Jornalismo irresponsável
Na capa do caderno de economia da última edição do Expresso, uma das manchetes era: "Facturas no último dia do ano salvam resultados da TAP ". Depois, em desenvolvimento, lê-se que a TAP facturou à Grounforce 8 milhões de euros no último dia de 2006, o que terá permitido à transportadora aérea apresentar lucros de 7,3 milhões de euros no exercício de 2006.
Lê-se ainda que a Groundforce contesta essas facturas e que se recusa a pagar, o que teria como consequência a revisão dos resultados da TAP em baixa, passando a apresentar prejuízos de 0,7 milhões de euros em 2006.
"Vigaristas, estes gestores brasileiros da TAP", pensei eu quando li o Expresso. "Aparecem como sendo a última maravilha da gestão, mas afinal são é uns habilidosos malabaristas...", terei acrescentado para com os meus botões.
Qual não foi o meu espanto quando hoje, no Diário Económico, li "Facturas da Groundforce sem impacto nos resultados da TAP (...) o valor a encaixar não foi incluído nos resultados apresentados por Fernando Pinto para 2006."
Afinal, a notícia do Expresso, ou pelo menos o título garrafal escolhido, parece desprovido de qualquer fundamento. Quem não deve ter achado nenhuma graça foram os gestores da TAP, os trabalhadores da empresa, o accionista (Estado), fornecedores, etc...
Os jornalistas que assinam a peça do Expresso, a direcção do jornal e os editores responsáveis deviam ter vergonha. E pedir desculpa. Assim se perde a credibilidade.
Etiquetas: Coisas sérias, El Ranys, Jornalismo
1 ComentÁrios:
Totalmente de acordo. Há notícias que cheiram de longe a encomendas, especialmente no "jornalismo" económico.
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