sexta-feira, setembro 30, 2005

Crítica literária

Sim, o Revisão da Matéria também quer ser um "Blog de referência" (ele há cada um...)
Assim , iniciamo-nos por aqui na crítica literária.
Para dizer, mesmo antes de chegar ao final, que "A noite do oráculo", do Paul Auster, é um livro muito chato de se ler. Tem múltiplas e infindáveis notas de rodapé...

E agora?

E agora, depois do pragmatismo, Peseiro?
O que se segue?

Triste sina, a de lagarto...

quinta-feira, setembro 29, 2005

Rima apressada

Daqui a pouco, ala que se faz tarde,
vou pró estádio de Alvalade

Aborto

Não percebo a polémica sobre o referendo ao aborto.
É que, nas autárquicas, muito aborto vai a votos.
Sem que ninguém tivesse suscitado, sequer, a questão da "sessão legislativa".

quarta-feira, setembro 28, 2005

Posso dar-lhe uma palavrinha?

RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN RESIN
A acompanhar com muita, muita atenção!

Irresistível

Tem mesmo que ser...
O senhor Co adriaanse, treinador do FC Porto, veio há tempos dizer umas coisas sobre o futebol português, tipo "defende-se muito, não há espectáculo", "os cartões amarelos blá, blá, blá...", "nós na Holanda blá, blá"...
A fantástica crítica portuguesa logo começou a incensar o fabuloso estilo de jogo do Porto que, pelos vistos, afinal só serve para consumo interno (e mesmo isso, cá para mim, ainda está por provar).
Aparte ter razão em muitas coisas e, por outro lado, ter um fraco currículo e nunca ter ganho nada na vida, não começará o senhor a pensar agora que, afinal, se calhar tem que aprender como é que se defende?
Não é que o FC Porto, na Champions, já encaixou 6 golos em dois jogos? Não é que perdeu com os poderosíssimos Glasgow Rangers e Artmedia !????????!
Artmedia !????!
Ganda Porto...ahahahahahha...tá bem, ó Co...viva a crítica portuguesa de futebol...ahahahahah
(desculpem, mas é irresistível).
PS: O título de hoje da "Bola", sobre um jogo sofrido do Benfica, contra um MU com uma série de titulares lesionados, em que o SLB...perdeu, não podia ser mais rídiculo pelo seu (nada a que não estejamos habituados por parte da comunicação social) faccioso benfiquismo: "A 6 minutos da fama"... sem comentários!

A Vaia

O povo sportinguista não vaiou só José Peseiro. Também vaiou Peseiro, entenda-se, porque o Sporting não é o Nacional ou a Naval e exige-se, ao treinador, mais ambição. Ganhar 1-0 contra 10 do Setúbal não chega, é pouco, sobretudo quando se joga assim tão mal.
O povo sportinguista fez de José Peseiro bode expiatório (merecidamente), mas naquele momento também quis vaiar Liedson. A forma displicente como o brasileiro marcou o penalti (até eu, que não passo os dias a treinar, acho que marcava com mais força e convicção), a repetição de atitudes menos próprias em relação ao clube que quase o foi buscar aos armazéns de um supermercado, a forma como reagiu à sua substituição, os amarelos estúpidos que viu a época passada, a rábula da transferência, tudo isso se paga.
Liedson é, quase sempre, o melhor jogador em campo e, até, o que mais se entrega à luta. Mas há quanto tempo, Liedson, não ouves as bancadas a cantarem o teu nome? Porque será?
Mas o povo sportinguista vaiou também a final da UEFA perdida. Vaiou as exibições em que o Sporting, o ano passado, com tudo para chegar à frente do campeonato e lá ficar, demonstrou total ausência de estofo de campeão. Vaiou um clube em que os egos dos jogadores, treinadores e dirigentes se sobrepõem, muitas vezes, ao emblema. Vaiou os frangos do Ricardo, os lapsos de concentração do Polga, o Tello e o Carlos Martins que nunca mais passam de promessas, o Douala que quer ir para Inglaterra, o Silva que não se entende o que faz por lá, o Pinilla que está sempre lesionado, o Rogério e o Luís Loureiro que precisam de vitaminas para correrem mais, o autismo do Dias da Cunha.
Vaiou - atenção, que aqui se pode encontrar uma parte muito importante da explicação - a longa demora para entrar no estádio, a acumulação de pessoas às portas. Como se compreende que, no velho estádio, os titulares de lugares cativos, por exemplo, entrassem quase sem paragens e agora, no moderníssimo estádio, construído e pensado de raíz, fiquem mais de meia hora à porta, espremidos e entalados, até conseguir passar os torniquetes? Incompreensível! Inaceitável. Claro que os adeptos, mesmo antes de entrarem, já estão irritados.
Vaiou a Juve Leo e os Directivos XXI, que depois de fazerem manifestações que impossibilitaram a vinda do Mourinho para o Sporting, se entretêm agora a deitar foguetes e petardos durante os jogos e a chamar palhaço ao treinador do seu clube. Vaiou os que vaiam. Todos vaiaram todos.
Eu, e mais alguns, ficámos quietos. A pensar: não se arranja por aí um bom jogo de futebol?

