sem título 1
Pela janela do escritório adentro entra-me o Tejo e as nuvens que lhe dão água. Fundem-se no horizonte. A janela do escritório dá-me horizonte. A cor é de plúmbeo ligeiro, em contraste com os amarelos, azuis e laranjas que ainda há pouco aqueciam Lisboa.
Pela janela do escritório entra horizonte.
Pela porta, telefones, e-mails e faxes, entra cárcere e monotonia.
1 ComentÁrios:
Para quando mais "sem título"? Gostei muito, El Ranys, especialmente da ligação entre "plúmbeo ligeiro" e "monotonia e cárcere". Vc é advogado aí em Lisboa? Não gosta do que faz? Que pena. Advogado e poeta é coisa que não liga, não... :) Já leu Oswald de Andrade? Acho que vc ia gostar.
Aqui os políticos também não são bons, quem sabe se é herança daí...
Beijos
Ticiana
Goiás, Br.
Enviar um comentário
<< Home