Produtividade e capacitação profissional
A baixa produtividade e a deficiente (e insuficiente...) formação profissional são dois dos factores que mais afectam negativamente a economia portuguesa.
Nas minhas idas recentes à Loja do Cidadão tenho-me apercebido amargamente dessa realidade. As coisas passam-se assim - alguns serviços (Governo Civil, Arquivo de Identificação, etc.) estão constantemente cheios de utentes, que perdem horas à espera de serem atendidos. Outros serviços (EPAL, etc.) são guarnecidos por funcionários que tentam preencher o tédio dos seus dias vazios olhando para as filas, trocando piadas e lendo o jornal.
Existem aqui dois tipos de improdutividade - o dos utentes e o dos funcionários de alguns serviços.
Considerando que o trabalho em cada um dos postos de atendimento não é muito complexo, será tão difícil assim reforçar os serviços mais acedidos com os funcionários dos serviços menos utilizados? Enfim, concedo que cada área terá as suas especificidades, os seus segredos, as suas complicaçõezinhas. Mas os casos difíceis não excederão 10% do total, julgo eu, que poderão ser encaminhados pelos "especialistas". Providenciar formação transversal aos funcionários da Loja do Cidadão resolveria o problema dos dois tipos de improdutividade, melhoraria a qualificação profissional dos funcionários e racionalizaria os serviços. Simples, não? Não sairia ninguém a perder, todos os envolvidos ganhariam. O que levaria, naturalmente, os sindicatos a oporem-se a esta iniciativa... por isso é tão difícil mudar, por vezes.
Etiquetas: Coisas sérias, Rantas, Tretas
1 ComentÁrios:
Este gajo deve pensar que é consultor....
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