Visões de Portugal

Ontem fui cortar o cabelo, no lugar do costume. Como é hábito, pedi a Visão para folhear enquanto o barbeiro fazia o seu trabalho. Como já tinha lido a coluna do Ricardo Araújo Pereira (fabulosa, como sempre), vagueei pelas páginas sem rumo definido.

Cheguei à reportagem que foi tema da capa - a opinião de emigrantes portugueses de sucesso sobre Portugal, oportunidades de investimento, etc. Achei o artigo muito interessante.

O que diziam os senhores sobre Portugal?

Os que emigraram para os EUA e Austrália queixavam-se de duas coisas: burocracia asfixiante, leis laborais muito rígidas.

Um senhor que fez fortuna no Brasil queixou-se das leis laborais. Quanto à burocracia, nem por isso - lá, é pior.

De França, um outro senhor tinha uma outra visão ainda: burocracia exasperante mas leis laborais mais flexíveis que no seu país de acolhimento.

É curiosa, esta análise que a Visão conseguiu fazer. Realmente, as coisas nem sempre são o que parecem. Aquilo em que todos, ou quase, disseram, foi que deveria ser criado um serviço que agilizasse e simplificasse todos os contactos entre a Administração Pública portuguesa e os investidores no nosso país. Parece-me uma coisa simples. Simplex?

Cow Parade - Tourada, 1973

Cow Parade - A Vaca do Dia 10

História da Alemanha com uma bola

Através de A Causa Foi Modificada, um texto fabuloso: The dutiful game, de Simon Kuper, publicado no Financial Times. A história da Alemanha vista pelo futebol e pela sua selecção nacional. As derrotas com Hitler, os envios para a frente russa, a vitória marcante em 1954, as referências militaristas, o estilo lutador dos jogadores, as vitórias no último minuto, o orgulho futebolístico da Alemanha do Leste, a reunificação alemã, o hino, o colapso actual (22º do ranking mundial). Entre 1937 e 1978, dois seleccionadores!

O País do Futebol

Curioso. Não me lembro de Jorge Amado escrever sobre futebol...

Quando fui para o Brasil (7 meses em Salvador, 14 meses em S. Paulo), estava preparado para assistir a manifestações extraordinárias de dedicação ao desporto-rei. Confesso que não me apercebi que os brasileiros gostassem mais de bola do que os portugueses. Não por gostarem pouco, mas porque por cá a doença também ataca forte.

Pois é, não me apercebi disso. Mas a semana passada aconteceu algo que me fez questionar isso. Marcola está preso há uns anos. Aparentemente, foi o organizador da semana de tumultos que assolou S. Paulo, onde morreram cerca de 300 pessoas (!).

Marcola foi chamado a sentar-se na mesa de negociações. Quando olhou para a ementa (pizza), negou-se a discutir mais enquanto não lhe trouxessem uma picanha. E trouxeram. O resultado das negociações, o acordo que trouxe a paz, foi a instalação de televisões nas penitenciárias.

A guerra civil só terminou de facto quando puseram uma televisão, écran LCD, não-sei-quantas polegadas, na cela de Marcola. Só podem retirar quando o Mundial 2006 terminar. OK, agora reconheço - os portugueses são loucos por futebol, mas os brasileiros ainda o são mais.

O País dos Acarajés

O primeiro livro de Jorge Amado que li tinha 3 contos - "O País do Carnaval", "Cacau" e "Suor". São retratos multi-facetados do que era o Brasil - desde a alegria louca que atacava todas as classes sociais cariocas até à miséria dos que viviam sem condições, passando pelos assalariados rurais do Nordeste.

As imagens mentais que criei do Brasil devem-se essencialmente a livros de Jorge Amado. "Gabriela, Cravo e Canela", "Terras do Sem Fim", "Os Capitães da Areia", entre outros, contribuiram para que eu ficasse cheio de vontade de conhecer a Baía. Acabei por trabalhar lá uns 7 meses, em Salvador, e a magia foi-se. O cheiro dos acarajés fica melhor em livro do que ao vivo.

