Pompeu, César e Herodes
Depois da morte de Alexandre, aos 33 anos, as suas conquistas foram divididas pelos seus Generais. Israel estava entre as zonas de influência de Ptolomeu (Egipto) e Seleuco (Mesopotâmia). Em 167 AC, 3 irmãos macabeus lograram obter a independência para Israel.
Cerca de 100 anos mais tarde, chegaram os Romanos. Pompeu zangou-se e morreram 12.000 Judeus. No entanto, o que na altura causou mais comoção em Jerusalém não foi esse facto, mas sim a profanação do Templo levada a cabo pelas tropas de Pompeu. Rezam as crónicas dessa altura que «nem mesmo durante a captura do Templo, quando eram brutalmente mortos em torno do altar, eles renunciaram às cerimónias preceituadas para o dia».
Em 47 AC, após a Guerra Civil que opôs Pompeu a Júlio César, e depois da ajuda que deu nos combates que César enfrentou em Alexandria, no Egipto, Antípater ficou à frente da Palestina, coadjuvado pelos seus dois filhos: Fasael na Judeia e Herodes na Galileia.
Este Herodes era um grande amigo de Marco António (esse mesmo, o Richard Burton).
Em 40 AC, os grandes rivais dos Romanos, os Partos, atacaram, aproveitando o rescaldo da Guerra Civil que opôs Marco António a Octaviano (esse mesmo, o Augusto). Octaviano providenciou ajuda, fornecendo um exército a Herodes, que conseguiu rechaçar os Partos.
Herodes construiu um segundo Templo em Jerusalém, um Templo verdadeiramente magnífico. Herodes foi um excelente Rei, justo, equilibrado, iluminado. À medida que envelhecia, no entanto, tornou-se simplesmente paranóico. É verdade que toda a sua vida foi acompanhada por conspirações, intrigas, assassinatos, violência. Mas no fim da vida Herodes exagerou, matando grande parte da família mais próxima. A sua irmã Salomé (essa mesma, a do Baptista) também era fresca.
Entre outros, Herodes mandou matar sua mulher, um cunhado, dois filhos, etc. A sua sanha persecutória ficou bem assente na famosa história da matança dos bebés, que supostamente levou um casal a viajar de jumento até ao Egipto depois de ter passado uma noite num estábulo.
No leito de morte, quando sentia uma comichão insuportável pelo corpo todo, dores constantes na porção inferior do intestino, edemas nos pés, inflamações no abdómen e, para finalizar, gangrena nos órgãos genitais de onde saíam vermes (aaargh!), ainda teve alento de mandar matar o seu primogénito, cinco dias antes de morrer.
Etiquetas: As 3 grandes religiões monoteístas, Rantas
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