. Profissionalmente, quero ganhar mais, para "providenciar" mais. Quero que as pessoas para quem trabalho estejam satisfeitas com o meu trabalho.
Quero que o Sporting seja campeão nacional. E Europeu. E do mundo. E da galáxia.
Quero continuar a sonhar.
Se continuar a sonhar em 2007, sonharei com o fim da miséria, das doenças, das desigualdades, da fome, da guerra, da violência, da maldade, da cupidez e da estupidez.
Sonharei com a minha herdade no Alentejo, onde vou plantar oliveiras e sobreiros, praticar agricultura biológica e criar puros sangue lusitano.
Para sonhar, tem de se cumprir o meu maior desejo para 2007, que é o meu desejo maior desde sempre e para sempre: conseguir chegar ao fim do dia e adormecer de consciência tranquila, com a clara sensação de que, nesse dia, não prejudiquei nem magoei ninguém deliberadamente.
Deixem-me em paz com os meus sonhos e sejam felizes.

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Uiiii...é cá um 31...

Mesmo aqui ao lado, nos "links do El Ranys", estreia-se a ligação directa ao 31 da Armada, onde os marujos se "armam em nada", como dizem no editorial.

Evoco, por um esforço voluntário, para sair desta emoção,
Evoco, com um esforço desesperado, sêco, nulo,
A canção do Grande Pirata, quando estava a morrer:

Fifteen men on The Dead Man's Chest.
Yo-ho-ho and a bottle of rum!

"Ode marítima", Álvaro de Campos, Engenheiro

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terça-feira, dezembro 26, 2006

Fim de festa

O Natal já lá vai.
As minhas férias terminaram, a licença de paternidade já foi gozada. Alguém me explica sucintamente o que se passou na cidade, no País e no mundo nas três últimas semanas?

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sábado, dezembro 23, 2006

Feliz Natal


Estamos a festejar o Natal. O blog segue dentro de momentos. Entretanto, feliz Natal para todos e muitas prendinhas!

A imagem veio da Idade da Pedra

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sexta-feira, dezembro 22, 2006

Hora da sesta

O puto teimava nos seus truques habituais para fugir ao sono. "Quero água", "quero leite", "quero uma bolacha", "quero um boneco", "quero uma história", "quero brincar", nhónhó, nhónhó, nhónhó...
A mãe estava exausta. Os preparativos para o Natal, aliados a um período de pressão profissional intensa e a uma série de noites mal dormidas ("Quero água!" às 3 da manhã, e não há amor maternal que resista!), contribuíam para uma vontade imensa de também dormir uma sesta.
"Não queres beber nada! Toca é a dormir e é já!", explodiu ela.
O miúdo ficou silencioso uns minutos. Depois, armou um sorriso trocista e disse - "Mamã, tu fizeste uma birra..."

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quinta-feira, dezembro 21, 2006

Uma Monica Bellucci por dia...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Uma resolução do pequeno gnomo



Hoje, quando cheguei a casa, deparei-me com o pequeno gnomo em estado de aflição. "Alturas! Alturas!" (o puto cresceu; agora, em vez de personificar o Noddy, decidiu tomar o lugar de Bob, o Construtor. Eu passei a ser o Alturas, uma grua. Faz sentido, se se pensar na quantidade de vezes que o puto me pede colo...).
"O que foi, Bob?" - perguntei-lhe eu. - "A espada do Capitão Gancho! Foi pelo cano abaixo!".
Ele gosta de levar bonecos quando se senta na sanita. Pelos vistos, hoje aconteceu um acidente. Já não bastava ao Capitão Gancho ter o crocodilo atrás dele, a fazer tic-tac, para agora perder a sua espada por uma sanita!
Lado bom da história - "Nunca mais levo nada comigo quando fôr à sanita, Alturas! Nunca mais!".

