quarta-feira, dezembro 28, 2005

Grrrrrrrrr

A forma como os candidatos "de esquerda" e o PS, com uma inenarrável cobertura mediática, se atiraram ontem a Cavaco, atacando-o por umas declarações relativamente irrelevantes em que "sugeria" a criação de um "Secretário de Estado para acompanhar as empresas estrangeiras" é, na minha opinião, patética. Nesta afirmação do candidato Cavaco ao JN, a esquerda viu um "Golpe Constitucional", o fantasma de Salazar, o 28 de Maio de 1926 revisitado.
Depois da patetice em torno das apostas da BetandWin sobre o vencedor das presidenciais, eis que volta o coro de esquerda a uivar por causa duma questão menor. Protagonismo, eles querem protagonismo, tempo de antena mesmo que seja para dizerem nada. Ou nada de relevante, pelo menos.
As posteriores tentativas de justificação de Cavaco não são menos patéticas. A assunção de um ar angelical, dando o dito por não dito, só lhe cai mal. Devia aproveitar para atacar, expôr o ridículo em que os seus adversários incorrem. Que raio, se um Presidente da República não se pode pronunciar sobre estas questões, sugerindo até algumas medidas ao Governo (que é livre de as rejeitar), serve para quê? Louçã não tem aproveitado esta campanha para falar sobre políticas partidárias, apresentando inclusivamente propostas concretas para a Segurança Social, por exemplo? Alguém veio dizer "aqui d' El Rei"?
Quero esclarecer (para quem não tenha lido anteriores posts): não sou "cavaquista", não simpatizo com Cavaco, não me revejo nele. É seráfico e, com a sua atitude de alforreca, põe-se a jeito para estes ataques. Depois, tenta assumir uma postura de "cordeiro" entre os lobos. Não será, nunca, um bom Presidente da República. Poderá ser, eventualmente, o menos mau. Porque os outros são piores. Mas entre um e outros, prefiro o senhor D. Duarte. Sinceramente.

1 ComentÁrios:

Anonymous Anónimo disse...

Nem mais, muito bem dito sobre a palhaçada de ontem. Aquele tipo, o inqualificável Canas, a anunciar ao País um "golpe constitucional" a vir, é um muito declarado atestado de estupidez ao bom povo eleitor. Na resposta, o Cavaco, à sua boa maneira, esteve como sempre mal. O tipo não tem jeito para isto.
Viva o Rei.

28 dezembro, 2005 23:21  

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