Das editoras
Não quero alinhar no coro dos detractores das coisas portuguesas que tanto enervou o Ranys, mas há uma coisa que me enerva sobremaneira: o mau funcionamento das editoras.
Alguns exemplos concretos:
- Fui ao site da Difel buscar informação sobre dois livros por eles editados - O código Stravinci e Leonor de Aquitânia. Profundo silêncio, amarga ignorância - o site desconhece a existência tanto dos livros como dos autores! E no entanto, editou-os, não é boato, tenho os livros cá em casa...
- A Relógio d'Água iniciou a publicação de uma colecção com as Obras de Boris Vian. No site da editora é possível ver apenas os primeiros dois volumes. Mas eu já vi o 5º volume numa livraria! Quando editarão o 6º volume? Quantos volumes serão, no total? Pior: editaram um livro de Boris Vian (já não me recordo se A Espuma dos Dias se O Outono em Pequim), mas numa colecção diferente!!
- As Edições 70 têm uma colecção de livros sobre assuntos de História Universal. Vai já no 18º volume. Já acabou? Vão publicar mais?
Há mais exemplos deste género. Não há informação. Para as editoras, o Cliente deve ser um chato e como tal deve ser ignorado. O facto de serem os Clientes que compram os livros e que pagam as edições é mero detalhe.
Já que estou com a mão na massa - por que carga de água os adultos bem-formados que gostam de BD (Miguelanxo Prado, Gibrat, Marini, Hugo Pratt, Milo Manara, etc.) têm de gramar indistintamente livros em português e em francês? A que propósito tenho de vasculhar as prateleiras da BD, entre livros que me interessariam se não fossem franceses, por um exemplar perdido em português? Que raio de snobismo cultural é este?!
Etiquetas: Rantas
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