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Natal


("Natividade", de Giotto)
Apesar de relativamente "jovem", ainda sou do tempo em que as prendas de Natal se pediam ao Menino Jesus e não ao Pai Natal. Na iconografia natalícia, a única peça de que verdadeiramente gosto é do presépio. Vá, da árvore de natal também. E das luzes. Do Pai Natal... Bom, eu fui, durante vários anos, à força de várias almofadas, um convincente Pai Natal. Muitas crianças acreditaram que "eu" existia. Algumas chegaram mesmo a dizer, quando confrontadas na escola com a "minha" inexistência, que havia Pai Natal de verdade, mas só em Coimbra, onde toda a família se reunia.
Por circunstâncias várias, esse Natal de família, que continua a reunir largas dezenas de tios e tias, primos e primas, irmãos, pais, avós, etc., etc, etc., - sim, somos uma família enorme que, felizmente, se continua a encontrar partilhando esse sentimento (de pertencer a uma família) - deixou de ser em Coimbra, com muita pena e saudade minhas.
Por outro lado, deixei de ser o Pai Natal. Aqui, sem grande nostalgia. Gosto mesmo é do Menino Jesus. A festa, aliás, é d' Ele.
A minha primeira compra para o primeiro Natal da minha filha foi um presépio com figuras clássicas. Lá estão S. José e a Virgem Maria, a vaca e o burro a aquecerem o Menino, o pastor com o cordeiro sobre os ombros, o anjo, os três reis magos em adoração e, claro, o Menino Jesus nas palhinhas deitado.
Este meu presépio é só uma aproximação, muito ténue, ao magnífico presépio que se fazia em Coimbra. Lembro-me de ir a terrenos vizinhos apanhar musgo e azevinho, de dispor as dezenas de peças cerâmicas no cenário composto por esses materiais e de ficar, com a "obra" completa, em adoração daquele "quadro", que representa o milagre do nascimento, da vida, do amor e da esperança.
Estas são as coisas que mais contam. É bom que, pelo menos uma vez por ano, nos surjam como "estrela polar".
O Natal do consumismo não interessa nem ao Menino Jesus. Tenham um santo e feliz Natal.

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Uma Monica Bellucci por dia...



Como decerto já notaram, a Monica não tem, na realidade, aparecido por aqui todos os dias. Mas a rubrica mantém-se, creio que pujante.

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segunda-feira, dezembro 18, 2006

Surpresas do Google

Ele apareceu por aqui com um ar inquisitivo. Veio pelo Google, esperançado em como iria obter todas as respostas às suas mais íntimas perplexidades. Com a sua pesquisa, gritada em maiúsculas no seu minúsculo T1 em Lisboa, contava conseguir mudar de vida, dar o salto, pertencer ao jet-set. Não foi aqui no Revisão da Matéria que encontrou o fim da sua busca.
A minha perplexidade mantém-se. Como raio é que o Revisão da Matéria aparece na primeira página do Google quando se pesquisa "COMO FAZER UM BOM BROCHE", porra?!

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Curtas para fora

Gosto de posts curtos, daqueles que se podem copiar na íntegra sem grandes escrúpulos. O Frangos para fora de vez em quando vende desses, como eu gosto.
Vejam estes:
«Lei de Lavoisier: Ao contrário do que poderá parecer, o Hi5 Porcas não acabou. Ainda existe, só que agora chama-se Fórum Montijo.»
«Lições do mundo editorial contemporâneo: Quem se envolve com putas arrisca-se a ser alvo de uma filhadaputice.»
Do melhor que tenho visto.

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domingo, dezembro 17, 2006

Uma sugestão para o Natal...

