terça-feira, fevereiro 07, 2006

Quem muito se agacha...

Só para esclarecer, porque pode não ter ficado muito claro nas anteriores postas: os muçulmanos não são, para mim, todos iguais. Existem países e enormes grupos de moderados, que devem ser apoiados, de modo a que possam, eles próprios, "moderar" os radicais.
A ideia que tenho querido expressar é que, quanto a radicais, não podemos (mais) estar com "paninhos quentes", tolerância e relativismos. Eles declararam-nos (à civilização ocidental) guerra há muito tempo, e as caricaturas são um simples pretexto. No presente caso, a tibieza, pedir desculpas e fazer penitências, é dar um sinal errado, um sinal de fraqueza e complacência. Na senda das novas crónicas do Miguel Esteves Cardoso no Expresso, impõe-se aqui o ditado "quem muito se agacha, vê-se-lhe o cu" (há uma versão que termina em "rabo", mas a utilizada é que é a verdadeiramente popular).
PS: de acordo com o DN, um jornal iraniano anunciou um concurso de cartoons sobre o holocausto, na senda do que a Liga Árabe já tem vindo a fazer e divulgar. Receia-se o pior do mau gosto. Será que, para os "multiculturalistas de serviço", o mau gosto será desculpado com... o mau gosto?

4 ComentÁrios:

Blogger Varanda disse...

Trata-se precisamente disso: Mau gosto.
Faz-me lembrar a ideia base do filme "The People vs. Larry Flynt" que é: "You may not like what he does, but are you prepared to give up his right to do it?"
É evidente que a forma como encaramos a sociedade e a religião é completamente diferente da dos islâmicos, mas a nossa demorou séculos a ser conquistada e não parece que abdicar dela em favor de outras seja o caminho...

07 fevereiro, 2006 12:10  
Anonymous Anónimo disse...

E até onde é que estamos dispostos a ir para defender as nossas conquistas....?

07 fevereiro, 2006 13:49  
Blogger El Ranys disse...

Varandas: liberdade, é o que está em causa, justamente. Já nos livrámos das "trevas", não queremos com certeza a elas regressar. Válido para islamismo, catolicismo, budismo, judaísmo, xintoísmo, you name it...

Harpic: dado o teor abstracto da pergunta, basta uma resposta abstracta: até onde for preciso.

07 fevereiro, 2006 14:58  
Anonymous Anónimo disse...

Espero de facto que a pergunta reste no dominio da abstracao! Nao estou tao seguro como tu de que a Europa esteja preparada para ir "até onde for preciso"

Já agora recomendo os excelentes posts do Portugal Contemporaneo (linkado aqui ao lado):"laicização e liberdade" e "ingenuidade e tragédia"

07 fevereiro, 2006 16:15  

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