Riqueza gera riqueza
O salário mínimo, em Portugal, é de 582 euros. Na Turquia, 599, 703 na Eslovénia, 848 em Malta e 855 na Grécia.
No Luxemburgo, país com o salário mínimo mais elevado da UE, o valor é de 1293 euros.
No Luxemburgo, país com o salário mínimo mais elevado da UE, o valor é de 1293 euros.
Por outro lado, o nosso custo de vida não é mais baixo do que nos demais países. Nalguns casos, é até bastante mais elevado. Isto significa que o nosso poder de compra anda pelas ruas da amargura.
E não me venham cá com produtividades. O problema não é dos trabalhadores portugueses, mas sim dos patrões portugueses. Senão, veja-se o exemplo da Autoeuropa, uma das fábricas do grupo com melhor produtividade a nível mundial. Os trabalhadores são portugueses. Os patrões, claro, são alemães.
A aposta na mão de obra barata e em baixos custos (quantos empresários portugueses investem seriamente na formação dos seus quadros?) reflecte-se no nosso tecido produtivo, no nosso baixo poder de compra, na nossa reduzida competitividade, na fraca educação do "povo". Não há dinheirinho para mais, só para o essencial, se é que chega para o essencial - habitação, alimentação e saúde. Educação? - Isso é para ricos.
Para os liberais, o ordenado mínimo não faz sentido. O jogo da oferta e da procura é que deve fixar os salários. Talvez tenham razão. Mas podemos, também, recorrer às diferenças entre salários médios. Creio que os números são tanto ou mais ilustrativos.
Riqueza gera riqueza. E a pobreza deve gerar pobreza. Por isso, somos cada vez mais pobres. Turquia? Eslovénia? Malta? Grécia? Todos com salários mínimos mais altos do que Portugal? Ai, ai...
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