O exercício do poder
Sócrates venceu mas não convence. Conquistou - com mérito dele, certamente, mas também com muito mérito dos "marketeiros" de campanha - a maioria absoluta, que acaba por lhe cair no colo quase tão imerecidamente - fruto de um massivo voto de rejeição - quanto o cargo de PM acabou por cair no colo de Santana.
Mas, pelo menos, Sócrates chega lá através do voto popular, o que é muito diferente.
Apesar da ausência de compromissos claros, Sócrates conta assim com todo o benefício da dúvida. Santana nunca contou. Era mau à partida e provou-o em escassos quatro meses.
Os portugueses esperam agora, e para isso votaram como votaram, um governo de quatro anos, com pessoas competentes e qualificadas, as melhores, para endireitar o País e permitir que todos, sem excepção, possamos viver melhor. Porque é disso que se trata: viver melhor.
Não vamos enriquecer todos de repente, com certeza, mas queremos algum desafogo, mais qualidade de vida, num País bem ordenado, onde a justiça, a saúde, a administração pública, a máquina fiscal, a educação e a solidariedade social funcionem bem, com equidade, sem que sejam entraves ao livre desenvolvimento da nossa qualidade de vida.
O exercício efectivo do poder, com o afrontamento de lobbies e corporações, não é, em democracia, confundível com prepotência. Foi para isso, Engº Sócrates, que o mandatámos. Ponha a casa em ordem, exerça sem desvios a sua efectiva autoridade. Dialogue, mas decida, quando tal for necessário, contra os "interesses instalados", contra o Portugal que todos já conhecemos e do qual estamos cansados. Força.
Muito sinceramente, espero, daqui a quatro anos, poder dizer: "estou convencido, Sócrates merecia a maioria absoluta".
Mas, pelo menos, Sócrates chega lá através do voto popular, o que é muito diferente.
Apesar da ausência de compromissos claros, Sócrates conta assim com todo o benefício da dúvida. Santana nunca contou. Era mau à partida e provou-o em escassos quatro meses.
Os portugueses esperam agora, e para isso votaram como votaram, um governo de quatro anos, com pessoas competentes e qualificadas, as melhores, para endireitar o País e permitir que todos, sem excepção, possamos viver melhor. Porque é disso que se trata: viver melhor.
Não vamos enriquecer todos de repente, com certeza, mas queremos algum desafogo, mais qualidade de vida, num País bem ordenado, onde a justiça, a saúde, a administração pública, a máquina fiscal, a educação e a solidariedade social funcionem bem, com equidade, sem que sejam entraves ao livre desenvolvimento da nossa qualidade de vida.
O exercício efectivo do poder, com o afrontamento de lobbies e corporações, não é, em democracia, confundível com prepotência. Foi para isso, Engº Sócrates, que o mandatámos. Ponha a casa em ordem, exerça sem desvios a sua efectiva autoridade. Dialogue, mas decida, quando tal for necessário, contra os "interesses instalados", contra o Portugal que todos já conhecemos e do qual estamos cansados. Força.
Muito sinceramente, espero, daqui a quatro anos, poder dizer: "estou convencido, Sócrates merecia a maioria absoluta".
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