quinta-feira, junho 22, 2006

Palhaçada

Vocês sabem a última do Samora Machel? E dos alentejanos? E das loiras?
Em cada época, há um alvo para aquelas anedotas habitualmente parvinhas, que precisam de um estereótipo para se tornarem pretensamente mais credíveis (?). No Brasil são os portugueses, por exemplo.
Estamos a passar por um momento em que a Justiça, fundamento básico de um estado de direito e de um país "sério", se pode vir a tornar o próximo alvo de anedotas.
Sabem aquela em que 700 alunos do 12º ano, em Guimarães, foram subitamente acometidos de uma crise de stress, de modo a poderem fazer os exames mais tarde do que os seus colegas do resto do país? A Justiça não conseguiu responsabilizar nem um aluno nem um médico. Nem um.
E aquela em que tanto o médico como o hospital foram ilibados de ter sido deixada uma compressa dentro do ombro de um doente?
E a do Envelope 9, em que um segredo de justiça é escarrapachado nos jornais e ninguém da Justiça tem culpa?
E a do Apito Dourado? E a da Casa Pia? Tantos casos, tantos... tantas anedotas...
Se a Justiça deixa de funcionar, vale tudo. Ou, por outras palavras, nada vale. E os sinais repetidos de incompetência, de ignorância, de excesso e/ou falta de zelo, são verdadeiramente preocupantes. E do lado dos magistrados, principais actores do sector, só se assiste a uma luta corporativa, de defesa dos privilégios, e não de crítica (construtiva) destas decisões anedóticas, que só descredibilizam a Justiça...
Não é preciso estudar Direito durante tantos anos para saber que estas decisões estão profundamente erradas. O que acontece a quem toma decisões judiciais estúpidas, alguém me sabe dizer?

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1 ComentÁrios:

Blogger Varanda disse...

África, my friend, África...

22 junho, 2006 13:58  

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