Uma ideia tirada daqui. No Natal queres dar uma prenda original, gira, inesquecível, mas não te consegues lembrar de nada assim? Cá está a prenda salvadora - tinta! Mais exactamente, tinta para cabelo. Não esse cabelo, totó, mas sim o da xafarica. Há em 5 tons - auburn, black, blonde, brown e, a minha preferida para a quadra natalícia, fun (é a cor-de-rosa, hot pink, cof cof). Ali, onde um pentelho grisalho pode mudar a vida de uma pessoa, a Betty Beauty criou uma nova linha. Aconselho uma visita para uma mirada nos textos publicitários (cada tom tem um texto específico). Deixo-vos com o rosa-choque:
«Hot pink means play. Adventure down below! Celebrate! The first safe color for the hair down there. Funbetty is a hot pink party in a box! Funbetty color for the hair down there. Go girl, it's your birthday! Or your anniversary or your wedding or his birthday! It's the perfect gift.
Follow the easy directions for safe color. Natural-looking. No mess. No drip. Use it every time you want candy! Fun is where you find it! Get your betty ready!
».
E sim, também foi assim que aprendi que "betty" é como se diz xafarica em cámone. Não entendi bem o que ela quer dizer com o "natural-looking"... achei fantástico a parte da candy!

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sábado, dezembro 16, 2006

Compromisso vitalício selado

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sexta-feira, dezembro 15, 2006

Impressionado mas tranquilo

Hoje tomei conhecimento de um blog que constitui um verdadeiro serviço público - o posto de escuta. «Criado em Abril de 2003, (...) é o nosso diário de leituras da blogosfera, feito da recolha e divulgação diária de ecos da blogosfera nacional. Por ecos, entenda-se excertos ou citações de artigos publicados em blogs portugueses. O Posto de Escuta é actualizado numa base diária (...)».
Bom, o que me deixou verdadeiramente impressionado - e ufano, é importante dizer! - foi o facto de o posto de escuta ter feito hoje uma selecção dos 50 recortes mais interessantes de 2006 (escolhidos entre os 1.400 recortes seleccionados diariamente desde 2 Janeiro de 2006), e ter privilegiado o RdM, com este recorte: «No Revisão da Matéria, duas impressionantes fotografias.»
No link, duas "leica fotos" , do El Ranys, de uma manhã invernosa de Fevereiro no Parque Eduardo VII.
Interrompi os afazeres puericulturais a que o Ranys se tem dedicado com afinco nos últimos dias para lhe dar nota desta referência, que permite alcandorar o RdM até um nível nunca antes alcançado. Devo dizer que este sucesso resulta de um trabalho apurado da equipa que produz, apresenta e traz até vós este blog. Com tranquilidade. Com muita tranquilidade, os golos aparecerão, e a equipa permanecerá tranquila no seu posto, a receber distinções destas na blogosfera. Obrigado. E devo confessar que é com tranquilidade que digo isto.

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quinta-feira, dezembro 14, 2006

Uma Monica Bellucci por dia...

Uma Monica Bellucci por dia...

