Ela odeia-me
"She hate me", de Spike Lee, é um dos piores Spike Lee. Estão lá todos os lugares comuns de um nova-iorquino "rive gauche", que também podia ser parisiense, berlinense ou lisboeta dos grupos de reflexão do Bloco de Esquerda.
Um "afro-americano" que, a pulso, ascende à vice-presidência de uma multinacional farmacêutica, perde o trabalho ao desmascarar o CEO, um WASP yuppie, implicando-o em esquemas de corrupção complicados.
Vai lutar contra o sistema, dominado pelos "brancos", e pelo caminho torna-se um "emprenhador" profissional de lésbicas. Acaba em triunfo, com duas mulheres (sim, é mesmo bigamia) entretanto mães dos seus filhos e derrotando o "sistema".
Está lá tudo. Todos os lugares-comuns, clichés da maltinha "arejada". Podia, só, ser uma paródia de Spike Lee, mas não é. O militantismo do realizador nunca foi uma paródia. Por vezes esquece-se, como no magnífico "24ª Hora", mas quando se volta a lembrar, dá nisto. E, mesmo que fosse uma paródia, o filme tenta, mas nunca consegue verdadeiramente ter graça.
"She hate me" é, para mim, que de cinema percebo pouco mas que já vi muitos filmes - mesmo de Spike Lee - que apreciei bastante, um filme fraquito. Apesar de contar, no elenco, com a força da moça da foto, a Monica, que dá "força" a qualquer filme.
1 ComentÁrios:
Pode colocar aqui mais fotos desta senhora?
Obrigado.
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