Radicalismo
Já todas as grandes religiões e os seus ícones foram objecto de caricaturas. O islão é o único que, aparentemente, não sabe conviver com isso (apesar de existirem alguns grupos radicais nas outras religiões, mas residuais e enquadrados por leis laicas).
As caricaturas de Maomé, que suscitaram toda esta algaraviada, não pretendem brincar com Maomé, mas com o que os radicais islâmicos fizeram dele. Mas são só umas caricaturas, caramba.
Outros casos houve, bem mais graves. Não foram os radicais islâmicos que rebentaram com a escultura de Buda do vale de Bamian, património mundial da humanidade? - Foram. Houve embaixadas invadidas, bandeiras queimadas, islamitas expulsos? - Não. Houve liberdade de expressão da indignação, o que é natural, e pouco mais. Não me recordo de ver os islamitas muito preocupados e a pedir desculpa ao mundo. É isso que nos distingue, que nos torna diferentes deles. E eu não tenho dúvidas: com todos os seus defeitos, prefiro de longe a nossa civilização ocidental e o seu respeito e tolerância pela diversidade.
2 ComentÁrios:
Tu já viste a quanta gente vais ter de pedir desculpa ....
O radicalismo dos muculmanos sempre existiu e esteve sempre latente. Tem sido controlado por alguns tiranos apoiados pelo Ocidente e pelo respeito incutido por um maior poder militar.
O problema é que cada vez mais novos tiranos comecam agora a usar esse radicalismo a favor dos seus interesses politicos e o medo do maior poder militar tem-se esvaido ante a descoberta de algumas das nossas fragilidades.
O facto de este caso dos cartoons ter claramente dividido a propria opiniao publica ocidental pode aqui abrir uma brecha na "nossa barricada" que poderá ser muito dificil de fechar de novo.
Enviar um comentário
<< Home