20 anos de SIDA

Cow Parade - A Vaca do Dia 9

28 de Maio, 80 anos atrás

No dia 28 de Maio de 1926, o General Gomes da Costa saiu de Braga à frente de uma coluna militar, iniciando uma revolução à qual cedo se juntaram tropas de Porto, Lisboa, Évora, Coimbra e Santarém. A 6 de Junho desse mesmo ano, desfila na Avenida da Liberdade, em Lisboa, com 15 mil homens.


No período posterior à implantação da República, em 1910, viveram-se anos de instabilidade, agravada com o pós-guerra. Entre 1920 e 1926, houve 23 governos. O primeiro líder após a revolução do 28 de Maio foi Mendes Cabeçadas, derrubado pelo mesmo Gomes da Costa em 17 de Junho de 1926. Este seria substituído por Óscar Carmona noutro golpe militar, em 9 de Julho do mesmo ano. Tempos divertidos, esses...

Seriam necessários 48 anos para que uma outra revolução (também iniciada pelos militares) tivesse sucesso na implantação de um novo regime.

Concurso RdM - As Piores Capas de Disco Primeira Votação

A 13 de Abril iniciei esta rubrica no RdM, com capas de disco risíveis, horríveis ou simplesmente sofríveis (desculpem lá, mas há pouco entrei por engano num blogue de poesia e ainda me estou a recuperar). Quando comecei, tinha meia-dúzia de capas. Entretanto, o espólio foi crescendo, estando agora mais bastante composto.

Optei por isso por fazer uma pequena pausa para proceder a uma selecção das primeiras 10, para prosseguir com o seguinte lote. Vou colocar então todas as capas aqui publicadas, juntamente com umas outras extra-concurso (Artur Gonçalves, apadrinhado pelo Ranys).

Fico à espera da vossa opinião.

1. Kevin Rowland, My beauty

2. Jim Post, I love my life

3. Mike Terry, Live

4. Richard & Willie, funky...

5. Tiny Tim, Christmas Album

6. Knorkator, The schlechtst of...

7. Tino, Por primera vez

8. ???, I'm jogging

9. Rulli Rendo, El toque...

10. Jean Falissard, Ça va

Fora de concurso:

Artur Gonçalves, Não passes mais com ele na Musgueira

Artur Gonçalves, Tira, mete e tira

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Aguardo então a vossa opinião. Em breve será publicada a segunda série de mais 10 capas - das piores alguma vez já produzidas!

Shakira

Depois de sair do Rock in Rio, ainda dei uma vista de olhos ao concerto da Shakira, na TV. Devo dizer que gosto muito da música dela e ouço-a desde os "Pés Descalços" ('96?). Na altura não era o sucesso à escala mundial que é hoje. Shakira era uma miúda colombiana, morena, pouco conhecida fora da América Latina. Hoje, Shakira é uma "griffe", como diria a outra. Loira, para conquistar o mercado americano (bimbalhões), que gosta de um estilo e tudo o que fuja a esse modelo não vence nesse mercado. Mas seria mesmo necessário que Shakira se tornasse uma cópia de Mariah Carey?

Rock in Rio

Ontem fui ao Rock in Rio. Não estava à espera de encontrar tanta gente no Parque da Bela Vista. Confesso que não sou assíduo em concertos - "no meu tempo" (que expressão terrível!) frequentei regularmente a Festa do Avante e fui a muitas 'Noites do Parque' da Queima das Fitas de Coimbra - e fiquei admirado com a enorme afluência do público.

Cheguei depois dos D'ZRT (obviamente!) e vi a portentosa Ivete Sangalo. Que espectáculo! Depois do show dela, fui à procura de uma cervejola, que o calor apertava.

Aqui começou o drama. Há barracas que vendem 7-Up, mas só 7-Up. Outras vendem Sumol - e mais nada. Cheguei a encontrar uma pista de gelo, barracas de gelados da Olá, "salões" de cabeleireiro (!), terminais de multibanco (excelente)... Enfim, vi dois sítios que vendiam cerveja, mas estavam tão cheios que não me consegui acercar do balcão.

A Queima das Fitas em Coimbra é organizada por estudantes (amadores, portanto) mas nunca se perde o acesso à cerveja! Receber 100.000 pessoas é uma enorme responsabilidade, não se pode esconder a cerveja!

