terça-feira, novembro 29, 2005
Soares é fixe
Mário Soares é o pai da democracia portuguesa, com todos os seus defeitos, sim, mas com todas as suas virtudes. Lutando à direita e à esquerda, com pragmatismo, sentido de missão, submetendo as tácticas a uma estratégia previamente definida - e bem definida, diga-se de passagem - definindo as metas fundamentais, que se hoje parecem evidentes, óbvias e naturais, há 30 anos não pareciam.
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Parabéns !!
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segunda-feira, novembro 28, 2005
Os otários somos nós
Há 30 anos que se andam a estudar alternativas à Portela. Os técnicos sabem que a capacidade do aeroporto estará esgotada a curto prazo.
Decerto, as pessoas que "perderam" tempo com estes estudos, entre políticos e técnicos, não o fizeram só por diversão.
Apesar de não ser um "técnico especializado", concederás que devo conhecer, melhor do que a maioria dos mortais, as limitações operacionais do actual aeroporto. É, aliás, por causa delas, que se têm feito - e terão que se continuar a fazer - inúmeras obras na Portela, até à entrada em funcionamento de um novo aeroporto internacional. Só para garantir uma operacionalidade mínima e capacidade de resposta ao actual crescimento do número de passageiros.
Assim, se assumires que quem diz que é necessário um novo aeroporto o faz com competência (e não por uma qualquer cabala que nem consigo imaginar), vamos ao ponto seguinte.
Como disse no meu post anterior, o problema, para mim, é que ao fim de 30 anos de estudos o melhor que têm (os técnicos, os politicos) para nos dar é um aeroporto que não permite a construção de mais de duas pistas e estará, também ele, esgotado passados 30 anos de entrar em funcionamento. Ou seja, daqui a 30 e tal anos, se ainda por cá andarmos, poderemos estar outra vez a discutir estas questões. Isso, para mim, é que é grave.
Caramba, não haverá nenhuma localização que permita arrancar com duas pistas, depois mais uma, e outra, e por aí fora, sempre que seja necessário aumentar a capacidade? Barajas, em Madrid, já vai para a quinta pista.
Quanto ao TGV, toda - ou quase - a Europa já está ligada em alta velocidade. Portugal vai ficar de fora? Na via férrea temos, aliás, um grave problema, que se chama "bitola ibérica". Os rodados dos nossos comboios são iguais aos espanhóis e diferentes do resto da Europa. (O AVE espanhol já resolveu esta questão para os "nuestros hermanos"). É um problema que devemos resolver, uma ligação em bitola europeia, pelo menos entre Lisboa e Madrid e daí para o resto do continente, e com ramal em Sines, para que este possa ser o grande porto da Europa.
Estes são os investimentos necessários. Que devem ser feitos. Não há, na minha opinião, volta a dar-lhe. Mas, como são muito elevados, têm de ser BEM FEITOS. E o problema é que a Ota não cumpre os requisitos. Recordo-te: ao fim de 30 anos, estará, também ela, esgotada. Há-de se arranjar melhor, não?
A Ota e os otários
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Cacarejar carpinteiro
De facto, esse post faz sentido, está escrito de uma perspectiva equilibrada, faz-nos pensar... enfim, é um bom post. Os meus parabéns. Concordo vivamente!
Acabei por dar uma vista de olhos mais alargada no blogue, até que me deparei com esta pérola.
"O Sr. cacareja?" constitui, na minha opinião, um apelo aos instintos mais básicos e mais primários que existem. E isso vê-se pelo nível rasteiro de alguns dos comentários que suscitou. Não basta pedir/exigir elevação no debate político, tem de se exercer essa elevação no quotidiano. E estes posts incendiários, a puxar pelo lado mais "futebolístico" (por vir de adepto grotescamente faccioso, pelos vistos), não ajudam. É puxar o debate sobre as Eleições Presidenciais, entre Soares e Cavaco (e os outros, naturalmente), para uma discussão burgessóide de Sporting-Benfica (e os outros, naturalmente), a arrotar cerveja e tremoços. Não apreciei. Discordo frontalmente!
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domingo, novembro 27, 2005
Complemento ao post anterior
Na verdade, LFV não necessita de estar preocupado com falta de candidatos para brincar com o Benfica. À partida, o povo lampião nunca deixará de nos ir fazendo o favor de nos dar motivos para isso. Um grande bem-haja para a lampionagem, que nos garante assim a boa disposição e o bom-humor!
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Deixe-nos brincar com o Benfica...
Um dos desejos da actual direcção é o lançamento do canal do clube. Ontem, em Vizela, Luís Filipe Vieira voltou a focar o tema. "Vamos dar voz a todos os benfiquistas pelo Canal Benfica que sempre foi um ponto de honra nosso. Este projecto será uma realidade. Portanto, não tentem boicotar-nos. Não vamos rasgar contratos mas prometo que concretizaremos este objectivo até ao final do mandato. É a forma de responder aos cegos na mesma moeda. Não vai aparecer mais um 'pato' corado ou assado para brincar com o Benfica", adiantou.
