O "Papa" do futebol foi acusado de corrupção. Em causa está o jogo FC Porto - E. Amadora, de 2004, jogo esse onde pessoas afectas ao FCP andaram a "distribuir fruta" pela equipa de arbitragem.
A acusação era inevitável. Seja Pinto da Costa culpado ou inocente, é fundamental um julgamento isento e imparcial - para puni-lo ou para acabar com os rumores e com as suspeitas.
É, pois, um bom sinal, esta acusação. Um sinal de clarificação, que se pretende definitivo e conclusivo - ou seja, que não seja absolvido por artimanhas processuais, como por exemplo não se poderem utilizar as escutas.
Difícil será afastar as paixões clubísticas deste julgamento. Um exemplo, vindo do
Mar Salgado - VLX faz comentários perfeitamente descabidos e descabelados - vejamos:
Critica o facto de Maria José Morgado investigar a corrupção no futebol "como se nada mais houvesse de importante a tratar". Temos portanto aqui um seguidor da famosa tese barrosista "enquanto houver uma criança com fome (ou listas de espera nos hospitais, já não me recordo), não iremos contruir o aeroporto. Não se arranjava um argumento melhorzinho que este? VLX acha então que não se deveria investigar?
VLX continua: O jogo realizou-se "entre um clube do fundo da tabela e outro que ganhou por dois golos de diferença e que, na altura, já estava em primeiro lugar na classificação, com vários pontos de avanço (e, recorde-se também, era o detentor do título de campeão nacional, da taça de Portugal e da taça da UEFA; e viria a ser nesse mesmo ano também campeão nacional e da Liga de Campeões, e vencedor do Campeonato do Mundo de Clubes, com uma ou duas Supertaças pelo meio)". O que é que isto tem a ver com este assunto? Este argumento retira credibilidade à acusação ou, pelo contrário, leva-nos a pensar que, se mesmo quando nada o justificava, dada a diferença abismal entre as duas equipas, eles ofereciam fruta e café com leite aos árbitros, o que seriam capazes de fazer quando a diferença não fosse tão evidente?
Que o julgamento seja breve, castigue os culpados e isente os inocentes de qualquer suspeita, eis o meu voto. Mas sem malabarismos rebuscados destes, por favor. O portismo não deveria toldar o discernimento de uma pessoa desta maneira.
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