Cow Parade - A Vaca do Dia 8

Isto hoje está de ananazes

Ando para aqui a matutar numa posta sobre agências de comunicação ou, como de facto parece ser mais correcto, sobre empresas de assessoria em comunicação. Porque, quando postar sobre isso, sei sobre o que estou a postar, ao contrário da maior parte das pessoas que se têm entretido com o assunto.

Mas sem ligação à net em casa (pois é, estou a fazer uma pausa no trabalho de sábado) tem sido difícil. E também não vai ser agora. Estou a trabalhar, não sei se já disse. E o dia, hoje, está de ananazes. Bom fim-de-semana.

Brincar aos cowboys e às vacas

La Famiglia

Acabei por encontrar um livro novo - o primeiro volume de uma obra a duas mãos, se é que se pode dizer isto desta forma. Uma associação entre Jodorowsky e Manara que resultou numa série sobre a Família - os Bórgia, pois então! César e Lucrécia, um par de irmãos temível. Ainda não li o livro, dei só uma vista de olhos. Gostei.

Pois claro que fico chateado!

Há dias passei pela FNAC, numa das romarias nocturnas a que o pequeno gremlin me tem obrigado para poder andar nos carrinhos do Colombo; só nas duas últimas semanas foram 4 idas! Encontrei um CD lúdico, com jogos do Noddy, que me levaram a pensar num outro modo de entretar o pequeno zorg em casa.

Chegados a casa, enfiei o disco no portátil e iniciei os procedimentos de instalação. Cedo cheguei à conclusão que se passava algo de estranho, uma vez que - ao escolher o directório onde iria instalar o jogo - os nomes dos folders apareciam truncados, com um máximo de 8 caracteres. Ao aceder ao ficheiro leia-me.txt, tudo se tornou claro: trata-se de um jogo com 8 anos que ainda fala em DOS!!!

Enfim, o ficheiro NODDY.EXE foi colocado no hiper-espaço, alguns dos jogos não funcionam, mas como o puto gosta mesmo muito do Noddy, isso não chateia muito.

Ainda o que me irrita mais é o facto do disco ser brasileiro e não português - apesar de não existir nenhuma indicação na capa com essa informação. E se isso me irrita não é pelo sotaque - é porque os nomes das personagens são todos os diferentes. A Teresa agora é Tessi, o Sr. Lei é o "Seu Firmino"... até o Rato Não-Sei-Quantos passou a ser o Camundongo Não-Sei-Das-Quantas!! Isto é grave - explicar uma porra destas a um puto de 3 anos que está na fase dos "porquês" não é fácil. Irra!

Os trabalhadores do privado que paguem a crise

"Os salários da administração pública portuguesa, que em 1995 estavam 20 por cento acima da média nacional, passaram, em 2003, a ser 50 por cento mais elevados. Os dados são apresentados no congresso que o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado promove, hoje e amanhã." in jornal "Público"

Cow Parade - A Vaca do Dia 7

10 000

O sitemeter registou hoje a visita 10 000 ao RdM.

Eram 11 horas 02 minutos 12 segundos quando, através de um servidor instalado em Baguim do Monte, no Porto, depois de uma busca no google com as palavras "video clips de francisco adam" nos chegou esta visita. Sinal dos tempos...

Fazendo alguma história, o RdM nasceu em Fevereiro de 2005 e o sitemeter só foi instalado meses depois, o que nos permite concluir, legitimamente, que o RdM já terá sido visitado por milhões de leitores em todo o mundo. Com a instalação do contador, temos a certeza dos 1o mil.

O Malagueta, um dos fundadores do blogue, prima pela ausência. Eu estou sem ligação doméstica à Internet. O Rantas tomou conta disto e tem aumentado, paulatinamente, as audiências. Ele é fotos indecorosas, vacas, escatologia infantil, novelas juvenis, vídeos tenebrosos, capas sinistras de discos, enfim, tudo aquilo que, como diria o Jorge Perestrello, "o meu povo gosta".

Cinco dígitos; 10 000. É muita fruta! Obrigado a todos. Um grande bem haja. A matéria continua a ser revista.

Neste blogue é permitido fumar

Só não tenho pêlos na língua porque tu não queres!