terça-feira, setembro 27, 2005

Novidades

Entre outras, já sei inserir links no corpo de texto do post (como, aliás, já vão poder constatar).
Introduzi também novos links ali na coluna da direita (Revistos).
São alguns dos blogs essenciais, na minha modesta opinião.
1 - Sai dos links, por extinção, o Aviz, do Francisco José Viegas. A sucessão, no entanto, já foi assegurada pelo autor, em A Origem das Espécies.
2 - Permanece o sempre recomendável A Causa foi modificada, apesar de o maradona (porra, esqueci-me que é com minúscula e tive que vir agora emendar) ser daqueles seres esquisitos capazes de chamarem palhaço, em plenos pulmões, ao Peseiro.
3 - Entra, finalmente, para onde sempre devia ter estado, A Praia, do Ivan Nunes, agora mais crescido e interessante, depois das derivas pós-adolescentes "política XXI".
4 - Mantém-se, mas agora sob observação, a Carla Hilário Quevedo, uma verdadeira Bomba Inteligente mais conhecida por Charlotte que, desde que começou a escrever no Expresso, vem dizendo coisas cada vez menos interessantes. De qualquer modo, foi com a leitura diária do Bomba que, aqui "há atrasado" (já lão vão quase 3 anos, caramba) comecei a prestar atenção à "Blogosfera" (Arghhhh, palavra horrível). Assim, com nota "suficiente", fica.
5 - O Pedro Mexia já cá devia estar com outros blogs que teve, mas entra agora na lista com o novíssimo Estado Civil.
6 - Um António (que não sei quem é), faz este Opiniondesmaker. Tem dias, como todos, mas tem, geralmente, piada.
Claro que, quase todos os dias, também vou aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui. E a muitos outros blogs. Mas, como já disse, na minha modesta opinião (fica sempre bem dizer que é modesta e, sobretudo, repeti-lo), estes são os essenciais. Para já (ou por enquanto, como preferirem). Continuo à procura de outros.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Actualidade

O que mais me incomoda, no poema abaixo, é a sua actualidade!

«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.


Manuel Alegre

Felgueiras

Onde fica exactamente Felgueiras?

