O Código Stravinci
Gostei de ler "O Código Da Vinci", de Dan Brown. A "história", digamos assim, é fraquinha - a fuga à polícia, o Opus Dei, o enredo, enfim, são maus. Gostei do ritmo (alucinante!), gostei de alguns pormenores de Paris (Arquitectura, História, algumas lendas), gostei da forma como o autor descreveu algumas obras de arte e alguns artistas (Leonardo Da Vinci entre outros). Achei interessante a associação do Santo Graal ao Sagrado Feminino e achei verosímil a ligação (e a existência de uma família) de JC e MM. Já a Ordem Secreta para salvaguardar essa descendência, activa há 2000 anos, é uma história da carochinha. Enfim, no cômputo geral, para um romance, a apreciação global é positiva.
Esse best-seller de Dan Brown gerou uma onda de livros para rebater o que ele escreveu. Alguns dos autores desses livros colocaram-se numa óptica histórica, outros numa perspectiva religiosa. "O Código Da Vinci" transformou-se num filão explorado e abusado por muita gente. Desse aproveitamento que inundou as livrarias - e que aproveitou a onda para vampirizar outros livros de Dan Brown - só li um - "O Código Stravinci", de Toby Clements. Não é nem histórico nem religioso - é humorístico. O assassino albino original transformou-se num arminho (alguém cujo pelo muda de cor conforme as estações do ano); o Opus Dei - os maus da história - é substituído por uma organização sinistra - um Grémio Literário! Uma das primeiras pistas que os nossos heróis têm de decifrar é um anagrama construído sobre o livro "O Bandolim do Capitão Corelli". Imperdível para quem leu o original. Dispensável para quem resistiu aos encantos de Dan Brown.
Etiquetas: Rantas
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