A fotografia é de Viktor Ivanovski e foi roubada do Xupacabras. Gosto muito desta foto.

Espero que os modelos se conhecessem bem, antes do dia em que a tiraram... estou convencido que, pelo menos depois, se passaram a dar muito bem...

Batalhas nocturnas

O pequeno gnomo estava particularmente irrequieto nessa noite. Por mais tentativas que eu fizesse (um episódio da Heidi, o filme do Willy Fog, o que quer que fosse!), não havia maneira de o pequeno schtrumpf dar mostras de cansaço.

Por volta da meia-noite, consegui metê-lo na cama. Antes de lhe contar a história que finalmente o iria enviar para uma noite de sono sem interrupções (a expectativa mais alta que eu tenho nesse horário é essa...), optei por uma abordagem inovadora, para o deixar mais sonolento: «O papá tem de ir à casa-de-banho. Volto já!».

Fecho-me na casa-de-banho, depois de aí ter introduzido o jornal, e preparo-me para uma leitura de 10 minutos, à espera de o encontrar já meio adormecido, poupando-me o trabalho. Ouço-o, irrequieto, na cama dele: «Fica quieto ou o papá já não conta a história». Para essa noite tínhamos agendado o "João e o Caule de Feijão", pelo que imagino que a ameaça seja suficiente para o acalmar. Não é. É, sim, motivo para que o pequeno gremlin apele ao seu pragmatismo. Para que eu me despache, ele grita: «Vem no mê quarto! Faz cocó na cueca, papá!!».

Cow Parade - A Vaca do Dia 6

Constança...

No Público da última sexta-feira, Constança Cunha e Sá vitupera os leitores de "O Código da Vinci". Depois de ler a sua coluna, fiquei na dúvida se Constança está irritada com a ignorância que grassa por aí ou apenas pelo facto de terem sido vendidos 40 milhões de livros. 40.000.000, sim, repito, para não haver dúvidas - 40.000.000 é muita gente estúpida, convenhamos.

E que diz a nossa Constança, que partilha com Vasco Pulido Valente a qualidade de ser omnisciente, que tudo vê, tudo conhece e tudo critica e apouca? Diz, essencialmente, que [sic] «a "verosimilhança" que grande parte dos leitores encontrou no livro [...], para além de mostrar o grau de estupidificação e de superficialidade a que se chegou, entre nós, confirma uma confrangedora ignorância sobre o cristianismo e as suas origens. [...] Qualquer ser razoável [...] desconfiaria imediatamente de um enredo onde o priorado de Sião é dado como um facto [...], o Opus Dei tem ao seu serviço "monges" albinos capazes dos piores assassinos [...]».

Ò Constança, sinceramente! Nunca a pensei capaz de abordar esse romance de uma forma tão literal, tão... estúpida? Confesso que gostei do livro. E achei-o verosímil. Agora, se acredito nessas patranhas? Claro que não, porra! Dan Brown escreveu um romance e ... romanceou! Foi buscar umas patranhas inventadas por outros para o seu livro - seja o Priorado de Sião, seja a ascendência da dinastia merovíngia, sejam outras.

Do que eu gostei - algumas interpretações de obras de arte, que considerei interessantes, e o ritmo (alucinante) da obra. O que julguei verosímil foi o aspecto da vida pessoal de Jesus. Além do aspecto incontroverso da virgindade de Maria (isso é que é verosímil?!), associado ao facto de Jesus ter tido pelo menos um irmão - e não há registo de a pomba ter voltado a arreliar a senhora - irmão esse que a Igreja justamente ignorou, há outro aspecto interessante: Jesus foi celibatário, mas terá morrido virgem? É verosímil, isso? E não terá tido uma relação mais estreita com uma mulher - fosse ela Maria Madalena (hipótese de facto pouco provável) ou outra qualquer? E não faz sentido que, depois da morte de Jesus, os seus seguidores tenham prosseguido caminhos distintos, separando-se em facções irreconciliáveis, sendo uma dessas linhas liderada pela ex-companheira de Jesus? Não estou a dizer que isso sucedeu - nem Dan Brown tampouco o afirmou - mas não é isso verosímil?

