Sem palavras, mau demais
«Eleições intercalares em LisboaFernando Negrão mete os pés pelas mãos em entrevista e confunde EPUL com Ippar e com EPAL
25.06.2007 - 20h04 Ana Henriques
O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão, enredou-se hoje numa série de equívocos pouco abonatórios do seu conhecimento da autarquia.
Numa entrevista ao Rádio Clube Português, Negrão começou por defender a extinção do Instituto do Património Arquitectónico(ex-Ippar, actual Igespar) por este organismo ter deixado de construir habitação para os segmentos mais carenciados da população para acabar por declarar que a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) “é, como todos sabemos, a empresa de abastecimento de água de Lisboa”. Contactado pelo PÚBLICO, o candidato explicou que tem “dificuldade em lidar com as siglas”, problema que “se acentuou” com “a pesada estrutura da Câmara de Lisboa”. De agora em diante, tenciona recorrer a um truque: “Vou começar a dizer o nome das instituições por extenso”, para evitar enganos.
Durante a entrevista, o candidato acabou por lançar suspeitas sobre o instituto que tem por missão defender os monumentos nacionais e outros imóveis de reconhecido valor, o antigo Ippar: “Se está no mercado a fazer concorrência directa aos construtores civis e aos promotores imobiliários não tem qualquer razão para existir. Ou regressa à sua vocação inicial, dar habitação a segmentos [da população] sem capacidade económica, ou extingue-se”. Mesmo depois de o jornalista João Adelino Faria lhe ter chamado a atenção para o engano, Fernando Negrão continuou baralhado: “Eu estava a falar do Ippar, não da EPUL. Queria falar da EPUL”. E, logo a seguir: “A extinção que admito é a do Ippar”. E quando por fim entrou no tema EPUL foi para se alongar sobre os desperdícios de água na cidade, confundindo desta vez a empresa com a EPAL.»
in Publico (ver aqui)
Não conhecia esta costela soarista de Fernando Negrão. Creio que nos esperam alguns anos engraçados em Lisboa, sempre que perguntarem a este futuro vereador algo sobre a cidade.
Etiquetas: Jornalismo, Políticas, Rantas
5 ComentÁrios:
Isto remete-nos para a discussao sobre os independentes: candidatos como este artista só conseguem ter hipoteses de ser eleitos quando apoiados pelo sistema partidário. Como independente nao teria qualquer hipotese, estaria ao nivel de rapaziada como o Goncalo ou o outro rapaz do PNR.
É este o contributo que hoje os partidos estao a dar à sociedade. Eu nao sou contra os partidos, sou contra estes partidos.
é uma conta fácil de fazer... aaah... ora 4 vezes... ahhh... noves foraaa... é só pegar numa máquina de calcular...
Olha o varanda! Há quanto tempo, pá!
e ainda não estou na casa nova...
Ele conseguiu enganar-se todas as vezes que precisava de uma sigla...
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