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Sordidez


O livro de Carolina Salgado é sórdido. Repugnante em todos os sentidos - tanto pelo que revela do "papa" do futebol português, dos jantares com árbitros, das putas, dos traques, como da motivação que levou tão excelente senhora a escrevê-lo.
Sobre os aspectos ligados ao futebol, deixo-os para o Revisão da Jornada. Gostaria de debruçar-me aqui sobre as questões extra-futebolísticas. Sobre o carácter de alguém que faz uma nojice destas. Infelizmente, esta sordidez, esta falta de categoria, tem alastrado.
Lembro-me do instrutor de não-sei-o-quê que se apresentou nos tablóides como tendo sido amante da Princesa Diana. Uma queca de menos de 5 minutos assegurou-lhe uma boa maquia, porque os jornais não têm moral. Mas se os jornais não têm moral é porque a nossa sociedade abandonou certos princípios fundamentais em troca do vil metal. Tempos houve em que os laços íntimos e de solidariedade eram preservados da praça pública, no matter what...
Enfim, não defendo o regresso à sociedade romanesca dos tempos da Cavalaria, em que a honra ainda era um valor a ter em conta - enfim, até porque nesses tempos os divórcios por vezes transformavam-se em decapitações! - mas julgo que perdemos algo de muito importante nas últimas décadas do século XX - a Ética, a Moral, a Honra.
Este caso de Carolina Salgado fez-me lembrar um outro caso ainda mais chocante, que ocorreu há pouco tempo - Britney Spears divorciou-se. O seu ex-marido exigiu-lhe 17 milhões de dólares (ou coisa que o valha, não decorei o valor) e a custódia dos filhos, caso contrário divulgava na internet uns certos e determinados filmes caseiros. Um cabrão de um chantagista, portanto. Isto não costumava ser um crime? Não costumava dar cadeia?
Vivemos num tempo em que nos falta, como sociedade, um bocadinho de auto-estima. Uma sociedade com sólidos valores cívicos não compra jornais que pactuam e ajudam a criar este estado de coisas. Não transforma um acto de vingança cruel e de dor-de-corno num best-seller. Não noticia os actos de um vigarista chantagista como se fossem a coisa mais natural do Mundo. Como se não tivéssemos noção do que está certo e do que está errado. Como se não estivéssemos capacitados para fazer juízos de valor. Como se precisássemos dessa merda, dessa lama, para nos sentirmos melhor. Porra, não temos necessidade disso...

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Os olhos

Quando os olhos, aqueles olhos, cheios de vida e de ânsia de descoberta, se fixam por breves instantes no meu olhar, tudo pára e nada mais interessa. Fico assim suspenso, mesmo quando os olhos, aqueles olhos, já partiram agitados para outro qualquer lugar.
Os olhos, aqueles olhos, contêm tudo, de tudo são razão.

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Uma Monica Bellucci por dia...

terça-feira, dezembro 12, 2006

Enxergue-se e leia umas coisinhas

De visita ao herdeiro, leio espantado um comentário mal-disposto a este post. O autor do comentário foi nem mais nem menos que o João Gonçalves, do Portugal dos Pequeninos. Este senhor arrogante e pesporrente entendeu deixar um arroto mal-cheiroso nessa caixa de comentários, que acaba assim: «Enxergue-se e leia umas coisinhas. »
Eu vou começar a semear esta frase fabulosa, tão reveladora da civilidade deste senhor, nas suas caixas de comentários. Alguém me acompanha? Tipo assim uma traquinice de tocar às campainhas lá da rua! Vá, uma micro-causa!

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Da bloga (I)

O Revisão da Matéria tem estado em serviços mínimos, como decerto terão reparado os indefectíveis visitantes que por aqui têm aparecido. Trata-se do resultado de uma conjugação de dois factores, sendo que o primeiro consiste na recente paternidade do El Ranys, que passou a consumir o seu tempo a babar-se para cima da filha, a mudar-lhe a fralda, a mostrá-la a familiares e a amigos e - ainda e sempre - a babar-se de orgulho pela excelente obra feita. O segundo factor tem a ver comigo, com uma certa falta de tempo (em compensação, já não tenho caixotes espalhados em casa!).
As audiências do RdM têm caído a pique. Não há Monicas Belluccis que nos salvem. Isso acabou por fomentar uma pequena reflexão da minha parte sobre o acto de blogar, por que é que escrevo aqui, para que é que isto serve.
Gosto de escrever - aliás, foi um hábito que readquiri no blogue! - é impressionante como perdemos o gosto pelo acto da escrita, que se passa a resumir a actas, mails e memorandos enfadonhos.
Gosto de ser lido. Sem levar muito a peito a questão das audiências, gosto que as pessoas passem por cá, que gostem do que lêem aqui, que regressem à procura de novos textos.
Gosto também de registar algumas reacções mais engraçadas ou mais imprevistas do meu filho, para que essas memórias não se percam e ele possa mais tarde recordar. Tenho aliás um blog só para isso...
O blog acaba também por ser um espaço de debate, de discussão, de troca de ideias, onde cada um regista a sua opinião, sem gritos, sem interrupções, de modo a expressar as suas ideias, as suas indignações, os seus amores, os seus ódios, os seus insultos, porque concorda e porque discorda.
É também uma janela para um Admirável Mundo Novo, onde o que conta é aquilo que se escreve, independentemente do nome de quem o escreve. Um espaço de Liberdade, de escolha individual, de procura!

