Munich
No dia 6 de Setembro de 1972, um comando palestino toma de assalto a aldeia olímpica de Munique e faz reféns 9 membros da equipa israelita, matando no local outros dois.
Já no aeroporto da cidade alemã, onde conseguem chegar após duras negociações, terroristas e reféns são todos mortos pelas autoridades germânicas.
A partir daqui, vamos assistir a uma guerra de eliminação, de ódio e de consciência. Uma espiral de morte que ainda hoje não tem fim. O filme não toma partido e não dá respostas.
Fica só o beco sem saída da violência.
Memorável é o diálogo entre o protagonista, um agente da mossad, e um elemento da OLP. Vamos saltando de argumento em argumento, ora dando razão a um, ora reconhecendo pertinência no outro. Terrível dilema.
No fim, Spielberg, um reconhecido sentimental, ainda acena com a redenção do crime através do amor.
"Munich" é um filme que se deve ver. Mas é, também, uma história só em esboço. E essa é a sua principal fraqueza.
2 ComentÁrios:
Já tinha lido o livro que serviu de argumento há uns anos. Só tenho pena que o Spielberg tenha omitido uma passagem importante: na Suíça, o comando da Mossad terá morto por engano um marroquino que nada tinha a ver com o atentado. Julgo que a inclusão do engano no filme ajudaria a completar a percepção de irracionalidade que marcou o terrorismo e o contra-terrorismo dos anos 1970. Bom post.
O pior, Bulhão, é que a irracionalidade não se ficou pelos anos 70. Ela chegou aos nossos dias e parece, até, agudizar-se. Ou não serão os atentados às Twin Towers, a Atocha ou ao Metro de Londres a perpetuação da mesma irracionalidade, cada vez em maiores proporções? Falo de terrorismo, claro...
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