sexta-feira, setembro 09, 2005

sem título 1

Pela janela do escritório adentro entra-me o Tejo e as nuvens que lhe dão água. Fundem-se no horizonte. A janela do escritório dá-me horizonte. A cor é de plúmbeo ligeiro, em contraste com os amarelos, azuis e laranjas que ainda há pouco aqueciam Lisboa.
Pela janela do escritório entra horizonte.
Pela porta, telefones, e-mails e faxes, entra cárcere e monotonia.

1 ComentÁrios:

Anonymous Anónimo disse...

Para quando mais "sem título"? Gostei muito, El Ranys, especialmente da ligação entre "plúmbeo ligeiro" e "monotonia e cárcere". Vc é advogado aí em Lisboa? Não gosta do que faz? Que pena. Advogado e poeta é coisa que não liga, não... :) Já leu Oswald de Andrade? Acho que vc ia gostar.
Aqui os políticos também não são bons, quem sabe se é herança daí...
Beijos

Ticiana
Goiás, Br.

20 setembro, 2005 17:31  

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