domingo, julho 10, 2005

República das Desertas

"Localização
As Ilhas Desertas são constituídas por três ilhéus (Ilhéu Chão, Deserta Grande e Bugio) situados a SE da Madeira, no prolongamento para Sul da Ponta de São Lourenço, distando desta 11 milhas marítimas e do Funchal 22 milhas. A sua latitude é limitada pelos paralelos 32º e 24´05´´N e 32º 35´20´´N, e a longitude pelos meridianos 16º 27´45´´W e 16º32´50´´W.
Constituição
De origem vulcânica, na constituição geológica das Ilhas Desertas predominam as cinzas de cor avermelhada e amarelada, que em geral formam camadas mais ou menos definidas e são, por vezes, atravessadas, no sentido vertical, por filões de basaltos. As Ilhas Desertas possuem uma extensa faixa litoral (cerca de 37700m) quase toda muito rochosa, formada por escarpas muito inclinadas e quase a pique, o que as torna praticamente inacessíveis."
(in página do Parque Nacional da Madeira)
População e dados históricos
Em finais de 2005, (sim, infelizmente isto é, a partir daqui, uma obra de ficção), em referendo convocado para o efeito, o povo português mandou povoar as ilhas desertas e, no mesmo acto, reconheceu-as como Estado soberano e independente.
Por escolha democrática - pela primeira vez num processo eleitoral em Portugal foram admitidos os votos por telefone, em chamadas de valor acrescentado, o que contribuiu para a redução do défice - os eleitos do povo para proceder ao povoamento foram os cidadãos Mário Soares, Grunho da Madeira, Ana Drago, Francisco Louçã, Manuela Moura Guedes, Valentim Loureiro, José Veiga, Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, Herman José, Manuel Monteiro, Nuno da Câmara Pereira e Elsa Raposo.
Esta eleição, tal como os referendos ao aborto, produziu resultados vinculativos e irrenunciáveis. O povo escolheu, está escolhido! Quem não gosta que se amanhe!
Inês Serra Lopes também seguiu viagem, uma vez que foi nomeada directora do único orgão de comunicação social da República das Desertas ("O Independente das Desertas").
Crónica dos primeiros dias
O Grunho da Madeira já anunciou que vai autoproclamar-se imperador do Ilhéu Chão, não admitindo, posteriormente, que Ana Drago lá ponha os pés, uma vez que esta já foi a Macau.
A jovem, reagindo, afirmou-se aliviada e foi avisando que ninguém - e, sobretudo, Elsa Raposo - deve "ter ideias", uma vez que tem direito ao seu corpo.
Entretanto, Nuno da Câmara Pereira vai dizendo que o título de imperador do Ilhéu Chão lhe pertence por direito natural e divino.
Avelino Ferreira Torres e Valentim Loureiro vivem numa constante e acesa troca de ideias. Numa curiosa inversão de pápeis, Manuela Moura Guedes toma parte nas discussões e Mário Soares é o moderador. É indiferente. Ninguém ouve os outros nem aprende nada.
Francisco Louçã, falando em opressão dos povos, tem passando os primeiros tempos a implorar a Herman José que não insista em cantar e, enquanto enfatiza que "para bardo já chega o monárquico salazarento fascistóide", vai acenando a última página de uma das aventuras de Astérix, a sua mais recente "bíblia ideológica".
Em reacção, Herman José canta-lhe o "És tão boa, és tão boa..."
José Veiga já fundou o Desertas FC e, nas primeiras declarações ao "Independente das Desertas", afirmou pretender atingir os 22 milhões de associados.
Fátima Felgueiras está em parte incerta. Há quem diga que está refugiada no ilhéu do Bugio mas que tem vontade de regressar à Deserta Grande.
Colocam-se dúvidas quanto à real existência de Manuel Monteiro, que já foi carinhosamente alcunhado pelos desertinos (habitantes da República das Desertas) como "o Espectro".
A fauna e a flora das desertas têm realizado manifestações contra a chegada dos novos habitantes. O balir das cabras montanhesas é pungente.

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