segunda-feira, outubro 10, 2005

Grupos de cidadãos (actualizado)

Os "grupos de cidadãos" que se candidataram às diversas câmaras municipais recolheram mais de 136 mil votos, correspondentes a 2,48% do total. Conseguiram 45 mandatos e 7 presidências de câmara: além das 3 mais mediatizadas, ainda Alcanena, Alvito, Redondo e Sabrosa.
As candidaturas de independentes foram ainda as segundas mais votadas nos concelhos de Belmonte, Nazaré, Campo Maior, Tomar, Penedono e Santa Cruz das Flores.
Para as assembleias municipais obtiveram 121 mandatos e para as assembleias de freguesia, onde elegeram 290 presidentes, 2178 mandatos, recolhendo neste último caso 4,54% do total de votos expressos.
É óbvio que as candidaturas independentes também podem ser (foram) utilizadas por populistas, mas parece-me que este fenómeno de participação cívica (em franco crescimento desde as últimas autárquicas) é virtuoso. Até porque a última palavra caberá sempre ao eleitor, e não aos directórios partidários. A eleição de Felgueiras, Isaltino ou Valentim desgosta-me, mas dou uma palavra de incentivo a todos os outros cidadãos que se candidataram por amor à terra e repúdio às lógicas partidárias.
Porque, aliás, nesta discussão convém nunca esquecer que Felgueiras, Valentim, Ferreira Torres ou Isaltino são criaturas dos partidos...
Urge, por isso, uma reforma que abra as eleições legislativas a candidatos independentes em círculos uninominais, a bem da democracia portuguesa. É irreversível. Como diria o outro, "habituem-se".

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