500

Ao fim de oito meses de existência, este blog já superou a notável e, de qualquer ponto de vista, extraordinária marca dos 500 visitantes. Tendo em conta o facto, em breve vamos lançar uma campanha que atribuirá um prémio especial ao visitante 1 000 000 (1 milhão). Fiquem muito atentos.

sexta-feira, setembro 23, 2005

CM Lisboa

Depois de um dos debates mais rascas de sempre da história da televisão portuguesa, de terem trocado acusações e insultos graves, de um ter sido notoriamente malcriado e arrogante e do outro lhe ter chamado "ganda ordinário, pá", Carrilho e Carmona aparecem hoje, nos jornais, em abraços e sorrisos.
Alforrecas. Invertebrados. Ordinários. Mentecaptos. Os dois.
Brevemente, vou iniciar uma série de postes em que aduzo as razões para não votar em nenhum e cada um dos candidatos que me são propostos em Lisboa pelos partidos políticos. Mas avanço, desde já, que o que me parece menos mau é... Maria José Nogueira Pinto.

La Felgueiras

O que acho essencial nesta absurda história:
Introdução: apesar de toda a lentidão com que actua, mantenho (bom, quero obstinadamente manter, o que é diferente, por ser menos racional) a minha confiança no funcionamento da investigação criminal, dos magistrados do ministério público e da justiça em geral. Não é que existam sinais evidentes de que o devo fazer (bem pelo contrário), mas é um instinto básico de sobrevivência, de não ter de desistir, de vez, do meu País.
A acusação: para que fosse produzida acusação contra Fátima Felgueiras, acredito que foi reunida matéria de facto suficiente, que aponta para a prática de crimes como corrupção, peculato e abuso de poder. Como a coisa ainda não transitou em julgado, vale a presunção de inocência. Mas que há fumo, há. E muita suspeição.
A fuga: quem avisou Fátima Felgueiras de que iria ser presa preventivamente, possibilitando-lhe a fuga atempada para o Brasil? Já se investigou profundamente esta questão? Houve algum inquérito? E se houve, quais as conclusões? (hellooooo, comunicação social) Este ponto é fundamental (ver "Introdução").
O regresso: a senhora volta, sorriso nos lábios, para se candidatar. Alegadamente (segundo o "Público") "cozinhou" o seu regresso com cúpulas do Partido Socialista, que também poderá ter telhados de vidro em toda a história. Muito grave. Investigue-se - não só a comunicação social, mas sobretudo as autoridades públicas.
Por outro lado, nenhum candidato, de nenhuma autarquia, teve tanto tempo de antena como esta senhora. Pasmado, assisti na SIC Notícias à transmissão em directo, durante largas dezenas de minutos, da conferência de imprensa de apresentação da candidatura. Não era sobre o processo. Não era sobre o regresso. Era sobre a candidatura e os "projectos para Felgueiras". Inacreditável! O crime compensa!
Em Felgueiras, mas também em Amarante, Oeiras ou Gondomar, a minha única esperança é de que as urnas não absolvam os suspeitos, remetendo o julgamento para a justiça. Fátima Felgueiras, Ferreira Torres, Isaltino ou Valentim não são insubstituíveis. Porquê elegê-los? Porquê correr o risco de vir a ter um Presidente da Câmara, eleito com o nosso voto, na cadeia? Será que o povo é, de facto, estúpido? Que não aprende nada? Será que o caso Vale e Azevedo se vai repetir, desta feita (muito mais grave) em câmaras municipais? Não creio. Vamos ver...
Moral da história: nesta história, para já, não há moral.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Que grande clube


Aprenda a dança do ventre!
O Sporting alargou o leque de actividades desportivas e vão começar as aulas da dança do ventre. O Clube tem várias actividades, que pode ficar a conhecer aqui.

quarta-feira, setembro 21, 2005

É capaz de ser verdade

Felgueiras

A foragida Fátima Felgueiras regressou do Brasil e foi detida logo na chegada ao aeroporto.
Está bom de ver que, na bagagem, trouxe um enorme carnaval. Haja pachorra.

terça-feira, setembro 20, 2005

Atchimmm

Desculpem o silêncio, mas estou constipado.
Hoje de manhã, antes de ir para o trabalho, passei pela farmácia. Sentia-me angustiado, o único português constipado do dia. Surpresa, a farmacêutica também estava, e ainda pior do que eu. Disse-me que, aqui no bairro, há muitos mais constipados, tem aviado imensos anti-gripe. Senti-me mais consolado, menos freak.
Passadas duas Aspirina C e o início de uma embalagem de multi-vitamínicos, já me sinto muito melhor. Atchimmmm

quinta-feira, setembro 15, 2005

Mário II

País pequeno, pobre país, o que de tal humanista precise...

