Memórias geladas

Depois dos temas sérios abordados neste blogue (Monarquia vs. República, as Presidenciais, o Benfica-Sporting, o PGR, a Scarlet Johansson, etc.) é tempo de fazer uma pausa para falar de coisas também elas importantes mas menos "adultas".

Refiro-me a um assunto que já ocupou um papel central na minha vida (há uns 30 anos...) e que tem perdido relevância: GELADOS. Enfim, também servem sorvetes ou cornettos.

Já não me recordo dos Rajás. Tenho uma leve recordação da Olá ter ocupado todo o mercado, mas essa lembrança não é nítida.

O gelado mais antigo que guardo na memória é difícil de explicar. Tratava-se de um gelado "de pau", de leite, com formato cilíndrico (parecido com o actual mini-milk, talvez), metade chocolate, metade laranja. Custava 15 tostões. Como fazer entender isso agora, se isso nem sequer chega a um cêntimo?!

Tenho também uma outra recordação, esta ainda mais difusa (apesar de mais recente). Pode não passar de uma partida, daquelas que a memória nos prega de forma tão frequente e cruel:

Julgo que terá sido em 1976, ou 77, que a Olá lançou uma campanha de Verão em que atribuiu "personalidades" aos gelados. Nesse ano surgiram o Super Maxi e o Perna-de-pau, que ainda se vendem. Não quer isto dizer que não existissem antes desse ano, mas penso que se vendessem com outros nomes (o nome Jelly Jelly parece fazer soar algumas "campainhas").

A campanha do Super-Maxi e do Perna-de-pau terá incluído mais dois companheiros que não vingaram: o Diabrete (gelado "de gelo", todo ele de morango à excepção de uma faixa amarela, já não me lembro se de laranja ou ananás) e um de que já não me lembro do nome, que oscilaria algures entre Drácula e Vampiro, e que consistia num recheio de morango (igual ao do Perna-de-pau) embrulhado - à semelhança do Fizz - numa capa memorável (roxa!!) de gelo, mas de sabor esquecível.