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Da bloga (II)

Para a natureza tuga, o acto de elogiar é pior do que cuspir na sopa. É muito mais fácil a maledicência, a ofensa, os insultos. E tem muito mais piada, invariavelmente! Por outo lado, o anonimato permite verdadeiras atrocidades nas caixas de comentários e não só.
Mas a blogosfera não tem só esse lado negro.
Blogar é um acto social. Criam-se cumplicidades, comunidades, amizades, inimizades, antipatias.
Os destaques, os links, as referências acabam por ser um prémio que recompensa a qualidade, a perseverança, o esforço, a criatividade ou todas estas características.
Frequentemente, recompensa-se um gesto simpático. Muitas vezes, fazem-se fretes - os chamados "broches".
Na blogosfera não se pode propriamente falar de fretes, porque ninguém é obrigado a fazer nada que não queira. Falemos antes de broches. Um bom broche pode traduzir-se num link, num post elogioso, numa operação de charme. Pode reduzir-se mesmo a uma simples frase de incentivo numa caixa de comentários.
O mundo dos blogs não seria o mesmo nem teria o mesmo vigor sem os broches. Há quem os faça muito bem - devo dizer que o El Ranys é muito batido na arte - eu por mim vou fazendo uns tantos por aí, alguns com muito prazer, devo dizer! Passo a exemplificar a técnica, no post seguinte.

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Da bloga (III)

Recordo-me de uma aula de Instrução Militar que tive há quase 30 anos (chiça! Isto visto deste modo quase que me deixa mais velho!). O instrutor - o Caralhinho, creio que era a alcunha do Major, devido à sua pequena estatura e à careca luzidia e vermelhusca - esforçava-se por transmitir a cerca de 30 putos de 10-11 anos, alunos do Colégio Militar, algumas noções básicas de higiene.
Perguntava ele, com as veias salientes na sua glande careca, "Mesmo quando estiverem com muita pressa, há 3 coisas que têm de lavar todos os dias. Quais são essas 3 coisas?".
As primeiras respostas surgiram rapidamente - os sovacos e os pés. "Muito bem! E a terceira coisa?", perguntava ele aos gaiatos impúberes, que já olhavam para ele de esguelha, sem fazerem puto de ideia de qual seria a terceira coisa. "Fica no meio das pernas!", ajudou ele. "Os joelhos", gritei eu, contentíssimo por ter descoberto a chave do enigma. "Não, porra, é a tomatada!", urrou o Caralhinho, vermelho de fúria.
É um ensinamento que nunca mais esqueci - se bem que naquela altura me parecia bastante mais proveitoso lavar os joelhos, sempre sujos de andar a brincar no chão, do que propriamente a "tomatada", mas enfim...
Bom, vem esta história a propósito do pouco tempo que tenho dedicado à blogagem. Por muito ocupado que esteja, tento sempre cumprir os serviços mínimos, que se resumem a visitas ao maradona (com muita pena minha, nunca retribuídas), ao grande Bulhão Pato e ao hiperactivo nelson. Quando posso dispôr de mais uns minutos, ainda vou à controversa maresia, ao herdeiro de Aécio e ao olhe que não, shô doutor!

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quinta-feira, dezembro 07, 2006

Uma Monica Bellucci por dia...


Retomando lentamente a actividade...