Não estacionar

Diariamente, a caminho do escritório, paro num posto de abastecimento de combustíveis com café e loja de conveniência, modernaço, para a primeira dose de cafeína e compra de jornais.
Nos últimos tempos, porém, apesar de haver vários lugares de estacionamento no dito posto, todos estão ocupados, pelo que conseguir "arrumar" o meu carro para cumprir o ritual se torna tarefa muito complicada ou até inexequível.
A surpresa é que, quando entro no café-loja do estabelecimento modernaço, o vejo normalmente às moscas. Hoje perguntei a uma funcionária de quem eram todos os carros que ocupavam os lugares de estacionamento disponíveis.
"São de pessoas que trabalham na zona e estacionam aqui", foi a resposta.
Inquiri se os lugares de estacionamento não eram temporários e reservados a clientes que, por exemplo, param para tomar um café e comprar os jornais.
"São. De facto, já falámos várias vezes com a polícia a pedir para rebocarem os automóveis que ocupam indevidamente o estacionamento durante o dia inteiro, mas disseram-nos que só podiam fazer isso se suportássemos os custos do reboque, e a gerência não nos autoriza a fazer isso", esclareceu-me.
Perguntei se já tinham falado com as pessoas que, todos os dias, lá deixam os seus pópós.
- "Já!"
- "E?..."
- "Estão-se a borrifar, não querem saber de nada..."
Não sei se o problema é de falta de "atitude" de quem gere o espaço ou se é mesmo da polícia ou da regulamentação aplicável, ineficaz a proteger um espaço privado. Seguramente, é também um problema de educação dos que se estão a "borrifar".
A verdade é que vou ter de deixar de tomar café e comprar jornais no local que mais me convinha e procurar uma alternativa. É muito aborrecido não podermos manter os nossos hábitos mais simples.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Até porque...


"Ministério das Finanças e da Administração Pública
Gabinete do Ministro de Estado e das Finanças
Comunicado de imprensa
Esclarecimento sobre acumulação de pensão e salário na Função Pública
O Ministério das Finanças e da Administração Pública vem desmentir que haja governantes ou gestores públicos que estejam na situação de acumulação de salário com pensão da Caixa Geral de Aposentações, conforme é hoje noticiado pelo Diário de Notícias. A única excepção é, por força de uma legislação específica, a do presidente do Governo da Região Autónoma da Madeira.
Reafirma-se que as novas regras se aplicam também a quem actualmente acumula pensão e salário, na medida em que, quando termina a autorização concedida para acumular as duas situações, a reavaliação da mesma é feita já à luz do novo diploma.
De acordo com o que foi aprovado no último Conselho de Ministros, a acumulação de cargos na Administração Pública para funcionários do Estado aposentados passa a obedecer a novas regras, segundo as quais o funcionário opta entre um terço da pensão e o ordenado por completo ou, alternativamente, pela pensão completa e um terço do ordenado. Esta deliberação corresponde ao alargamento, à generalidade dos funcionários, das regras que este Governo já tinha aprovado para os dirigentes políticos."
Lembram-se ainda do brado que deu a acumulação do Alberto João?