O que me parece arrepiante em muitas das críticas ao livro de Dan Brown - e aos seus leitores - é a assumpção de que quem leu acreditou em tudo o que lá está escrito, quando nem Dan Brown escreveu aquilo como factos históricos nem os leitores confundem as coisas de forma tão aberrante. É no mínimo pouco inteligente - para não dizer muita estúpido - afirmar que os leitores acreditaram nessas coisas. Porque essas coisas são acessórias. O que é fundamental, no livro, o que é inovador, é Dan Brown ter lançado um best-seller sobre estes assuntos habitualmente tão enfadonhos. E é isso que custa engolir - 40.000.000 de vezes!

Cow Parade - A Vaca do Dia 5

Concurso RdM - As Piores Capas de Disco X

Jean Falissard. "Ça va".

Se este disco fosse mais recente, diria que a sua gravação teria constituído um prémio por uma qualquer participação num qualquer concurso de TV. Mas o óbvio carácter genuíno desta capa, aliado ao facto de mesmo os vencedores de concursos de TV terem acesso a consultores de imagem, levam-me a crer que Jean Falissard teve a sorte de possuir pais, ou padrinhos, ricos. Tristes pelo facto de Jean não conseguir arranjar namorada (a brancura das peúgas não permite que seja sequer formulada uma outra hipótese), decidiram editar um disco, com a esperança de, por essa via, desencalharem o pobre moço. Não me parece que tenham tido muito sucesso. Ça va? Ná, não me cheira...

Festival da Canção 2006

Ontem foi o Festival da Canção. Confesso que há anos que não acompanho essas lides, pelo que não conheço sequer os novos moldes do concurso. Sei que Portugal não tem ido ao Festival por não conseguir a qualificação.

Os vencedores desta sessão foram uns finlandeses que parecem saídos de um episódio do Espaço 1999, como se pode ver aqui na foto.

Já Portugal mandou umas carinhas larocas, 4 moçoilas saudáveis, a quem puseram o nome Nonstop. Mais uma vez a Secretaria de Estado do Turismo a promover as qualidades e potencialidades do país e das suas gentes. Nonstop parece-me um nome óbvio demais - há que incluir nuances e subtilezas nestas coisas, senão espanta-se a caça - mas diz que depois do 11 de Setembro se tem de fazer pela vida, que isto do turismo custa a recuperar.

A acabar - o vídeo da participação da Lituânia. Faltam-me as palavras para o descrever. A riqueza lírica é notável. Antes de criticarem, lembrem-se: estes estiveram lá, Portugal nem sequer passou das meias-finais...

Memórias de infância

Uma sandes de atum e um diário

Dois novos links a adicionar na coluna da direita (LINKS DO RANTAS). O primeiro trata-se de Uma sandes de atum onde, no dia 12 de Maio, foram publicadas aqui duas fabulosas fotografias das quais me atrevo a reproduzir uma, com a legenda "Pudesse eu e à cova iria". Muito bom!

O segundo link é o Amante profissional, um "blog de intimidades de uma garota de programa". É a "Paula" - uma brasileira a viver em Portugal e que faz pela vida. O que gostei no blog: o desassombro, a forma directa e despida de preconceitos como "Paula" fala das coisas da sua vida. E, claro, a qualidade da escrita. A seguir atentamente. Com posts frequentes.

Cow Parade - A Vaca do Dia 4

Desportos radicais

Lá em casa andamos no "treino do bacio". É uma actividade que movimenta tanta ou mais adrenalina como o bungee jumping, ou outro desporto radical do género: assemelha-se de facto a um salto no desconhecido.

As regras do jogo são simples - tiramos-lhe a fralda e confiamos que 1) ele nos avise que precisa de fazer chichi e/ou cocó e 2) ainda vamos a tempo de alcançar a retrete.

Há dias em que o pequeno gnomo aparenta ter tudo controlado, mas também há retrocessos, verdadeiras cagadas e borradas que nos levam a pensar, por vezes, se o puto vai largar a fralda alguma vez na vida.