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quarta-feira, dezembro 06, 2006

Estado de graça

(Leica foto)

A minha ausência das lides bloguísticas prolongou-se porque, inesperadamente, se prolongou o culminar de um processo maior. Mas agora, quando já passaram três dias desde que experimentei o momento mais feliz, intenso e emocionante da minha vida, eis-me de volta. Por agora, essencialmente para deixar um rasgado elogio à "coisa pública".
Com outras opções, que nem sequer nos saíam muito mais caras devido aos seguros de saúde, eu e a minha mulher optámos pela Maternidade Alfredo da Costa (MAC) para o nascimento da nossa filha. Não se tratou, portanto, de uma escolha realizada por questões económicas. Fizemos uma deliberada opção pelo que de melhor existe no nosso País em termos de cuidados médicos antes, durante e após o parto. Sabíamos que não escolhiamos a melhor "unidade hoteleira", antes a melhor unidade hospitalar.
Durante quatro longos dias (mais três, no pós-parto), acampei praticamente na MAC. Conheço-lhe agora os corredores, os meandros, parte das equipas de trabalho, as urgências (dois dias passados nas urgências é experiência violenta que não desejo a ninguém), os seguranças e polícias de serviço, as enfermarias...
Hoje, dia de alta, em que a minha filha vai pela primeira vez entrar na casa que é a sua, quero então agradecer, da forma mais sentida e profunda que me é possível, a todos os que trabalham na MAC. Médicos, enfermeiros, auxiliares e outros funcionários, vocês são do melhor que existe em Portugal. Trabalham em instalações renovadas que, não sendo óptimas, são boas. Conhecem um dia-a-dia de trabalho intenso. Lidam com a alegria e a felicidade, mas também com a dor e a tragédia (sei do que falo, acompanhei através do som, das palavras, da agitação e da consternação geral uma situação destas, passada mesmo ao meu lado nas urgências).
A palavra que mais me ocorre, quando agora penso na MAC, é confiança.
Inesperadamente, também simpatia. Não está equitativamente distribuida, é certo, mas a simpatia é característica comum ao pessoal da MAC. Acreditem.
A MAC é pública. A MAC é democrática. A MAC é excelente. Portugueses, orgulhem-se. Obrigado, MAC.
PS: A postagem no RdM prosseguirá agora ao ritmo que me for permitido pela paternidade. Aguenta, Rantas. Dá-lhe, Malagueta.

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terça-feira, dezembro 05, 2006

Uma Monica Bellucci por dia...


Na ausência do Ranys, aqui deixo os serviços mínimos...

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Escatologia ranhosa


- Não ponhas o dedo no nariz!
- É que tenho aqui um macaco; aliás, são dois!

- Que nojo! Meteste o dedo no nariz e depois puseste na boca. Aaargh! Isso não se faz!
- Eu gosto de comer ranho. Eu sou muito guloso, papá!

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domingo, dezembro 03, 2006

A campanha publicitária da TV Cabo

Miguel Sousa Tavares desanca, no Expresso, a recente campanha publicitária da TV Cabo. Que é isto, que é aquilo, que os criadores que tiveram a ideia deviam ser despedidos, que é uma vergonha. Que a TV Cabo deveria ir a tribunal porque a campanha é insultuosa.
Concordo com tudo excepto com a parte do tribunal. A campanha é um bocadito imbecilóide, sim. Apela ao humor burgesso que existe em todas as sociedades, concedo.
Onde discordo profundamente é no recurso aos tribunais com temas destes. Não há melhor tribunal do que a opinião pública, e uma fraca adesão à campanha e um baixo retorno do investimento farão cumprir uma sentença muito mais justa do que qualquer uma que fosse imposta pelo tribunal.
É assim que se vive em democracia, com liberdade de expressão e com um mercado livre. E ainda bem que assim é!

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Viva a Publicidade!

Playboy

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Uma Monica Bellucci por dia...

O Ranys tem estado ocupado com outras coisas e não tem tido tempo de deixar a Monica por aqui. Deixo-vos aqui a Bellucci, para não se perder o jeito.

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