Comentários

Da caixa de comentários, no Post anterior:
"Serpa said:
Isso não é uma invejazinha deslocada? O que é que isso interessa?"
Ora bem: deslocado, parece-me, é o comentário. Mas invejazinha é com certeza. Não do cargo, mas do dinheiro. Gostava muito de receber cerca de 7 500 euros (mais outras "ajudas" e subsídios) por mês. Infelizmente, como pobre trabalhador por conta de outrem e genuíno "cão de pescoço pelado" (ver "Lições de Direito Administrativo" de Rogério Ehrhardt Soares), penso que ainda tenho que percorrer um longo calvário até lá chegar. Se é que, algum dia, lá vou chegar. Tudo porque sei que há uma vida melhor e a ela aspiro. Mas é caríssima...
Agora, a questão do interesse.
Mário Soares recebe, certamente, uma subvenção como ex-Presidente da República. Até aqui, nada de mal, e penso que essa subvenção deve até ser relativamente elevada, para que possa manter uma vida bastante digna. Somos nós ("cães de pescoço pelado") que pagamos a subvenção, mas nada a opor.
Agora, se Mário Soares recebe uma subvenção por ser ex-Presidente, no momento em que (hipoteticamente, espero) volte a ser Presidente, poderá acumular o seu salário de "trabalhador" no activo com a subvenção, pensão de reforma, ou seja lá o que fôr? Aí, acho mal, muito mal.
Porque penso que isso está vedado (ou devia estar) a qualquer outro cidadão. Se um trabalhador regressa ao activo, não deve continuar a receber uma pensão de reforma, que nos sai do bolso também. Os recursos do Estado, da Segurança Social, são escassos, e devem ser entregues a quem deles mais necessita. Mário Soares tem um estatuto especial nesta matéria? Ou, só para não fulanizar tanto, Eanes, se também se recandidatasse e fosse eleito, acumularia?
É uma questão sobre a qual tenho alguma curiosidade. Gostava de saber o que sucede, nesta matéria, caso Soares seja eleito. Gosto de saber como é gasto o dinheiro dos meus impostos. Picuinhices minhas. O Serpa não quer saber, está no seu direito. Mas continuo a pedir informações a quem souber.

terça-feira, setembro 13, 2005

Mário

Se Mário Soares vencer as eleições presidenciais, o que acontece às pensões de reforma que, neste momento, certamente recebe?
Ficam suspensas ou acumulam com o salário de Presidente?
Alguém me sabe informar?

Está decidido

Em Novembro, curso de mergulho (o da PADI, mais rápido e económico).
Lá mais para o ano que vem, curso de queda livre, provavelmente em Évora.
É só para que saibam.

América

A forma como, na maioria dos blogues, se discutem acalorada e exaustivamente questões internas norte-americanas, comparada, por exemplo, com a pouca extensividade dada às questões europeias (parece que José Manuel Barroso - sim, o presidente da União - atirou agora a constituição europeia para as calendas, sem que uma leitura da blogosfera nos permita saber, sequer, isso) revela um pouco do provincianismo português.
Somos europeus e é na Europa que nos devemos centrar. Mas preferimos preocupar-nos com a América e as pombinhas da Katrina, apodando uns de anti-americanos esquerdóides e outros de pró-Bush liberalóides. No fundo, uma discussão mais ideológico-sentimental do que racional. Algo como discutir Sporting/Benfica/Porto ou, com maior reminiscência, o sexo dos anjos. Nestas discussões, valem mais os afectos que a realidade.
Vivemos ainda (vivem a maior parte dos nossos comentadores "consagrados") divididos entre o Capuchinho Vermelho e o Lobo Mau. Sim, as discussões sobre a América que mantêm são infantis e primárias. Mas, provavelmente, divertem-se. E não é isso o mais importante?

