domingo, julho 03, 2005

O Estado da Europa (II)

E agora, para algo completamente diferente...
[Espero que apreciem a velada referência "MontyPythoniana" - sim, porque aqui, à imagem e semelhança doutros blogs (ver, por todos, o Abrupto) também somos muito cultos e sabemos citar, ainda que disfarçadamente, os autores que prezamos.]
Bom, mas vamos então para algo de diferente. Damos início, no Revisão, à rubrica "Deixa-me lá responder a este comentário".
O LSP comentou o post "O Estado da Europa" (ver abaixo).
Caro LSP: parece-me que, pelo que dizes, concordas com a adesão de Israel, de Marrocos ou da Líbia à UE.
Se dispensas qualquer nota identitária comum aos países da União, se entendes que, na Europa a construir, tudo gira em torno do poder e do mercado, proponho-te que lances um movimento para mudar o nome à coisa. Em vez de União Europeia, pode ser qualquer coisa como "União dos Países que Não Querem Ser Dominados Pelos Estados Unidos da América e que Têm Medo da China (UdP/qNQSDPEUAQTMdC).
Esta ideia é promissora e dá mais asas do que uma latinha de bebida energética...
Já agora, para que o quadro que desenhas faça sentido, parece-me existirem motivos óbvios e suficientes para expulsar o Reino Unido da UE (desculpa, da UdP/qNQSDPEUAQTMdC).
Em relação à preocupação que demonstras relativamente à Sibéria, penso que te compreendo: na Europa que defendes, ter uma Sibéria à mão dá sempre jeito. Afinal, se bem te entendo, o pragmatismo político e geo-estratégico deve estar acima de tudo, pelo que um bom dum Gulag nas frias estepes muito ajudará à construção do "novo edifício europeu".
Agora a sério (mais a sério): se a UE for (só) aquilo que tu defendes que ela seja, o meu voto num futuro referendo à constituição está decidido: é Não.

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