Jornadas de Divulgação
Consciente das suas obrigações sociais e de várias lacunas na cultura da nossa sociedade, o Revisão da Matéria inicia hoje aqui uma secção de divulgação que bem se poderia apelidar de "Você Sabia Que..." e que promete revolucionar algumas ideias feitas e desfazer os fundamentos de diversos mitos firmemente implantados no nosso subconsciente colectivo.
Eheheh!
Não é nada disso, pá. Apenas queria partilhar convosco uma coisa sobre sexo que descobri há algum tempo e que me deixou surpreendido.
Trata-se de uma receita. Uma receita para fazer filhos.
Julgava eu, na minha enorme ignorância, que quando um casal andava activamente a tentar uma gravidez, o fazia baseado essencialmente na quantidade de remates e não necessariamente na sua pontaria, passe o linguajar futebolístico.
Imagens de filmes vêm-me à memória (por exemplo o saudoso Alfredo, Alfredo, com Dustin Hoffman), com homens frenéticos a sairem dos empregos a meio do horário laboral, escravos do método das temperaturas, os colegas de escritório exuberantes a fazerem claque e as colegas a oferecerem receitas de gemadas "infalíveis".
O regresso sorumbático ao trabalho depois de mais uma tentativa, sob o olhar compassivo das colegas e o escárnio dos colegas, sempre prontos à piada boçal ("precisas de ajuda? eheh"), enquanto palitam os dentes com a unhaca do mindinho.
O sexo ditatorial, com horas marcadas, sob o olhar inquisitorial da sogra ("lá vem o paneleirote que a minha filha arranjou sabe Deus onde, que nem é homem o suficiente para me conseguir arranjar um neto").
Uma leitura deste site desfez logo esse mito.
Então é assim: parece que o sucesso na obtenção de uma gravidez está mais dependente da parcimónia do que propriamente do esbanjamento. Também aqui se aplica a máxima dos Monthy Python que copiei na posta anterior ("every sperm is sacred, every sperm is great, ... e por aí adiante, mas retirando a parte da fúria divina).
Por outro lado, e arrumada esta questão da quantidade, vamos à escolha da qualidade, que é como quem diz da marca, do género, do sexo, enfim: menino ou menina?
Dizem os entendidos que os espermatozóides Y, de que resultam meninos, são mais rápidos dos que os seus parceiros de brincadeira, os X. Por outro lado, devido talvez a essa mesma lufa-lufa do dia-a-dia, a andarem sempre numa correria, vivem bastante menos que os X.
Meninas
Quem pretende meninas deve então ter relações 6, 5, 4 e 3 dias antes da ovulação, devendo abster-se nos dois dias anteriores à ovulação. Os Y hão-de correr incansavelmente, de um lado para o outro, até caírem para o lado. Os X vão-se mexendo devagar, mas aguentam-se até 6 dias. Faz sentido. Nos dias subsequentes à ovulação, não devem ter relações.
Sendo mais rápidos, os espermatozóides Y têm um poder de arranque superior aos X - ou seja, quanto mais à frente partirem, mais avanço tomam, ou menos recuperação permitem à concorrência. Sendo assim, se se pretende fazer uma menina, mais vale atrasar a linha de partida: posição de missionário, papai-mamãe, feijão com arroz.
Os ínvios caminhos do sucesso nesta área podem tornar-se bastante inóspitos. Parece que aqui quem sofre mais, potencialmente, são os X, já que a velocidade dos Y lhes permite deixar rapidamente os territórios hostis para trás. Como resultado, a mulher não deverá dar largas à sua alegria por estar a fazer uma menina - ou seja, em linguagem médica, "no orgasm for her". Como diria o poeta, "quem faz um filho, fá-lo por gosto". Já quanto a fazer uma filha não se registou a opinião do poeta - aqui está a fundamentação científica dessa lacuna.
Meninos
E meninos, como é que se fazem meninos?, perguntam os leitores do Revisão da Matéria, maravilhados com tanta sapiência e já desaustinados com tanto erro acumulado - "Viste, viste? No orgasm for her. Não podes ser assim, pareces uma lambona, pensa na tua filha!".
Bom, para fazer meninos a receita é fazer sexo entre 3º dia antes da ovulação e os dois dias seguintes, para dar mais hipóteses aos velozes Y. Para aumentar as possibilidades perante os lentos X, a partida é colocada mais à frente, mais perto da meta, digamos assim. Em linguagem técnica, "do it doggy style".
Há um detalhe curioso - ao 4º dia antes da ovulação, "he should ejaculate today but not inside her vagina". Não vamos tecer aqui comentários a acto tão potencialmente indecoroso, a bem da decência e do carácter didáctico deste poste.
Digamos apenas, em jeito de conclusão, que fazer meninos é uma festa: orgasmos permitidos para elas, sexo à canzana. No entanto, deverão ser estabelecidos limites: Não sujar as cortinas, especialmente se a sogra se encontra por perto a preparar gemadas e mezinhas milagrosas.
Etiquetas: Rantas
4 ComentÁrios:
Com um título tão inocente, nunca esperei ir dar ao "doggy style" e "ejaculate inside vagina". Mas está interessante e divertido. E claro, os XY são mais energéticos e vivem menos, enquanto os XX resistem mais tempo.
A divulgação científica esconde de facto muitos aspectos surpreendentes :D
Agora imagina o que é preciso fazer para ter gémeos de sexo diferente.....
Harpic, não terás misturado ingredientes da receita?
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