Churchill e os maometanos
"Eu preocupo-me menos com os princípios que advogo do que com a impressão que as minhas palavras produzem e com a reputação que elas me proporcionam, Isto parece terrível. Mas não se deve esquecer de que não vivemos uma época de Grandes Causas. Cedi muitas vezes à tentação de adaptar os meus factos às minhas frases". (à especial atenção do obtuso Daniel Oliveira, que sempre pode encontrar aqui algum respaldo).
Esta frase, escrita numa carta de Winston Churchill à sua mãe em 1897, resume aquilo a que o estadista chamava a sua "falha mental".
Churchill era então um jovem oficial de cavalaria colocado no norte da Índia, onde se viu envolvido em combates com tribos afegãs muçulmanas sublevadas. Sobre esses combates escreveu, em carta publicada pelo Daily telegraph: "a civilização está frente a frente com o maometismo militante. Dadas as forças materiais e morais" mobilizadas uma contra a outra, "não há que temer o resultado final, mas quanto mais tempo durar a política de meias-medidas, mais distante estará o fim da luta".
Infelizmente, Churchill revelou estar historicamente certo em relação a muitas outras questões. Foi, por exemplo, dos poucos políticos ocidentais a alertar contra o perigoso Hitler, dizendo que a Inglaterra se devia preparar para a guerra. Só o ouviram tarde demais, quando a Europa já estava mergulhada na mais cruel das guerras, com "holocausto" à mistura. Será que, já em 1897, estava também certo em relação a esta questão? Ou procurava só, com estas palavras, "reputação"?
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