segunda-feira, outubro 30, 2006

Vão trabalhar, malandros!


Através do Maradona e do Herdeiro de Aécio, tomei conhecimento desta pérola. Um tal de João Fiadeiro - um verdadeiro artista - afirma o seguinte: «Será que é tão difícil de aceitar que a grande maioria dos agentes culturais que dependem de subsídios, só os pedem por acreditarem que os espectadores merecem ter acesso a um tipo de teatro, de dança ou de cinema que, sem esses subsídios, pura e simplesmente não existiriam? E sim, não existiriam porque não há público suficiente para este tipo de espectáculo. E qual é a surpresa? É claro que não há público! Ele tem de ser criado, estimulado, formado, e isso leva tempo e a responsabilidade está longe de ser só dos artistas.»
Como diz - e diz muito bem - o maradona (e reproduzo-o aqui antes que ele apague o post dele, espero que ele não se irrite!), «Um gajo abre um restaurante, ninguém almoça lá, fecha. Um gajo escreve um livro, nenhuma editora acha que pode fazer lucro com aquilo, o livro não se publica. Um gajo faz teatro, ou uma dança, ou uma música com violinos em vez de guitarra eléctrica, ninguém paga para assistir àquilo, então é preciso formar os públicos.»

A bojarda deste Fiadeiro - decerto um grande artista - ilustra perfeitamente a arrogância imbecil destes subsídio-dependentes, destes chupistas, chulos, egocêntricos e onanistas culturais, que julgam que as suas punhetagens - que ninguém tem saco para aturar! - merecem o alto patrocínio do Estado português, porque é Cultura, é chique e fica bem.

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