terça-feira, outubro 04, 2005

Pode o "Público"...?

Para fundamentar a prévia adesão do Revisão da Matéria a uma micro-causa, lançada pelo Bloguitica, que ganha cada vez maior eco na blogosfera, foram tomados em linha de conta os seguintes aspectos, retirados do livro de estilo do Público:
"Princípios e normas de conduta profissional"
O exercício do Jornalismo
Responsabilidade
33. "cabe à Direcção(...) encontrar formas de noticiar o que é de interesse público sem violar a lei ou, no limite, decidir que o dever de informar se sobrepõe a outros deveres previstos na legislação portuguesa."
Relações com as fontes
70. "A recusa de identificação de uma fonte sem justificação plaúsivel não é aceitável (...). Uma das funções essenciais deste jornal é modificar hábitos instalados de natureza antidemocrática e inconstitucional, e não aceitá-los passivamente."
Anonimato e off-the-record
78. "Os editores têm especial responsabilidade no controlo da utilização de fontes anónimas, factor de descredibilização crescente dos jornalistas e do próprio jornalismo em todo o mundo. (...)"
82. "Em circunstâncias muito excepcionais, designadamente quando uma fonte enganou de forma deliberada e manipuladora o jornalista, por vezes até com implicações legais e penais, o PÚBLICO pode decidir revelar qual a fonte da notícia errónea que publicou. (...)."
Posto isto, e porque no seu estatuto editorial, o Público afirma que:
"PÚBLICO considera que a existência de uma opinião pública informada, activa e interveniente é condição fundamental da democracia e da dinâmica de uma sociedade aberta, que não fixa fronteiras regionais, nacionais e culturais aos movimentos de comunicação e opinião.";
"PÚBLICO é responsável apenas perante os leitores, numa relação rigorosa e transparente, autónoma do poder político e independente de poderes particulares.";
"PÚBLICO reconhece como seu único limite o espaço privado dos cidadãos e tem como limiar de existência a sua credibilidade pública."
Sou leitor do Público, que considero o melhor jornal português (o que mais se aproxima daquilo a que se pode chamar "bom jornalismo").
No entanto, no presente caso, parece que entrámos na esfera do tal "limiar de existência" do jornal.
Porque o interesse público e a própria democracia assim o exigem, porque tal não invade, seguramente, o "espaço privado dos cidadãos"
PODE O JORNAL «PÚBLICO» SFF ESCLARECER COM QUEM É QUE FÁTIMA FELGUEIRAS MANTEVE CONTACTOS NO SECRETARIADO NACIONAL DO PS? QUANDO É QUE ESSES CONTACTOS TIVERAM LUGAR? QUEM É QUE INFORMOU JAIME GAMA PREVIAMENTE DA LIBERTAÇÃO DE FÁTIMA FELGUEIRAS?
Ou podem, em alternativa, as cobardolas fontes dar a cara?

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