sábado, abril 14, 2007

Imagem chocante

quinta-feira, abril 12, 2007

É o choque tecnológico, estúpido!

Na entrevista de ontem, Sócrates rosnou à "blogosfera"...

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Presunção de inocência

Saber se Sócrates fez alguma coisa para beneficiar da obtenção de uma licenciatura "simplificada" não é uma questão menor. É uma questão de saber do carácter de quem nos governa.
Algumas das suspeitas levantadas nas últimas semanas foram suficientemente pertinentes para merecer explicações de Sócrates.
Na entrevista, o primeiro ministro fez por justificar a presunção de inocência. Sócrates escolheu, para terminar a licenciatura, uma universidade de merda. Esse é o seu "pecado capital", que muitos procuram explorar e não perdoar.
Muitos dos que põem agora em causa o percurso académico do primeiro ministro obtiveram uma licenciatura que beneficiou de passagens administrativas. Vamos questionar todas essas licenciaturas agora, reabrir e investigar todos os dossiers, ou percebemos que foi um "ar do tempo" em que não há necessariamente culpados?
José Alberto Carvalho e Maria Flor Pedroso não aguentaram a pressão. Estiveram, ao longo da entrevista, desconfortáveis, tensos, crispados. Sobre a licenciatura de Sócrates, não exploraram alguns dos aspectos mais nebulosos.
A saber: uma das cadeiras não foi dada pelo regente, mas sim directamente pelo reitor. Porquê?
As outras quatro cadeiras foram todas dadas por um mesmo professor. É normal, faz sentido?
Alguns dos colegas de turma de Sócrates disseram que não se lembram de o ver nas aulas nem nos exames.
Estas questões ou não surgiram, ou esgotaram-se em explicações insuficientes.
Sócrates diz que se vê na incrível posição de ter de refutar acusações que ninguém é capaz de provar. Mas vamos lá a ver: são conhecidos e, infelizmente, recorrentes, os casos de alegados médicos ou advogados, por exemplo, que exercem a profissão até ao dia em que alguém põe em causa as suas habilitações académicas. Cabe-lhes fazer prova de que possuem o "canudo", não é? Porque há-de o primeiro ministro ser diferente?
AInda assim, penso que Sócrates fez ontem por merecer a presunção de inocência. Obteve a licenciatura numa universidade duvidosa, o que certamente lhe terá dado jeito, e é por isso detentor de certificados e diplomas cuja autenticidade ainda ninguém pôs em causa. Ou questionamos todas as licenciaturas até hoje concedidadas pela Universidade Independente e quejandas, ou esta questão se arrasta penosamente, com efeitos nefastos para o País.
Após a entrevista de ontem, quem tiver provas de que Sócrates obteve favores, avance. Quem não tiver, cale-se. A suspeição deve ceder à presunção de inocência. Sócrates sai, necessariamente, fragilizado, mas espero que recupere, porque isto é menos mau com ele do que sem ele. As alternativas são sinistras.
A declaração de Marques Mendes foi patética. Diria o que disse, independentemente das explicações de Sócrates. São assim, os abutres.
PS: É extraordinário este país, em que um doutor ou engenheiro usado como nome próprio vale mais respeito do que qualquer demonstração de competência. Rais'ta parta esta bimbalhice.

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quarta-feira, abril 11, 2007

A grande cabala jornalística

Ontem, assisti na SIC Notícias a um debate que, com certeza, faz parte de uma grande cabala que tem por fim último apresentar o primeiro-ministro José Sócrates como... grande vítima de uma estratégia maquiavélica.
Porquê?, perguntam vocês. Ora, é muito óbvio. O debate foi promovido, dias a fio, com o nome "O silêncio de Sócrates".
O que é que vos vem à cabeça, assim de repente, perante a frase "O silêncio de Sócrates"?
Vá lá, não custa nada. Exactamente. Isso mesmo! "O silêncio dos inocentes".
E aí está como, por livre associação de ideias, "Sócrates" substitui "inocentes", ficando esse nexo latente no nosso subconsciente: Sócrates, inocentes, Sócrates, inocentes...
Engenhoso, não é? Ai, engenhoso não, que ainda é confundido com engenheiro.
Teorias da conspiração, cada um forma as que quer.

