Um dilema ético
Há uns anos atrás joguei "Uma Questão de Escrúpulos". Trata-se de um jogo "de sociedade", onde somos confrontados com situações teóricas, sendo de seguida convidados a dizer o que faríamos se alguma vez fôssemos apanhados nessa situação. Do que me recordo, as questões colocadas não variavam muito de infidelidades, evasão fiscal e abordagens à educação dos filhos que na altura eu ainda não tinha.
Esta semana lembrei-me desse jogo porque deparei-me com uma situação típica que poderia estar num dos cartões. Estava num supermercado com o meu filho, de 7 anos, num corredor atravancado de caixotes e quase deserto. Além de nós os dois, estavam duas adolescentes, ocupadas a enfiar na carteira um dos produtos expostos. Deparei-me com um dilema ético, uma verdadeira questão de escrúpulos - deveria dizer às moças para reporem o artigo que se preparavam para roubar? Deveria denunciá-las na caixa do supermercado? Ou deveria agir como se não tivesse reparado em nada?
Que lição queria que o puto aprendesse deste episódio? Que não se deve roubar? Que o pai é um "bufo"? Felizmente ele não deu por nada e optei pela última hipótese. Para a próxima, poderei denunciar aos tipos do supermercado, se entretanto encontrarem forma de melhorarem o serviço de reposição de iogurtes e reduzirem o tempo de espera nas filas, os sacanas dos algarvios...
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