segunda-feira, novembro 14, 2005

Nómada


Esta pita que está aqui ao lado chama-se Joana Cabral, ainda nem tem 30 anos e escreveu um livro fabuloso, "Nómada", editado há mais de um ano na Oficina do Livro.
Não se deixem enganar pelo ar de beta de Cascais. O seu livro é tudo menos "literatura light". Foi das boas surpresas que tive ao comprar livros no ano passado. Um excerto para aguçar o apetite, logo das primeiras linhas:

«Foda-se, tenho que sair daqui; foda-se, tenho mesmo que ir embora.
Puseram-me fora daquela merda, acharam que eu tinha bebido demais, cabrões, agarraram-me pelos ombros e atiraram-me com os ossos para o meio da rua. Eu não tava a fazer nada, só a falar com aquela gorda das mamas grandes (...)»
.

Não é o melhor que pode acontecer às 6 da manhã à saída de uma discoteca, convenhamos. Isto é só o início de ... bom, eu não me vou meter por aqui, tudo o que eu poderia aqui escrever sobre o livro far-me-ia lembrar o comentário de alguém do Gato Fedorento (julgo que o RAP) sobre os escritores de badanas e eu não estou para isso.
Este livro é muito bom, a escritora merece (não a conheço, mas quem escreve como ela, sem dramas, sem merdas, merece tudo de bom), leiam-no.
E depois digam-me se eu não tinha razão :-)

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5 ComentÁrios:

Anonymous Anónimo disse...

Podias-me emprestar o livro :)

17 novembro, 2005 13:47  
Anonymous Anónimo disse...

Li. Gostei. Lê-se de um trago!Viajei de Lisboa até Tarifa com a personagem revisitando os locais por onde ela passa sem deixar de sentir que o livro é uma crítica a um estilo de vida fútil e procurado ingénuamente por muitos.

22 novembro, 2005 11:06  
Anonymous Anónimo disse...

eu comexei a ler o livro e n conxegui parar...li u em 2 horas...e um livro exlente...aconselho a ler...fikem bm

03 junho, 2007 20:48  
Anonymous Anónimo disse...

Ao contrário dos restantes e da autora do blog, o pouco que ainda li do livro...parece-me que a autora mais não é que uma "beta" de cascais ou "pseudo", que mostra a sua visão: pequenina, provinciana, preconceituosa e pouco imaginativa. Que mais não faz que julgar superficialmente aqueles que a rodeiam. Acho piada como querem sempre fugir para o litoral alentejano (que vulgar em 2004 quanto mais agora), nunca têm vontade de conhecer o alentejo ou algrave profundo, ou o ribatejo ou trás-montes. Mas ainda posso mudar de ideias, também eu posso estar a fazer juizos de valor errados.

10 agosto, 2008 04:16  
Blogger Sete-Luas disse...

Discordo. Este livro não é mais do que justamente isso: uma literatura light!

Lê-se num ápice, tamanha é a fluidez da escrita, mas está muito longe de ser um best-seller. Mais, em muitos aspectos, lembra-me o livro Ricos, Bonitos e Loucos de Manuel Arouca: a temática é exactamente a mesma, com a diferença de que este foi escrito em 1989 e o Nómada em 2004.

Por favor, com tantos livros bons por aí, é um crime dizerem (como já li) que este é o melhor que já leram.

10 agosto, 2008 15:49  

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