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terça-feira, abril 10, 2007

Jornalismo irresponsável

Na capa do caderno de economia da última edição do Expresso, uma das manchetes era: "Facturas no último dia do ano salvam resultados da TAP ". Depois, em desenvolvimento, lê-se que a TAP facturou à Grounforce 8 milhões de euros no último dia de 2006, o que terá permitido à transportadora aérea apresentar lucros de 7,3 milhões de euros no exercício de 2006.
Lê-se ainda que a Groundforce contesta essas facturas e que se recusa a pagar, o que teria como consequência a revisão dos resultados da TAP em baixa, passando a apresentar prejuízos de 0,7 milhões de euros em 2006.
"Vigaristas, estes gestores brasileiros da TAP", pensei eu quando li o Expresso. "Aparecem como sendo a última maravilha da gestão, mas afinal são é uns habilidosos malabaristas...", terei acrescentado para com os meus botões.
Afinal, a notícia do Expresso, ou pelo menos o título garrafal escolhido, parece desprovido de qualquer fundamento. Quem não deve ter achado nenhuma graça foram os gestores da TAP, os trabalhadores da empresa, o accionista (Estado), fornecedores, etc...
Os jornalistas que assinam a peça do Expresso, a direcção do jornal e os editores responsáveis deviam ter vergonha. E pedir desculpa. Assim se perde a credibilidade.

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segunda-feira, abril 09, 2007

As minhas férias

Hoje regressei ao trabalho, depois de uma semana e meia no laró.
Estive uma semana na Ilha do Sal, em Cabo Verde, com o puto e com uma sobrinha. Sol, praia, areia, piscina, o costume.
Quando voltei a Lisboa, empandeirei o crianço para casa dos avós, estendendo assim as minhas férias a um nível de qualidade quase estratosférico - 3 dias sem o pequeno gnomo! Acordar tarde, poder almoçar e jantar em restaurantes mesmo que não tivessem bife com batatas fritas, ver filmes, ler livros, navegar na internet.
Agora só não tenho a certeza de que parte das férias me soube melhor...

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Concurso RdM - Piores Capas de Disco (16)

Ainda os Regurgitate (há grupos que são uma mina, quando se trata de pesquisar as piores capas de disco).
Veja-se o desvelo com que esta senhora pega naquilo, simbolizando o amor maternal no matter what, que resiste a todas as cagadas que os seus filhos façam. Mesmo que eles não passem de um intestino grosso imenso, amor de mãe resiste a tudo, é incondicional.
É bonito assistir a estas metáforas visuais, que encerram um significado perene e eterno. As florzinhas na parede completam o quadro idílico.
O amor e o carinho que a malta dos Regurgitate investem nas capas dos seus discos enternece qualquer um. Continua a não ser suficiente, no entanto, para me atrever a ouvir alguma das músicas encerradas naquele intestino grosso. Apesar do seu aspecto lavadinho, dá ideia que a música será muito pouco higiénica.

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Batalha de La Lys, 1918

Faz hoje 89 anos sobre o maior desastre militar português desde Alcácer-Quibir (1578).

Após a Revolução de 1917, a nova Rússia soviética assinou o Tratado de Brest-Litovsk com Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária e Turquia (3 de Março de 1918).

Esse tratado permitiu que o exército alemão conseguisse transferir várias divisões para a Frente Ocidental. Depois da entrada dos Estados Unidos na Guerra, a Alemanha lutava contra o tempo. Ou conseguia um armísticio através de uma vitória militar indiscutível e rápida (conquistando Paris), ou faria face a uma derrota humilhante.

Do nosso lado, o CEP - Corpo Expedicionário Português - deparava-se com dificuldades extremas.

Depois da Revolução de Dezembro de 1917 (Sidónio Pais), agravaram-se mais ainda as condições em que os soldados viviam - sem rendição, sem uniformes, praticamente sem comida.
Major Sidónio Pais

O sector guarnecido pelos Portugueses era talvez o pior da zona, em termos de salubridade. Humidade, lama e ratazanas conviviam com soldados famintos, que se sentiam abandonados pelos seus oficiais e pelo seu País.


Dos 20.000 soldados que compunham o CEP, cerca de 15.000 encontravam-se nas linhas da Frente, comandados pelo General Gomes da Costa. No dia 8 de Abril de 1918, as tropas finalmente ouviram a notícia pela qual tanto ansiavam - no dia seguinte iriam ser transferidas para as linhas da rectaguarda.


Generais Tamagnini, Hacking e Gomes da Costa


Na madrugada do dia 9 de Abril, uma ofensiva decidida por Erich von Lüdendorff levou 50.000 alemães sobre as trincheiras portuguesas, com efeitos desastrosos - 7.500 baixas do lado português!

Erich von Lüdendorff



O romance "A Filha do Capitão", de José Rodrigues dos Santos, permite entender em que condições as tropas portuguesas (sobre)viviam nas trincheiras. É um livro importante para quem tem interesse por esta época, pela I Guerra Mundial e pela participação portuguesa.

Rodrigues dos Santos fez (como faz sempre, aliás!) um apuradíssimo trabalho de investigação para nos dar um retrato fiel dos primeiros anos do século XX, das sociedades portuguesa e francesa e do horror da guerra.

