Chuva
Gosto de tempestades. Como a de hoje, que me acordou a meio da noite, numa fúria de água, relâmpagos e trovões. Uma urgência da natureza, a tornar-nos mínimos, reduzidos a quase nada, no meio de tamanho poder.
Foi bom a tempestade ter-me acordado. Deu-me a "oportunidade" de desentupir os ralos de duas varandas, que decidiram ficar entupidos precisamente no meio da bátega, provocando a ameaça da àgua a entrar-me casa adentro.
Depois do trabalho feito, todo molhado, desci ao pequeno jardim, onde plantei há pouco um limoeiro e uma oliveira, para fumar um cigarro. Estavam felizes, os pequenos pés de limoeiro e de oliveira. Isto, para vós, pode significar pouco. Para mim é importante. Nunca tinha plantado árvores.
Não sei já vos disse: gosto de tempestades. De estar molhado no meio do meu pequeno jardim, a ver o limoeiro e a oliveira a beberem a água da chuva.
Já as buganvílias, que também plantei no pequeno jardim, parecem estar fartas de tanta água. Não andam felizes, as buganvílias, a das flores amarelas e a outra, com elas encarnadas. Para as buganvílias, há-de chegar o sol. Que seja já no "verão" de S. Martinho, que as buganvílias andam mesmo muito tristes.
Etiquetas: El Ranys, Histórias do El Ranys
4 ComentÁrios:
Invejo-te.
Nunca consegui fumar um cigarro debaixo de água.
Curioso...eu também não. Porquê a inveja?
Tu tens um jardim..belíssimo...Agora, esperar até esta idade para plantar uma árvore...meu caro...tens andado a dormir!
Pois é, pois é. É este o fado de um alentejano na cidade.
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