domingo, outubro 15, 2006

Roma Antiga


No excelente blogue Roma Antiga, lançou-se há pouco mais de um mês a ideia de um concurso sobre figuras romanas. Para Setembro, a escolha incidiu sobre o imperador favorito dos leitores. Registaram-se 11 intervenções e o vencedor foi Juliano, o "Apóstata".

Neste momento está em curso a votação relativa à mulher romana preferida pela audiência do blogue. Votem!

Confesso que sou um apaixonado pela História de Roma, e o que mais contribuiu para isso foi a leitura da obra "O Primeiro Homem de Roma", de Colleen McCullough. São 6 volumes intensos, onde a época conturbada do fim da República e do início do Império é retratada de uma forma rigorosa e, sobretudo, crível.
A Guerra Civil entre Mário e Sila, a juventude e a ambição de Caio Júlio César, o Rei da Bitínia, O Rei Mitridates, a ascensão de Pompeu, o triunvirato de César, Pompeu e Crasso, a Guerra Civil entre César e Pompeu, Sertório, Cleópatra, o assassinato de César, a Guerra Civil com 3 facções (Octaviano, Marco António e os "bonni", que assassinaram César), a Guerra Civil entre Octaviano e Marco António, a mudança de Octaviano para Augusto e o fim da República.
Pormenor: Toda a literatura aponta a César a ambição de ser Rei, de acordo até com as profecias sibilinas (só um Rei poderia levar de vencida os Partas). Nas suas últimas semanas de vida, César começou a usar umas botas vermelhas de cano alto (símbolo da realeza da sua Família, descendente dos Reis de Alba Longa, uma cidade "absorvida" por Roma nos primórdios), o que foi interpretado como sinal inequívoco da sua aspiração ao trono. Colleen dá uma outra visão - César sofria enormemente com as suas varizes, e as botas altas amenizavam as dores. Se é verdade ou não, desconheço. Mas que é uma interpretação bem fundamentada, original e credível, é...

Bom, sobre o concurso propriamente dito: Messalina será a romana mais famosa de todas, tendo até o seu nome transformado em adjectivo (acusatório e pejorativo, mas ainda assim um adjectivo). Hoje, ao pesquisar "messalina" no google, qual não foi o meu espanto ao verificar que existe (existiu?) uma colecção de livros italianos de BD para adultos chamada Messalina. A nossa Gina, mas com um fundamento histórico.

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