PS e o Anjo Rosa
Para um partido que viveu três anos de convulsão interna num permanente calvário de auto-flagelação, entalado entre sucessivos episódios que até o mais imaginativo romancista teria dificuldade em imaginar (duvidam? ferro rodrigues sob suspeita de ir aos meninos, um filho pródigo do líder acusado e enclausurado, facções e mais facções às cabeçadas, conversas de traição de uma referência do partido, o pr, e etcetera) a cambalhota do destino foi... uma sorte dos diabos.
Talvez o PS e Sócrates venham a merecer a maioria absoluta quando no seu devido tempo fizermos o balanço da governação, mas a verdade é que agora ainda não o mereceu. Não foi o PS quem ganhou as eleições, foram os portugueses que fizeram o que queriam: despediram um primeiro-ministro de que não gostavam e em quem não se reviam. Ao PS coube-lhe a sorte de ter a casa arrumada quando teve de ir a votos e a inteligência de perceber que a melhor estratégia para vencer seria estar quieto que nem um rato. A Sócrates é-lhe devido o reconhecimento, porque se há partido que gosta de uma boa refrega é o PS.
Talvez tivesse sido interessante apresentar medidas e projectos para resolver os problemas. (Parece que os partidos costumam fazer isso quando vão a votos. Já não me lembro bem.) Houve conversas de um choque tecnológico mas de tão pouca susbtância apresentada receio que a muita gente tenha feito lembrar um desagradável choque de 220 volts numa tomada mais desmazelada lá de casa. Teria sido interessante e é uma das razões para o PS não dever embandeirar em arco com esta maioria. O país sente-se aliviado com os resultados mas é um capital de esperança enganador. O aluno vai à chamada com a reguada suspensa à espera.
Reunidas as condições para o governo ir à vida em condições cabe agora a Sócrates primeiro, e ao PS depois, a responsabilidade de responder ao desafio. A começar pela escolha dos membros do governo.
Nota final: No discurso da vitória Sócrates desenterrou aquela conversa de colocar 1000 recém licenciados em estágios nas PME. Mais valia estar calado. É patético e não deixa uma pessoa tranquila.
Talvez o PS e Sócrates venham a merecer a maioria absoluta quando no seu devido tempo fizermos o balanço da governação, mas a verdade é que agora ainda não o mereceu. Não foi o PS quem ganhou as eleições, foram os portugueses que fizeram o que queriam: despediram um primeiro-ministro de que não gostavam e em quem não se reviam. Ao PS coube-lhe a sorte de ter a casa arrumada quando teve de ir a votos e a inteligência de perceber que a melhor estratégia para vencer seria estar quieto que nem um rato. A Sócrates é-lhe devido o reconhecimento, porque se há partido que gosta de uma boa refrega é o PS.
Talvez tivesse sido interessante apresentar medidas e projectos para resolver os problemas. (Parece que os partidos costumam fazer isso quando vão a votos. Já não me lembro bem.) Houve conversas de um choque tecnológico mas de tão pouca susbtância apresentada receio que a muita gente tenha feito lembrar um desagradável choque de 220 volts numa tomada mais desmazelada lá de casa. Teria sido interessante e é uma das razões para o PS não dever embandeirar em arco com esta maioria. O país sente-se aliviado com os resultados mas é um capital de esperança enganador. O aluno vai à chamada com a reguada suspensa à espera.
Reunidas as condições para o governo ir à vida em condições cabe agora a Sócrates primeiro, e ao PS depois, a responsabilidade de responder ao desafio. A começar pela escolha dos membros do governo.
Nota final: No discurso da vitória Sócrates desenterrou aquela conversa de colocar 1000 recém licenciados em estágios nas PME. Mais valia estar calado. É patético e não deixa uma pessoa tranquila.
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