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domingo, abril 08, 2007

Domingo de Páscoa e a paixão de Cristo

Milo Manara

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Produtividade e capacitação profissional

A baixa produtividade e a deficiente (e insuficiente...) formação profissional são dois dos factores que mais afectam negativamente a economia portuguesa.

Nas minhas idas recentes à Loja do Cidadão tenho-me apercebido amargamente dessa realidade. As coisas passam-se assim - alguns serviços (Governo Civil, Arquivo de Identificação, etc.) estão constantemente cheios de utentes, que perdem horas à espera de serem atendidos. Outros serviços (EPAL, etc.) são guarnecidos por funcionários que tentam preencher o tédio dos seus dias vazios olhando para as filas, trocando piadas e lendo o jornal.

Existem aqui dois tipos de improdutividade - o dos utentes e o dos funcionários de alguns serviços.

Considerando que o trabalho em cada um dos postos de atendimento não é muito complexo, será tão difícil assim reforçar os serviços mais acedidos com os funcionários dos serviços menos utilizados? Enfim, concedo que cada área terá as suas especificidades, os seus segredos, as suas complicaçõezinhas. Mas os casos difíceis não excederão 10% do total, julgo eu, que poderão ser encaminhados pelos "especialistas". Providenciar formação transversal aos funcionários da Loja do Cidadão resolveria o problema dos dois tipos de improdutividade, melhoraria a qualificação profissional dos funcionários e racionalizaria os serviços. Simples, não? Não sairia ninguém a perder, todos os envolvidos ganhariam. O que levaria, naturalmente, os sindicatos a oporem-se a esta iniciativa... por isso é tão difícil mudar, por vezes.

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quinta-feira, abril 05, 2007

Uma Monica Bellucci por dia...


O Nelson notou bem, num comentário à anterior entrada "Uma Monica...", que estávamos a repetir uma fotografia já publicada. O freguês tem sempre razão e o Nelson quase sempre. Neste caso, tem razão. O Nélson tem razão. Neste caso. Para corrigir a asneira e repor os elevados padrões de qualidade e exigência deste blogue, substituí a anterior foto por uma outra e deixo-vos mais esta da sempre vossa Monica.

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Coelhinha de Páscoa

Com votos de muitas amêndoas.

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Boa Páscoa!


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quarta-feira, abril 04, 2007

Engenharias

Para avaliar o desempenho de Sócrates como primeiro ministro, pouco me interessa se ele é, ou não, licenciado.
Neste país reverencial de doutores & engenheiros, um título académico era, até há bem pouco tempo, sinónimo de status social e sapiência. Errado.
Nos bancos da faculdade, convivi com muitos calhaus com olhos, cujo mérito fundamental consistia em decorar e debitar nos exames, ipsis verbis, sebentas e manuais.
A frequência de um curso superior tem, obviamente, virtudes. A maior das quais é a criação de hábitos de disciplina, trabalho e estudo. Mas uma licenciatura não faz pessoas mais inteligentes. Com isto, quero dizer que Sócrates não é mais ou menos inteligente, mais ou menos competente, por ser (ou não) licenciado.
A nebulosa em que se deixou envolver em relação à obtenção do seu grau académico, no entanto, ensombra a avaliação que podemos fazer do seu carácter e rectidão.
Convenhamos que se afigura algo estranho que Sócrates tenha obtido o grau de licenciado após ter feito três cadeiras de engenharia civil em que foi aprovado por um mesmo professor e mais uma (inglês técnico?) em que a aprovação foi dada por alguém que não era nem regente, nem sequer professor dessa cadeira. Também é estranho que o procedimento administrativo que conferiu a Sócrates a licenciatura tenha sido efectuado a um Domingo. A tudo isto, acresce ainda o facto de a Independente ser uma universidade muito, muito manhosa.
Sócrates beneficiará da presunção de inocência, mas não pode assobiar para o ar como se isto fosse uma questão menor.
Ser ou não licenciado não faz dele um melhor ou pior primeiro ministro. Mas se a licenciatura foi obtida por via anómala, isso faz dele uma pessoa menos honesta. E isso é mau.
A técnica de "chutar para canto" tem resultado em muitas questões, contribuindo para eternizar o "estado de graça" do primeiro ministro. Mas, nesta questão, não dá. Os holofotes incidem exclusivamente sobre Sócrates. Não há como fugir ou empurrar o esclarecimento da questão para um qualquer ministro ou para a manhosa "instituição de ensino" (!?!). Venham daí os esclarecimentos cabais.

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domingo, abril 01, 2007

Uma Monica Bellucci por dia...



Mãe querida, mãe querida!

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