Há uns dias atrás, já depois de fazer o cocó devidamente na retrete, o pequeno porquinho foi chamar a senhora que passa os dias com ele, lá em casa: «Sissi! Sissi!» (nome fictício). «O que foi, meu filho?» - «Chichi! Já fiz!». Chiça!! - «Já fizeste?! Então estás molhado, temos de mudar as cuecas e as calças! Onde foi que fizeste, para lavar o chão?» - o puto leva-a ao local do acidente: «Foi aqui, Sissi!». A Sissi vê uma poça no chão, suspira, arregaça as mangas e inicia a tarefa - começando exactamente por secar o fedelho. Qual não foi a surpresa da pobre senhora ao verificar que as cuecas estão secas. Então como foi isto?! O puto explica, ufano: «Ò Sissi, ê quedia fazê chichi, tirei as calça e a cueca e fi nu chão. Depois puxei a cueca pra cima ôta vez!». Além de porquinho, é um bandalho asseado!

Cow Parade - A Vaca do Dia 3

Cow Parade - A Vaca do Dia 2

Ele chamou

Aparentemente, não sabia o nº do telemóvel do sujeito.

Ou será que ele não atendeu?

Bolas, não chegava um SMS?!

Apressadinho...

Foto roubada daqui (Imagens Insólitas).

Casa às costas

O que acontece quando já vendemos a casa em que habitávamos e aquela que comprámos ainda não está pronta? Ficamos com a "casa às costas", assim como que uma espécie de homeless.

No meu caso, esta etapa fica marcada pelo regresso temporário ao "ninho" da infância e juventude, o que pode apresentar muitas vantagens.

Jantarinho a horas, tudo limpinho e arrumado sem dependência dos humores da mulher a dias, mimos que nos estragam...

Ainda que com a maioria dos meus "tarecos" quotidianos encaixotados e empilhados numa garagem - o que provoca alguma dor de alma - sabe bem voltar por uns tempos aos cuidados maternais e à casa que tem o mar mesmo ali ao lado. Espero que sejam tempos curtos, ainda assim. Ouviu, senhor empreiteiro?

PS: este período equivale também a uma falta de ligação doméstica à internet. Aguenta, Rantas.

Cow Parade - A Vaca do Dia 1

Festejando a Cow Parade de Lisboa, inicio aqui a publicação de algumas fotografias de eventos anteriores, noutras cidades. A arrancar com esta nova secção, a "Vaca Harry Potter"!

Nova lei nas praias

Foi aprovada uma lei que irá entrar em vigor na próxima época balnear. A nova lei consiste essencialmente em penalizar quem desobedeça às regras de segurança nas praias - ir ao banho com a bandeira vermelha, nadar com bandeira amarela, por exemplo, vai dar acesso a uma multa que no mínimo orçará 55 euros - 11 contitos.

As multas estender-se-ão ao pessoal da mota de água que gosta de espalhar aquele doce cheirinho a gasoil ao pé do resto do pessoal.

Mais: os nadadores-salvadores que se baldarem ao seu posto de trabalho também estarão sujeitos a multas.

Concordo com todas estas medidas, sem excepção. Claro que, no primeiro caso, é imperativo que a lei seja aplicada com bom-senso ("Você estava a nadar!" Não estava, fui só lavar as mãos!! "Estava a nadar porque eu vi. Passe pra cá 55 oreos e é já!!").

Para os surfistas é que não antevejo dias fáceis...

Concurso RdM - Os Piores Vídeos de Sempre VI

Amo a Laura mas esperarei até ao matrimónio. Uma campanha em Espanha contra o visionamento da MTV, lançada por um grupo católico, que resultou neste grande êxito. Vitória absoluta do kitsch, do piroso, do foleiro. Vídeo de elevada qualidade, que deixa que subsista a dúvida - isto é a sério ou estão a gozar, caralho?! "Los Happiness", é como se chamam. Imperdível. Regresso ao passado, inocência perdida, meninas de saia rodada, puras, moços atenciosos. Todos juntos à espera do matrimónio para procederem às inaugurações.

Grande êxito de bilheteira!

Mandaram-me este anúncio da sequela daquele filme onde dois meninos brincam aos cowboys, "O Segredo da Montanha da Bilha Partida", ou uma coisa assim. Parece-me que esta nova versão terá mais pernas para andar... até pela substituição do argumentista - Howard Stern tem uma carreira que fala por si, e que assegura a qualidade do novo episódio desta série divertida.