segunda-feira, setembro 12, 2005

É justo

A vitória foi justa. Além de marcar dois golos, o Sporting viu três remates serem salvos em cima da linha de golo por defesas do Benfica, proporcionou a Moreira a melhor exibição de entre os jogadores do clube da Luz e foi sempre superior.
Do benfica, a registar, a obtenção de um (auto) golo, marcado em excelente cabeceamento de Tonel, respondendo a solicitação de Simãozinho e um falhanço de Nélson (magnífica "mancha", a sair dos postes, de Nélson, o original, guarda-redes titular, por mérito, do Sporting)...
Nota de reparo à Juve Leo e seus petardos. Um dos slogans da claque é "O Sporting somos nós...". Rapazes (e raparigas): vocês também são Sporting, mas há muito mais Sporting, e mais importante, para além de vós. E vocês não são mais do que qualquer outro sócio. Nem sequer são mais sportinguistas. Não nos envergonhem, por favor, nem prejudiquem o clube - já basta o triste comportamento que inviabilizou a vinda de Mourinho para o Sporting. Devemos agradecer à Juve Leo esse momento fantástico?
Mas pior, ainda, o petardo que os inomináveis No Name atiraram para cima do público sportinguista que lhes estava próximo. Não vos chega serem responsáveis pela morte de um cidadão que só saiu de casa para ver um jogo de futebol, há uns anos, no Estádio Nacional?
Sabem se o petardo que atiraram não rebentou, por infortúnio, sobre uma qualquer criança? Ou um cardíaco? Ou qualquer outro cidadão que até pode ser vosso vizinho ou amigo? Ou mesmo sobre um benfiquista? (não que isso agrave o acto, estúpido de per si).
Cambada de bestas e atrasados mentais...
Fora isso, o mais triste, fica mais uma vitória do Sporting sobre os lampiões (sabe sempre muito bem) e oito (OITO, 8) pontos de diferença. 8. Nada está decidido, mas dá gozo...
ACTUALIZAÇÃO: os petardos lançados pelas claques do Sporting foram parar ao fosso ou atrás da baliza do Moreira e não causaram grandes estragos. Lamentável, indesculpável, mas...
Segundo os jornais de hoje, o petardo que os No Name lançaram para cima do público afecto ao Sporting que lhes estava próximo - um acto perfeitamente gratuito e com motivações selvagens, que não quero nem tentar perceber - provocou dois feridos. Será que vão identificar, através do circuito de CCTV, o autor desse arremesso criminoso, obrigando-o a pagar uma indemnização às vítimas e proibindo-o de entrar, para o resto da vida, num recinto desportivo? Se não vão, deviam! Esta gente não gosta de futebol, não entende o que é o desporto e duvido muito que seja capaz de entender seja o que for...

sexta-feira, setembro 09, 2005

Prognósticos? Nã...

Amanhã, num estádio de Alvalade repleto, pede-se aos intervenientes espectáculo de bola. Eu peço. Pelo menos, aos rapazes de jersey verde-e-branco. Só a vitória interessa ao Sporting (como em qualquer derby de início de época).
Ainda tenho entalado o último Benfica-Sporting, que rendeu aos lampiões um dos títulos mais injustos dos últimos anos (pior, só mesmo o futebol jogado pelo Boavista campeão).
No SCP, duas ausências de vulto: Custódio e Edson, titulares neste momento indiscutíveis. Vão fazer falta, sobretudo o primeiro, jogador muito da minha estima pessoal. Beto também está de fora da partida, mas Tonel deve fazer bem o lugar. Vamos ver o que João Alves e Wender podem trazer à equipa, mas penso que esta ficou mais equilibrada. Rochemback, estou em crer, não deixará grandes saudades.
O onze com que entraria em campo seria: Nélson; Rogério, Polga, Tonel eTello; Luís Loureiro, Moutinho, Douala à direita e Wender à esquerda; Liedson e Deivid. Equipa declaradamente de ataque. Claro que Peseiro, em vez de Deivid (ou Wender) vai entrar com Sá Pinto. Vamos ver.
De uma coisa estou certo: 8 é um número bonito, redondinho...