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Ota: o essencial
Rantanplan
Rantas, um moço que se estreou nas lides blogueiras aqui pelo "Revisão", já deu o seu grito do Ipiranga.
Para quem não saiba, Rantas é diminutivo de Rantanplan, alcunha antiga do moço que se lançou, agora a solo, em Rantanplan.
Claro que presumo que não seja um adeus ao Revisão. Será só uma coisa mais umbiguista. Que, pelos primeiros posts, promete.
Este caminho de "autonomização" de alguns conteúdos já vem sendo, aliás, ponderado por mim há algum tempo. Rantas, Malagueta e rapazes do Merdex: acho que está na hora de criar um blog só sobre futebol. Onde nada mais entre. Futebol puro e duro. E guardamos os outros blogs para coisas menos...hum...esféricas? Quem aceita o repto?
sábado, novembro 26, 2005
25 de Novembro: data histórica
1-0 Valerij Karpin (16)
2-0 Claude Makalele (29)
3-0 Mario Turdo (39)
4-0 Juanfran Garcia (43)
5-0 Turdo (50)
6-0 Karpin (53)
7-0 Alexander Mostovoi (62)
Obrigado, Bulhão Pato, por teres recordado esta efeméride. Ainda não sei fazer isto como deve ser, então aí vai o link, mesmo feioso, porque é destas leituras que se constrói carácter.
http://maosaoar.blogspot.com/2005/11/o-coro-dos-ranhosos.html
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Hoje é Sábado
Ignoro a globalização e o efeito de estufa, não me interessa toda essa lufa-lufa.
Hoje é Sábado, é um dia bom, amanhã é Domingo, também não é mau.
sexta-feira, novembro 25, 2005
Fado Tropical
Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo...(além da sífilis, é claro)*
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
Com avencas na caatinga
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata
Arrebato um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas o meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa..."
Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
Que corre Trás-os-Montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial
Chico Buarque - Ruy Guerra/1972-1973
Para a peça Calabarr de Chico Buarque e Ruy Guerra
quinta-feira, novembro 24, 2005
Serra Gaúcha
Não tem samba, não tem praia, não tem sol, mas é Brasil. A Serra Gaúcha, no coração do estado do Rio Grande do Sul, é uma infinitude de verde esperança, altivas araucárias (espécie de árvore autóctone), água solta em cachoeiras, canyons imponentes, natureza pura e liberdade.
Das rodas do chimarrão desprende-se um espírito peculiar, muito próprio. Há um Brasil assim, diferente e igualmente lindo.
O tempo que dura uma viagem é sempre curto. Não cabe nele o que fica por descobrir. Mas guarda-se a esperança do regresso incerto que permita percorrer trilhos agora anunciados.
As memórias fotográficas são limitadas. Por detrás das fotos, os irrepetíveis dias passados. E a extraordinária aventura gaúcha, que fica muito para lá de qualquer fotografia. Memorável.
Merdex
quarta-feira, novembro 23, 2005
terça-feira, novembro 22, 2005
Os vampiros
Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Zeca Afonso, Os Vampiros
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segunda-feira, novembro 21, 2005
A bem da Nação!
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Grande Encontro
"Grande Encontro" era o nome do primeiro programa tipo "Domingo Desportivo" de que eu me lembro. Era apresentado por Mário Zambujal e começava com um magnífico solo de bateria ("Montana", Frank Zappa, se não estou em erro).
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sábado, novembro 19, 2005
O Fiel Inimigo
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sexta-feira, novembro 18, 2005
Quebras de rotina
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As desculpas da gerência
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E de repente, era o verde...
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quarta-feira, novembro 16, 2005
Estes Brasileiros são doidos!
Onde o rico fica cada vez mais rico E o pobre cada vez mais pobre
E o motivo todo mundo já conhece É que o de cima sobe e o de baixo desce
Mas eu só quero Educar meus filhos Tornar-me um cidadão Com muita dignidade
Eu quero viver bem Quero me alimentar
Com a grana que eu ganho Não dá nem pra melar
E o motivo todo mundo já conhece É que o de cima sobe e o de baixo desce
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terça-feira, novembro 15, 2005
Nómada II
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segunda-feira, novembro 14, 2005
Don't cry for me...
Pancadaria
Há aperitivos melhores
Ainda não li (nem nunca tinha ouvido falar dele) esse "livro fabuloso" de que falas, "Nómada".
Nómada
Esta pita que está aqui ao lado chama-se Joana Cabral, ainda nem tem 30 anos e escreveu um livro fabuloso, "Nómada", editado há mais de um ano na Oficina do Livro.
.«Foda-se, tenho que sair daqui; foda-se, tenho mesmo que ir embora.
Puseram-me fora daquela merda, acharam que eu tinha bebido demais, cabrões, agarraram-me pelos ombros e atiraram-me com os ossos para o meio da rua. Eu não tava a fazer nada, só a falar com aquela gorda das mamas grandes (...)»
Este livro é muito bom, a escritora merece (não a conheço, mas quem escreve como ela, sem dramas, sem merdas, merece tudo de bom), leiam-no.
E depois digam-me se eu não tinha razão :-)
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Avé Maria
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