domingo, janeiro 29, 2006

Uma questão de gosto


Há ãlgum tempo fui aqui torpemente vilipendiado e acusado de ser rôto. Tal vil calúnia originou-se no facto de possuir a colecção completa de "Sexo e a Cidade", série de mulheres para mulheres.
Quero desde já deixar aqui um desmentido formal, antes que se alastrem boatos infundados sobre os meus vícios e gostos pessoais: "Sexo e a Cidade" não é a minha série preferida. Gostei de alguns episódios - há alguns muito bons, de verdade - mas fui ficando desencantado à medida que a série foi evoluindo. Foi penoso aturar a 5ª série até ao fim; só vi poucos episódios da 6ª.
A série perdeu frescura. A falta de ortodoxia das primeiras séries (quando as quatro heroínas tinham vivências mais flexíveis, digamos assim) foi substituída, à medida que se foi avançando, pelas neuras parvinhas da Carrie (Sarah Jessica Parker). Fui perdendo a paciência.
O "Sexo e a Cidade" já não faz parte do meu top de preferências.
Nessa lista pessoal, está, em 1º lugar, o "Seinfeld". Ainda e sempre!
Quando comecei a ver essa série, reconheço que o fiz com algum desconforto. Falavam-me tão bem dela e eu não conseguia achar piada. Demorei cerca de 3 episódios até me habituar às personagens. Comecei por delirar com o Cosmo Kramer (Michael Richards), genial na sua loucura. Depois embrenhei-me no grupo. George Constanza (Jason Alexander) é, e será sempre, um amigo. Um g'anda totó, chico-esperto, mesquinho, medíocre, um cromo inesquecível. Quem sobrevive a pais daqueles merece tudo de bom! A Elaine (Julia Louis-Dreyfus), o Jerry (Jerry Seinfeld), mesmo o Newman (Newman!), tornaram-se visitas habituais. A lembrança do episódio da esponja (spongeworthy) é sempre acompanhada de uma gargalhada (no mínimo).
Em 2º lugar está "Will & Grace". Tem episódios que posso ver e rever 4 e 5 vezes. Piadas que nunca esperei ver numa séria americana, de tal forma violam o espírito do "politicamente correcto". Esta série leva o egoísmo a novos patamares - principalmente Jack (Sean Hayes) e Karen (Megan Mullally), mas também Will (Eric McCormack) e Grace (Debra Messing). O episódio do soutien de água merece um lugar especial.
Em 3º está "Coupling" (ou "Ligações", em Portugal). Trata-se de uma série inglesa - curiosamente, foi produzida uma série-espelho com actores americanos e os mesmos argumentos, com metade da piada. Os discursos de Steve (Jack Davenport) sobre as almofadas que vivem nos nossos sofás, ou sobre o filme "O Inferno do Espancamento Lésbico", são momentos altos. Jeff (Richard Coyle) é um verdadeiro sábio, um filósofo.

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5 ComentÁrios:

Blogger Dever Devamos disse...

Rantas.

Estou totalmente contigo. Uma série que tem gajas boas e cenas de sexo, não pode ser de rotos. Enfim, eu gosto do S&C, mas não como o Seinfeld (também a minha primeira referência).
Confesso que não conheço Will & Grace, mas Ligações é um "must". Acho que a 4 série está aí a rebentar.
Destacava ainda mais duas séries: Office e Fawlty Towers. A não perder.
Saudações

29 janeiro, 2006 20:26  
Blogger Rantas disse...

Gosto também bastante da série The Office.

Há uma outra série inglesa que passava na Britcom da RTP-2, aos sábados à noite, de que gosto muito, mas de que não sei o nome. Trata-se de histórias de 4 amigos, já quarentões, mas que são um pouco imaturos (julgo até que o título da série era algo do género 'Eternos Adolescentes'), gozando os seus recentes divórcios (2 deles).

Uma das cenas de que me lembro mais dessa série é numa situação em que um deles - o único que continua casado - anda a pensar no que há-de oferecer à mulher como prenda de aniversário. O amigo gay recomenda-lhe que contrate um prostituto novito e que ofereça uma noite inesquecível à mulher...

30 janeiro, 2006 00:46  
Blogger Varanda disse...

Essa série foi genial, penso que se chamava qq coisa com a palavra "ligações", mas não me lembro.
A propósito de Sienfeld, não percam hoje na 2: a estreia da série "CALMA, LARRY" de Larry David com o próprio.

30 janeiro, 2006 17:01  
Blogger El Ranys disse...

Caiu-me no goto, também, a série "No fim do mundo" (se a memória não me atraiçoa), passada numa remota vilória do Alaska, com um médico Nova Iorquino, uma belíssima solteirona e outras personagens memoráveis, como o locutor de rádio/ex-presidiário/filósofo.

30 janeiro, 2006 18:50  
Blogger Rantas disse...

Varanda,
Não consegui apanhar o Larry na 2:... malditos dois pontos que me baralham a pontuação toda!
Vou ver se tenho melhor sorte na próxima semana.

E do Allo Allo, ninguém fala?

02 fevereiro, 2006 23:50  

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