sem título 1

Pela janela do escritório adentro entra-me o Tejo e as nuvens que lhe dão água. Fundem-se no horizonte. A janela do escritório dá-me horizonte. A cor é de plúmbeo ligeiro, em contraste com os amarelos, azuis e laranjas que ainda há pouco aqueciam Lisboa.
Pela janela do escritório entra horizonte.
Pela porta, telefones, e-mails e faxes, entra cárcere e monotonia.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Implosão

Hoje, duas torres na península de Tróia vão abaixo. Uma estreia algo tardia em Portugal, mas que é de saudar. Que o exemplo proporcionado por Belmiro de Azevedo faça escola, é o que se deseja.
Na calha, estão as demolições do Estoril-Sol e do edifício Coutinho.
Podem seguir-se muitos outros. Seria bom sinal. Para a requalificação urbanística de Portugal (menção ao "passo de caracol" a que prossegue a execução da maioria dos Pólis), a implosão de edifícios podia avançar pelo Algarve - maxime na Praia da Rocha, Armação de Pêra e Quarteira - mas também um pouco por todo o litoral e interior português.
Por outro lado, é fundamental que as autarquias não continuem a deixar edificar verdadeiros atentados ao meio ambiente e ao património arquitectónico.
Não é possível, como é óbvio, recriar um "país perfeito" e harmonioso, mas pode-se sempre tentar emendar alguns dos maiores dislates do ordenamento do território nacional.
Não custa sonhar.

terça-feira, setembro 06, 2005

Riqueza gera riqueza

O salário mínimo, em Portugal, é de 582 euros. Na Turquia, 599, 703 na Eslovénia, 848 em Malta e 855 na Grécia.
No Luxemburgo, país com o salário mínimo mais elevado da UE, o valor é de 1293 euros.
Por outro lado, o nosso custo de vida não é mais baixo do que nos demais países. Nalguns casos, é até bastante mais elevado. Isto significa que o nosso poder de compra anda pelas ruas da amargura.
E não me venham cá com produtividades. O problema não é dos trabalhadores portugueses, mas sim dos patrões portugueses. Senão, veja-se o exemplo da Autoeuropa, uma das fábricas do grupo com melhor produtividade a nível mundial. Os trabalhadores são portugueses. Os patrões, claro, são alemães.
A aposta na mão de obra barata e em baixos custos (quantos empresários portugueses investem seriamente na formação dos seus quadros?) reflecte-se no nosso tecido produtivo, no nosso baixo poder de compra, na nossa reduzida competitividade, na fraca educação do "povo". Não há dinheirinho para mais, só para o essencial, se é que chega para o essencial - habitação, alimentação e saúde. Educação? - Isso é para ricos.
Para os liberais, o ordenado mínimo não faz sentido. O jogo da oferta e da procura é que deve fixar os salários. Talvez tenham razão. Mas podemos, também, recorrer às diferenças entre salários médios. Creio que os números são tanto ou mais ilustrativos.
Riqueza gera riqueza. E a pobreza deve gerar pobreza. Por isso, somos cada vez mais pobres. Turquia? Eslovénia? Malta? Grécia? Todos com salários mínimos mais altos do que Portugal? Ai, ai...

segunda-feira, setembro 05, 2005

Meco

Uma das melhores praias da Europa (da Europa que conheço, pelo menos, que já não é assim tão pouca). Pude, mais uma vez, constatar que o Mediterrâneo é o bidé europeu e do norte de África. Como é bom mergulhar nas águas frias do Atlântico. Viva o Atlântico. Viva Portugal. Viva o Meco.

Quem é vivo...

...sempre aparece. Só para dar conta de que o Revisão ainda vive. Após umas férias longe de incêndios, candidaturas presidenciais (putativas e reais) e de Portugal em geral - como é boa uma escapadela da depressão colectiva - eis-me de volta. Contristado, verifico que o Malagueta, com certeza assoberbado de trabalho e "stress", não deu conta do recado. Mas para trás mija a burra. Vamos a isto...